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Os 10 maiores avanços da saúde e da medicina em 2021

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Dezembro de 2021 às 12h00

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Stevanovicigor/Envato Elements
Stevanovicigor/Envato Elements

Desde a descoberta da covid-19 no final de 2019, as discussões sobre saúde passaram a ocupar um novo patamar em nossas vidas. Durante meses — e em tempo recorde —, cientistas e farmacêuticas trabalharam no desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes, a partir de diferentes tecnologias. No Brasil, as primeiras doses começaram a ser aplicadas em janeiro deste ano.

No entanto, os últimos meses não marcaram apenas o avanço do combate à covid-19. Na verdade, outras descobertas tão importantes foram feitas na área da medicina, como anticorpos monoclonais contra o ebola e a autorização do primeiro remédio contra o Alzheimer, além de tomografias mais precisas e do aperfeiçoamento da tecnologia de mRNA.

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A seguir, confira a lista dos 10 maiores avanços da saúde e da medicina em 2021:

1. Vacinas contra a covid-19

Neste final de 2021, mais de 57% da população global já recebeu pelo menos a primeira dose de algum imunizante contra a covid-19, segundo a plataforma Our World in Data. No Brasil, 66,5% da população está com o esquema vacinal completo — duas doses ou imunizante de dose única.

Com o avanço da vacinação, os números da doença caíram de forma significativa entre os brasileiros. Na quarta-feira (22), a média móvel de mortes era de 117 óbitos. Agora, o Brasil aplica doses de reforços em quem está imunizado há mais de quatro meses, por exemplo. Além disso, alguns pacientes podem receber a quarta dose.

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Passado quase um ano, parece difícil lembrar que, no começo de 2021, não existiam vacinas contra a covid-19 no Brasil. Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já autoriza o uso de quatro imunizantes, com diferentes tecnologias:

  • Covishield, da AstraZeneca e da Universidade de Oxford;
  • CoronaVac, da farmacêutica Sinovac;
  • ComiRNAty, da Pfizer e da BioNTech;
  • Vacina da Janssen (Johnson & Johnson).

2. Tecnologia do mRNA

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No campo das vacinas contra a covid-19, a tecnologia do mRNA (RNA mensageiro) — usada na fórmula da Pfizer e da Moderna — foi também um dos grandes destaques do campo da ciência. Isso porque a produção desses imunizantes é muito mais simples.

Para ser produzida, as vacinas de mRNA não demandam grandes laboratórios de biossegurança que criam vírus, dentro de milhões de ovos de galinha. É isto que acontece, por exemplo, com a vacina da gripe. Para essas novas vacinas, tudo é feito no laboratório, usando apenas códigos genéticos e sem lidar com nenhum vírus vivo.

Em breve, a geração 2.0 das vacina de mRNA deve chegar ao mercado e elas poderão proteger contra o Chikungunya, o HIV e inúmeros outros vírus respiratórios. Este deve ser apenas o começo de uma nova era de imunizantes de ponta.

3. Remédios contra a covid-19

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Para tratar a covid-19, dois medicamentos antivirais foram aprovados nos EUA pela agência Food and Drug Administration (FDA): o molnupiravir, da farmacêutica MSD, também conhecida como Merck; e o paxlovid, da farmacêutica Pfizer. Ambos podem ser usados em casa, sem a necessidade de suporte hospitalar e devem facilitar a recuperação de doentes.

“A autorização de hoje oferece uma opção de tratamento adicional contra o vírus da covid-19 na forma de uma pílula que pode ser tomada por via oral", detacou Patrizia Cavazzon, da FDA, em comunicado sobre o molnupiravir. A ideia é que a fórmula possa complementar a proteção oferecida pelas vacinas, quando há risco do paciente desenvolver casos graves da covid-19 e, por isso, precisa de mais reforços.

4. Remédio contra o Alzheimer

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Nos Estados Unidos, a agência FDA também aprovou o primeiro remédio contra o Alzheimer, o Aduhelm, da empresa de biotecnologia Biogen Idec. A medicação deve impedir a formação de placas de proteína tóxicas, compostas por beta-amiloide, no cérebro dos pacientes. Esta é considerada uma das principais causas da doença.

Embora ainda estejamos longe da cura da condição neurodegenerativa, "nunca existiu um momento tão emocionante na pesquisa da terapia de Alzheimer [como este]", afirma a pesquisadora Maria Carrillo, diretora científica da Associação de Alzheimer, nos EUA.

