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Cigarro eletrônico não ajuda a parar de fumar, segundo especialistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Junho de 2022 às 09h40

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Nery Zarate/Unsplash
Nery Zarate/Unsplash

No ano passado, cientistas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontaram que o risco de iniciação ao tabagismo é significativamente maior entre usuários de cigarro eletrônico. Nesta terça (31), em entrevista à Folha de S. Paulo, especialistas reforçaram que o dispositivo não ajuda a parar de fumar.

Apesar da finalidade de diminuir a dependência de nicotina, o cigarro eletrônico costuma possuir a substância na sua composição, então além de não ajudar a parar de fumar, ainda estimula novos fumantes. Os especialistas apontam que as pessoas "até conseguem trocar o convencional pelo eletrônico, mas não param de fumar".

Segundo o relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), 19,7% dos brasileiros de 18 a 24 anos já experimentaram o cigarro eletrônico, ainda que seja proibido no país.

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Os médicos também fazem um alerta para outras substâncias tóxicas do vape além da nicotina, como partículas de metais pesados, níquel, elementos aromáticos, glicerol e outros aditivos que geram uma capacidade inflamatória e ataca a saúde respiratória e cardiovascular.

Cigarro eletrônico faz mal?

No último mês de abril, a Fiocruz lançou uma campanha para alertar sobre os riscos à saúde oferecidos pelo uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). Enquanto isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem recebendo evidências técnicas e científicas sobre a segurança do uso desses dispositivos.

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A agência também apresentou um relatório falando sobre possíveis riscos e impactos da liberação do uso do cigarro eletrônico no Brasil, como o risco de aumento do tabagismo, a recaída de ex-fumantes e a renormalização do ato de fumar.

Em estudos anteriores, especialistas afirmaram que o cigarro eletrônico pode causar disfunção erétil, além de infeccionar o cérebro, pulmão, coração e cólon. O uso de vape também está associado a mutações gênicas similares às do fumo, e a essência de vape pode fazer mal ao coração.

Fonte: Folha de S. Paulo