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Vacinas protegem contra covid longa?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Maio de 2022 às 19h00

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FabrikaPhoto/Envato
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Vacinas podem nos proteger contra a covid longa? Vários estudo buscaram responder a essa pergunta, levando em consideração as proporções que a vacinação contra a covid-19 alcançou em diversos países, diminuindo o número de casos e protegendo, sobretudo, da forma grave da doença. As sequelas da forma longa da condição costumam causar complicações duradouras e até permanentes.

Em janeiro, um projeto israelense publicado na revista científica Nature apontou que as pessoas com covid-19 que tinham tomado doses da vacina da Pfizer eram muito menos propensas a relatar qualquer um dos sintomas comuns de covid longa do que as pessoas que não tinham tomado nenhuma dose.

Segundo o estudo, os pacientes totalmente vacinados que tiveram covid-19 eram 54% menos propensos a relatar dores de cabeça, 64% menos propensos a relatar fadiga e 68% menos propensos a relatar dores musculares do que aqueles que não tomaram vacina. No próprio estudo, a equipe cita um artigo anterior conduzido no Reino Unido, em que se descobriu a redução de 50% no risco de covid de longa duração.

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Segundo um artigo do Mount Sinai Hospital’s Abilities Research Center (EUA) publicado no último mês de novembro, a covid longa é visivelmente menos comum nas pessoas vacinadas, mas ainda é possível. O relatório indica que as vacinas reduzem o risco, mas não são tão eficazes na prevenção completa da doença em si.

Além disso, a publicação relembra que a covid longa pode surgir mesmo após uma infecção leve ou assintomática, e países com altas taxas de infecção ainda podem acabar com muitos casos de COVID longa, mesmo que as nações tenham altas taxas de vacinação, o que torna a situação difícil de prever.

Vacinas reduzem chances de covid longa

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De acordo com um estudo publicado na revista The Lancet, também em janeiro, parte do problema de avaliar a prevalência de covid longa é a ausência de informações consistentes sobre terminologia, definições e diagnóstico da doença. O NICE (órgão do Reino Unido), por exemplo, define a covid longa como "sinais e sintomas que continuam ou se desenvolvem após covid-19 grave a partir de quatro semanas".

Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) usa o termo apenas no que diz respeito a sintomas três meses após o início da infecção por SARS-CoV-2. Além disso, uma proporção substancial de pacientes pode ter sintomas persistentes por um ano ou mais após a infecção.

O consenso é que a covid longa é a "falha em retornar aos níveis normais de saúde pré-covid", o que o estudo em questão classificou como "surpreendentemente comum". Os próprios autores reconhecem que mais pesquisas são necessárias para avaliar todo o espectro de sintomas da covid longa para facilitar o diagnóstico da doença.

Logo, mesmo com esses dados à tona, é preciso entender que pessoas totalmente vacinadas ainda correm o risco de desenvolver a doença. A conclusão é que as fórmulas em vigor atualmente contra a covid-19 podem reduzir os sintomas de longa duração, mas não extinguir totalmente com a possibilidade de adquiri-los.

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Fonte: The Lancet, NPR, Nature (1, 2), BBC