5. Edição genética

Desde o ano de 2012, pesquisadores trabalham para aprimorar a ferramenta CRISPR para a edição genética. Até este ano, o método era usado apenas para tratar doenças cujas mutações do DNA estão na corrente sanguínea, como a anemia falciforme.

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Em agosto de 2021, uma equipe de pesquisadores da University College London (UCL) anunciou os resultados de um ensaio clínico com seis voluntários. No estudo inicial, foi testado um medicamento que "corrige" uma defeito genético responsável por uma doença hepática rara, a amiloidose por transtirretina (ATTR).

Agora, mais pesquisas são necessárias, mas este é um importante indicativo de que novos remédios deverão usar a ferramenta CRISPR e poderão melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças de difícil tratamento.

6. Anticorpos monoclonais contra o Ebola

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Até então, não existiam remédios específicos para tratar a infecção causada pelo vírus Ebola. Quando uma pessoa era contaminada, a maioria dos procedimentos buscava tratar os sintomas da doença, por exemplo. Aqui, vale reforçar que esta doença pode ser mortal.

Para os casos de Ebola, a empresa de biotecnologia Regeneron desenvolveu anticorpos monoclonais específicos contra este vírus, o coquetel Inmazeb. Basicamente, são proteínas (anticorpos) feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater patógenos nocivos, como o Ebola. O uso já é autorizado nos EUA.

7. Tomografias mais precisas

Na medicina, o uso de tomografias computadorizadas é bastante comum. Este aparelho é uma espécie de junção do equipamento de raio-x com computadores que produzem imagens de alta qualidade dos órgãos humanos. Os resultados ajudam a rastrear inúmeras doenças e lesões, como casos de aneurismas e hemorragias.

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Desenvolvido pela empresa alemã Siemens, o tomógrafo Naeotom Alpha usa detectores mais sensíveis do que os outros modelos disponíveis. Isso permite a formação de imagens ainda mais nítidas e de alto contraste do funcionamento interno do seu corpo, o que pode melhorar — e muito — diagnósticos médicos.

8. Vacina contra a malária

Em outubro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a primeira vacina contra a malária da história. Anualmente, esta doença leva ao óbito cerca de meio milhão de pessoas em todo o mundo, o que faz deste imunizante uma poderosa ferramenta para salvar vidas.

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No total, foram mais de três décadas de pesquisa para o desenvolvimento da vacina RTS,S — também conhecida como Mosquirix —, produzida pela farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK). O imunizante é eficaz contra a cepa mais prevalente do parasita Plasmoduim falciparum na África, onde medidas de saúde, como a vacinação em massa, devem gerar um impacto bastante positivo.

9. Tratamento contra a Síndrome de Hutchinson-Gilford

Em todo o mundo, cerca de 400 crianças são afetadas, anualmente, pela Síndrome de Hutchinson-Gilford. Esta é uma doença genética rara que acelera o processo de envelhecimento em cerca de sete vezes em relação à taxa normal. Em outras palavras, uma criança de 10 anos pode se parecer, fisicamente, com um idoso.

Pessoas com o diagnóstico para essa síndrome, raramente, vivem mais do que 15 anos e, até agora, os tratamentos só aliviavam alguns sintomas e reduziam as complicações. Para evitar o avanço desses quadros, a empresa Eiger BioPharmaceuticals desenvolveu o remédio Zokinvy. Este consegue minimizar os efeitos da doença no organismo e deve prolongar a vida desses indivíduos.

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10. Remédio HIV

No final de dezembro, os EUA aprovaram o primeiro medicamento injetável de longa duração para prevenir casos do HIV. Aplicado de forma bimestral, o remédio Apretude, da farmacêutica ViiV Healthcare, é considerado uma Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Isso significa que o remédio não é um tratamento para quem já convive com o vírus da Aids, mas uma terapia que impede novas infecções.

Nesse sentido, o Apretude deve revolucionar a prevenção do HIV, já que o uso é significativamente mais simples do que os tratamentos atualmente disponíveis. Por exemplo, outros remédios demandam um comprimido diário, enquanto a nova medicação demanda apenas uma aplicação bimestral.

Fonte: Com informações: Popular Science, Fiocruz e Our World in Data