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Brasil tem 132 casos suspeitos de coronavírus; número dispara nas últimas 48h

Por| 27 de Fevereiro de 2020 às 18h23

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Mark Schiefelbein/ AP Photo
Mark Schiefelbein/ AP Photo

Ontem (26), foi confirmado pelo Ministério da Saúde o primeiro caso do novo coronavírus, chamado de SARS-CoV-2, no Brasil e em toda a América Latina. Segundo as autoridades, o paciente é morador de São Paulo, tem 61 anos e esteve na Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Agora, o número de casos suspeitos de infecções pelo vírus COVID-2019 chegam a 132.

Há ainda outras 213 notificações que ainda não foram analisadas, segundo o Ministério da Saúde. Esse é o maior número de casos suspeitos já registrado pelo país desde o início do surto na China, no começo desse ano. No entanto, esse aumento não deve ser visto com alarde, já que acontece em decorrência da ampliação de monitoramento para 16 países com transmissão ativa do coronavírus, ou seja, são considerados suspeitos pacientes que viajaram para outros países, além da China. ​

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Entenda os novos números

Esses dados foram divulgados pelas Secretarias Estaduais de Saúde no país todo, até esta quinta-feira (27), e apontam o aumento da sensibilidade da vigilância da rede pública de saúde devido à inclusão de 15 países, além da China, que apresentam transmissão ativa do coronavírus.

Os novos critérios para a definição de caso suspeito enquadram, agora, pessoas que apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como tosse ou falta de ar e tiveram passagem pela Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália, Malásia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Tailândia, Vietnã e Camboja, além da já citada China, nos últimos 14 dias.

"O número cresceu muito nessas 48 horas. Evidentemente que isso se deve às mudanças de critérios de casos suspeitos, à inclusão de novos países, ao fluxo migratório significativo desses países da Europa, principalmente Itália, Alemanha e França", explica o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Com o anúncio, a autoridade pública também evita criar alarmismos diante da situação.

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Entre os estados brasileiros com mais suspeitas de infecções pela COVID-2019, é o estado de São Paulo que lidera, sendo 55 casos, tos em acompanhamento do Ministério da Saúde. Depois, em segundo lugar, está o Rio Grande do Sul com 24 suspeitas. Em terceiro e com significativa diferença está o estado do Rio de Janeiro, com apenas nove. 

Não é gripe

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Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde ainda recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, além de cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Nesse contexto, é importante evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.

O secretário executivo do Ministério também recomenda "usar álcool em gel, não compartilhar utensílios de uso pessoal, beber bastante água e alimentar-se bem, além de tomar a vacina da gripe, se [fizer parte do] público-alvo", como pontuou durante a coletiva de imprensa dessa tarde.

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"Se não fizermos a vacina da gripe, teremos muito mais pessoas com síndrome gripal. Além das pessoas que estarão com coronavírus, também teremos pessoas contaminadas com outro tipo de influenza. Facilita muito também para o profissional fazer o diagnóstico", explica Gabbardo. Afinal, as características dos dois vírus podem ser muito semelhantes e a possível confusão com o vírus da gripe pode sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde brasileiro, causando uma série de alarmes falsos, por exemplo.

Fonte: Ministério da Saúde