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Novo coronavírus: tire suas dúvidas e descubra como se proteger

Por| 02 de Março de 2020 às 15h20

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Desde o começo de 2020, não há assunto mais comentando que o novo coronavírus, conhecido como SARS-CoV-2. Descoberto na China em janeiro, o vírus é responsável por milhares de internações, óbitos, correntes de WhatsApp — supostamente informativas — e uma onda de temor global. Inclusive, entre empresas de tecnologia, como Google e Amazon, que têm tomado uma série de medidas preventivas.

Por ser um novo vírus, é normal também que o tema desperte curiosidade e angústias entre o publico geral, inclusive por preveção. Afinal, como se proteger do coronavírus? Quais são os sintomas? Há formas de tratamento? Para quem pedir ajuda? São todas questões válidas, mesmo que especialistas, governos e até a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenham emitido comunicados em que a COVID-19 é descrita como menos virulenta do que outras epidemias similares.

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O que é o coronavírus?

Coronavírus não é o nome, mas sim uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Segundo os relatos médicos, os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez no ano de 1937. Desde então, sabe-se que alguns coronavírus podem causar doenças graves com impacto importante em termos de saúde pública. São os casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002, e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.

Sobre o novo coronavírus, conhecido por SARS-CoV-2 e que tem assutado em massa as pessoas, o agente só foi descoberto no último dia de 2019, após uma série de casos relatados na China. Até agora, as autoridades de saúde pública em todo o mundo ainda investigam sua ação e reações no corpo humano.

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Casos no Brasil? E no mundo?

No dia 26 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil e, por consequência, o primeiro da América Latina. Foi o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, que primeiro detectou a infecção em um homem de 61 anos, morador da cidade e de identidade não revelada, que esteve na Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Um segundo caso foi divulgado no último domingo (1), dessa vez atingindo um homem de 32 anos que passou pela Itália.

No mundo, de acordo com o mapa interativo da Universidade Johns Hopkins, são mais de 84 mil infecções do novo coronavírus espelhadas pelo globo. A atual lista de números de casos é liderada, respectivamente, pela China, Coreia do Sul, Itália e Irã. Seguidos dessas nações, há casos confirmados em mais de 50 países.

Por enquanto, o Brasil não registrou nenhum óbito em decorrência do novo coronavírus. Já no mundo, foram mais de 2.800 mortes. Também é contabilizado, pelos dados coletados mundialmente pela Johns Hopkins, que mais de 36.000 pacientes se recuperaram, após contraírem o vírus.

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Quais são os sintomas da infecção?

Os principais sintomas de infecções pelos coronavírus, em geral, são respiratórios, semelhantes a de um resfriado comum. Além disso, podem causar infecção do trato respiratório inferior, como pneumonias. No entanto, essas informações não são 100% conclusivas sobre o novo vírus SARS-CoV-2. Isso porque as equipes médicas ainda precisam de mais estudos para que se caracterize melhor os sintomas de sua presença específica no corpo humano. Os principais sintomas já conhecidos são febre, tosse e dificuldade para respirar.

Quando é hora de procurar um médico?

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Se o paciente viajou para a China nos últimos 14 dias e ficou doente, apresentando sinais de febre, tosse ou dificuldade de respirar, deve procurar atendimento médico e informar detalhadamente o histórico de viagem recente e seus sintomas. Para que se evite maiores infecções, a pessoa deve ligar primeiro para o centro de saúde explicando seu quadro e aguardar as orientações.

De acordo com os novos critérios para a definição de caso suspeito também enquadram pessoas que apresentarem sintoma gripal, como tosse ou falta de ar, e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã ou Camboja, além da já citada China, nos últimos 14 dias.

Como é transmitido o novo coronavírus?

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As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus também estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa já foi confirmada. Isso significa que qualquer indivíduo, que tenha contato próximo — de cerca de um metro — com alguém com sintomas respiratórios pode estar exposta à infecção. Nesses casos, a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse e catarro.

Vale lembrar que alguns vírus são altamente contagiosos, como sarampo, enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa, mas médicos acreditam que seu nível de contágio seja menor que o do sarampo, por exemplo.

O período médio de incubação por coronavírus é de aproximados cinco dias, com intervalos que chegam a 12 dias, tempo em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. E, de acordo com os dados preliminares do SARS-CoV-2, a transmissão pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas, mas ainda não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais uma pessoa infectada pode transmitir o vírus.

Como se prevenir do novo coronavírus?

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Segundo o Ministério da Saúde, cuidados básicos de higiene são orientados para evitar infecções e a transmitição de doenças respiratórias agudas, como o novo coronavírus. São medidas altamente indicadas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Ficar em casa quando estiver doente;
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

As máscaras são aliadas?

