Dose de reforço da Janssen pode proteger da variante Ômicron
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 30 de Dezembro de 2021 às 11h37
As farmacêuticas já estão concentradas em entender se suas vacinas contra covid-19 podem lidar com a Ômicron. A AstraZeneca já anunciou eficácia da terceira dose, e o imunizante da Moderna pode turbinar os anticorpos. Em estudo publicado na última quarta (29), foi a vez da Janssen comprovar que sua dose de reforço pode proteger a pessoa da variante que tanto preocupa os especialistas.
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O estudo aponta que a vacina da Johnson & Johnson pode reduzir significativamente o risco de hospitalização. Para chegar a essa conclusão, os especialistas fizeram uma comparação de mais de 69 mil profissionais de saúde com um grupo de pacientes não-vacinados. Duas doses do imunizante (que originalmente é de dose única) reduziram esse risco de internação por conta da Ômicron em cerca de 85%.
Nos EUA, a FDA (principal agência de saúde do país, como se fosse uma Anvisa aqui no Brasil) já autorizou a vacina da Janssen como dose de reforço, mas o CDC (também um órgão de saúde dos EUA) recomenda que se dê preferência a outros imunizantes, por conta dos raros casos de coágulos sanguíneos associados à vacina em questão.
O estudo foi realizado na África do Sul, e embora ainda não tenha sido revisado por pares, já é um passo a mais para prevenir um aumento repentino de hospitalizações no país, por conta da Ômicron. Anteriormente, pesquisas apontaram que a vacina da Janssen protege contra variante Delta.
O imunizante, conhecido tecnicamente como Ad26.COV2.S, utiliza a tecnologia de vetor viral: um vírus enfraquecido transporta os genes virais para dentro das células e estimula a resposta imunológica.
Fonte: MedRxiv