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Como a alimentação influencia a saúde mental?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Outubro de 2023 às 11h30

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Gpointstudio/Envato
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Todos sabemos que uma boa dieta faz parte dos bons hábitos que preparam o corpo para enfrentar doenças, deixando o físico saudável — mas você sabia que mas você sabia que a alimentação e a saúde mental também estão relacionadas? Inúmeros estudos já observaram a relação entre hábitos alimentares e o nosso psicológico, indo muito além da mera contagem de calorias. A Organização Mundial da Saúde (OMS), inclusive, não separa mais a saúde mental da física em relação ao bem-estar humano.

Para começar, transtornos alimentares estão ligados à busca pelo alívio da ansiedade, depressão e outros transtornos mentais, levando pessoas a comer demais ou deixar de comer. Alguns alimentos, quando consumidos em excesso, como as frituras, causam processos inflamatórios, que podem prejudicar o cérebro e contribuir para transtornos depressivos e ansiosos, enquanto outros aliviam tais sintomas — comer cogumelos, por exemplo, pode diminuir sintomas de depressão.

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Outro aspecto importante está nos intestinos. Comer alimentos pouco saudáveis, como os ultraprocessados e muito doces, pode levar ao desequilíbrio do funcionamento intestinal, o que causa problemas generalizados no corpo. Muitas pesquisas já apontaram a relação entre a microbiota intestinal e a saúde mental, incluindo o comportamento emocional, evidenciando que não é só o físico que sofre com má alimentação.

Como ter uma alimentação boa para a saúde mental?

As recomendações alimentares para uma boa saúde mental estão muito próximas às sugeridas para uma boa saúde física. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, a dieta ideal é balanceada, cheia de frutas e vegetais variados, peixes, grãos, proteínas vegetais (como as do amendoim, soja e milho) e fontes de proteína magra em geral — tudo isso traz nutrientes saudáveis ao cérebro, podendo ajudar no funcionamento dos neurônios.

Um exemplo são as vitaminas A, C e E, que têm propriedades antioxidantes, ou seja, freiam a ação de radicais livres e seguram o envelhecimento celular. Já as vitaminas D, B6 e B12 ajudam na geração de neurotransmissores que regulam o sistema nervoso. Os ácidos graxos ômega 3, por outro lado, ajudam a formar novas células no cérebro, estando presentes em peixes e frutos do mar. Isso tudo também ajuda na imunidade, outro fator importante para manter a saúde mental e a qualidade de vida em dia.

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Calha evitar frituras, que são repletas de gorduras trans e saturadas, laticínios com muita nata, alimentos com muito açúcar refinado e produtos industrializados, processados e ultraprocessados que trazem conservantes excessivos. Não é necessário excluir de vez tais comidas da vida, mas sim consumi-las pouco, uma vez por semana ou a cada duas semanas, por exemplo.

Comer bem, segundo um estudo publicado na revista Nutrients, pode até mesmo melhorar o desempenho de estudantes na faculdade, e revisões bibliográficas ligam alimentação pobre em nutrientes à piora na saúde mental de crianças e adolescentes.

Vale frisar, no entanto, que não é só a alimentação que garantirá uma saúde mental em dia. Sua influência é grande, mas cuidados como exercícios físicos e outros hábitos saudáveis ajudam a fortalecer o bem-estar. Se você toma remédios para tratar transtornos mentais, aliás, uma simples reeducação alimentar não vai dispensar a medicação. A saúde mental é um aspecto multifatorial da vida, precisando de cuidados em várias frentes para que seja mantida boa e preparada para os desafios da vida.

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Fonte: British Medical Journal, American Journal of Public Health, Nutrients, Secretaria de Saúde do Estado do Ceará