Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Novo teste de sangue determina imunidade contra covid com picada no dedo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Setembro de 2022 às 15h39

Link copiado!

Municipalidad de Miraflores/CC-BY-S.A-2.0
Municipalidad de Miraflores/CC-BY-S.A-2.0

Um novo teste sanguíneo pode identificar pacientes com mais riscos de serem reinfectados por covid-19 a partir de uma simples picada no dedo. Responsável pela pesquisa, a empresa ImunnoServ Ltd, do Reino Unido, colabora com a Universidade de Cardiff para desenvolver a tecnologia, que identifica a presença de células T imunes no corpo, capazes de reconhecer o vírus SARS-CoV-2.

Os testes foram realizados em mais de 300 voluntários de todo o Reino Unido, no início de 2022. Os que tinham as maiores respostas de células T ao patógeno estavam mais protegidos contra a doença nos 3 meses seguintes, independente do nível de anticorpos. Identificar as pessoas mais vulneráveis pelo método pode ajudar direcionar intervenções, focando vacinas de reforço em determinadas populações, por exemplo.

Continua após a publicidade

Células T e covid

Anteriormente, buscava-se identificar indivíduos menos protegidos contra a reinfecção por SARS-CoV-2 medindo a quantidade de anticorpos reconhecendo a proteína espícula (spike) do vírus — uma informação que, apesar de ter uma coleta fácil, não dá um panorama completo da proteção do organismo, especialmente contra cepas diferentes.

Já a resposta das células T do sistema imunológico consegue determinar a resposta imune induzida tanto por vacinação quanto por infecção anterior pelo vírus da covid, valendo por meses após a coleta de sangue. A praticidade é bem maior, já que a amostra de sangue tomada por uma picada no dedo pode ser coletada em casa e enviada a um laboratório, o que já permitiu que pessoas de todo o Reino Unido participassem do estudo.

As células T foram estimuladas com pequenos fragmentos do vírus, chamados peptídeos. Eles podem ser reconhecidos caso o indivíduo já tenha sido infectado pelo patógeno ou vacinado com o imunizante, produzindo substâncias químicas chamadas citocinas, que podem ser facilmente medidas pelos cientistas.

Continua após a publicidade

Entre as descobertas, notou-se que pessoas não-infectadas pelo vírus precisavam de duas doses de vacina para maximizar a resposta das células T contra o SARS-CoV-2, enquanto pessoas que já haviam sido infectadas antes atingiam a mesma imunidade com apenas uma dose. Para pessoas com comorbidades, como pacientes de câncer, duas doses foram necessárias em todos os casos.

Segundo os cientistas responsáveis, o trabalho também mostra a necessidade de medir a persistência da resposta imune na população, que pode nos revelar o período de resistência contra o patógeno e ajudar a avaliar a necessidade de doses de reforço no futuro, bem como os pacientes que mais poderão se beneficiar delas. Um estudo detalhando o método foi publicado na revista científica Nature Communications.

Fonte: Nature Communications