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Ômicron: reforço da vacina da Moderna turbina anticorpos em 83x

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Dezembro de 2021 às 13h30

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Ha4ipuri/envato
Ha4ipuri/envato

Um novo estudo aponta que a dose de reforço da vacina da Moderna aumenta em 83 vezes a concentração de anticorpos neutralizante no sangue, o que pode impedir ou tornar mais leve infecções da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2. A descoberta reforça a importância da terceira dose contra a covid-19.

Durante a pesquisa — ainda não revisada por pares e nem publicada numa revista científica —, os pesquisadores da empresa de biotecnologia norte-americana observaram que meia dose da vacina oficial (50 microgramas) aumentou o nível de anticorpos em 37 vezes contra a Ômicron.

Agora, a dose completa (100 microgramas) é responsável por fornecer o máximo de proteção contra as variantes do coronavírus. Isso porque a dose extra aumenta os níveis de anticorpos em 83 vezes. Ambas as concentrações de reforço produziram reações adversas semelhantes ao que já foi observado durante as duas primeiras doses.

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Vale lembrar que os resultados foram medidos em laboratório e, dessa forma, não captam toda a complexidade da resposta do sistema imunológico — como as células T de memória —, apenas a concentração dos anticorpos. Este é considerada uma das primeiras defesas do corpo.

No momento, ainda se espera que o esquema com duas doses possa prevenir doenças graves na maioria das pessoas, mas a ideia do reforço é turbinar essas proteções. Por exemplo, a farmacêutica Pfizer anunciou que a terceira dose melhora as proteção contra a Ômicron.

Testes da Moderna contra a Ômicron continuam

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Além da vacina original, a Moderna testa reforços “multivalentes”. Estas são vacinas com o mRNA (RNA mensageiro) adaptado contra variantes já conhecidas, como a Beta (B.1.351) e a Delta (B.1.671.2) — inclusive, algumas das mutações dessas cepas são compartilhadas pela Ômicron. Segundo a empresa, o reforço também aumentou consideravelmente a concentração de anticorpos neutralizantes entre os voluntários.

No entanto, a empresa deve concentrar os esforços, de curto prazo, em doses extras da vacina original, já que são mais simples de serem produzidas e distribuídas. Em paralelo, um reforço específico contra a Ômicron é esperado para o início do próximo ano e este eventualmente poderá ser incluído em uma dose multivalente.

“Para responder a esta variante altamente transmissível, a Moderna continuará a avançar rapidamente [na busca por] um candidato a reforço específico contra a Ômicron para testes clínicos, caso seja necessário no futuro”, afirmou Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

Fonte: NYT