Podem ser, mas com cautela. Isso porque quando o indivíduo inspira, a máscara filtra o ar e as partículas, que acima de um determinado tamanho não conseguem passar pela barreira física do tecido. Essa é a principal ideia por trás de se usar uma máscara, inclusive do modelo mais usado por médicos e profissionais da saúde, a N95. Inclusive, as próprias autoridades de saúde chinesas recomendam o uso delas para a equipe do hospital, responsável por tratar pacientes.

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No entanto, essas máscaras (independentes do modelo) só podem fornecer uma proteção adicional para o usuário contra as maiores gotículas de fluidos corporais, como as partículas que saem de um espirro ou tosse, mas não filtram totalmente o ar. Isso porque as máscaras não foram desenvolvidas para que o indivíduo se proteja de outras pessoas, mas para proteger outras pessoas de seus próprios germes. Dessa maneira, as máscaras são indicadas, principalmente, para pacientes infectados ou sob suspeita e, não como método de prevenção.

Qual o tratamento para a infecção?

Como regra, não existe tratamento específico para infecções causadas por nenhum coronavírus humano. Nesses casos, é somente indicado repouso e consumo de bastante água, além de medidas para alívio de alguns sintomas, como o uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). Também é recomendada a adoção de umidificadores ou banhos quente para o auxílio do bom funcionamento do sistema respiratório.

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Grávidas apresentam mais riscos?

Conforme indicado pelo Ministério da Saúde não há orientações específicas para gestantes. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, por enquanto, os médicos não têm informação suficientes sobre o tema. É consenso que grávidas apresentam mudanças no sistema imunológico, durante a gestação, que as tornam mais suscetíveis a infecções respiratórias virais de forma geral. Assim, a recomendação é ter as mesmas precauções que a população.

Epidemia é diferente de pandemia?

Nos últimos dias tem se falado mutio sobre a possibilidade da epidemia do novo coronavírus se tornar uma pandemia, mas afinal quais são as diferenças entre os dois termos? A definição de epidemia é a propagação pontual de um vírus, onde os casos aumentam até chegarem ao limite e depois diminuem gradualmente. Já uma pandemia é a propagação, em escala mundial, de uma nova doença, como pontua a OMS.

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Em outras plavras, em uma pandemia muitos países são afetados ao mesmo tempo por uma mesma enfermidade. Pandemia é usada, por exemplo, para definir o HIV, pois sua presença é global, mesmo que em uma pequena procentagem. Até sexta-feira (28), a OMS ainda não havia declarado o novo coronavírus como uma pandemia.

Fake news sobre o novo coronavírus

Com o assunto tão novo e pesquisas ainda em andamento, inúmeras correntes espelhadas por WhatsApp e redes sociais trazem desinformação e fake news sobre o novo coronavírus. Entre as notícias falsas, está que a China cancelou todos os embarques de produtos por navio até março, devido ao risco de disseminação do vírus em encomendas. Há mensagens que dizem também que plástico bolha, vinda da China, pode disseminar o vírus.

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Para ambos os casos, o Ministério da Saúde afirma que "não há nenhuma evidência que produtos enviados da China para o Brasil tragam o novo coronavírus." O órgão ainda explica que vírus geralmente não sobrevivem muito tempo fora de um hospedeiro vivo, enqunato que o tempo de envio destes produtos costuma ser de meses.

Além dessas estórias, há inúmeros vídeos e textos com medicamentos, simpatias e poções aparentemente milagrosas para o tratamento das infecções. Inclusive, há charlatões que recomendam banhos imersivos em viangre ou drinks de uísque com mel, muito usado na Inglaterra. Novamente, não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo novo coronavírus.

Onde obter informações seguras?

O mais importante de tudo, antes de compartilhar ou acreditar em uma informação sem fontes confiáveis, é entender a responsabilidade que você, como usuário das redes sociais, tem sobre o conteúdo e sua capacidade de influenciar pessoas do seu círculo virtual. No caso de dúvidas, sobre a veracidade ou não de uma informação, busque sempre checar o assunto em sites especializados.

Para isso, vale acompanhar perfis oficiais de instituições de saúde nas redes sociais, como a do Ministério da Saúde, inclusuive o órgão tem uma página dedicada ao esclareciemnto de boatos virtuais. Boas fontes também são os materiais divulgados por institutos, considerados como referências no controle e acompanhamento do novo vírus no país, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Adolfo Lutz e o Instituto Evandro Chagas (IEC).

Fonte: Ministério da Saúde e Boletim Epidemiológico