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Laboratórios no Brasil já oferecem testes rápidos para Covid-19

Por| 18 de Fevereiro de 2020 às 15h05

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Eugene Hoshiko/AP Photo
Eugene Hoshiko/AP Photo

O governo brasileiro já está organizando uma rede para identificar e diagnosticar um possível primeiro caso do novo coronavírus chinês, causador da doença Covid-19, em solo nacional. Inclusive, como parte dessa organização, o Ministério da Saúde comunica a população, diariamente, sobre a situação do país no combate ao vírus e sobre as suspeitas de infecção, às 16 horas, via live nas redes sociais. Agora, as redes de laboratórios privadas também oferecem exames para detectar esse tipo de coronavírus.

O exames existentes em laboratórios particulares foram desenvolvidos com base na sequência genética do vírus Covid-19 divulgada e tem todas as etapas realizadas no próprio país, por isso mesmo, é possível obter o resultado em 24 horas, de acordo com a disponibilidade da unidade escolhida. Vale ressaltar que o tempo para obtenção dos resultados podem demorar até 36 horas, dependendo da localização do laboratório. 

Até agora, não há casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, sendo somente três suspeitos. No entanto, o vírus já levou ao óbito mais de 1.770 e infectou mais de 71 mil pessoas no mundo todo. Também foram cerca 11 mil pacientes recuperados após contraírem a infecção, de acordo com o mapa interativo da Johns Hopkins University.

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Laboratórios particulares

Até os últimos dias, as análises de infecção do novo coronavírus Covid-19 eram realizadas, em parte, nos Estados Unidos ou por laboratórios públicos brasileiros. Entre os laboratórios de referência no país que tem realizado o diagnóstico estão: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro; Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.

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Agora, laboratórios particulares também desenvolveram tecnologias próprias para a análise da presença do vírus em humanos. São os casos da Dasa, do Grupo Fleury, do grupo Sabin e do laboratório DB Molecular, que fazem todas a análise através do PCR. Essas novas possibilidades de testes podem auxiliar o Sistema Público de Saúde (SUS), caso haja um surto como na China.  

"Usamos o PCR, que é um recurso para forçar o vírus a se multiplicar. Seguimos um protocolo alemão. Nele, pedaços de DNA se grudam em três partes do vírus para que ele possa se multiplicar e usamos isso para identificar a presença do vírus", comenta Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury, para o Estadão.

Nesses casos, a coleta é feita através da raspagem da nasofaringe, região que serve de passagem para o ar a partir do nariz até a garganta. "É usado um tipo de cotonete fino e flexível com um algodão na ponta. Raspa-se bem no fundo do nariz. Os poucos estudos publicados mostram que essa é a região onde tem mais vírus", comenta Granato.

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Como solicitar?

Para fazer o exame de Covid-19, é necessária uma solicitação médica, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, igual aos outros exames normalmente realizados nas unidades laboratoriais. 

De acordo com as informações do órgão federal, é considerado como "caso suspeito do novo coronavírus, paciente com sintomas da doença, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Além disso, o paciente precisa ter viajado para área com transmissão ativa do vírus nos últimos 14 dias antes do início dos sintomas."

Fonte: O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasília