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43% da população mundial tem algum transtorno ou doença neurológica

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Malachi Cowie/Pixabay
Malachi Cowie/Pixabay

As doenças neurológicas estão muito mais comuns do que antes, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Após analisar dados de mais de mais de 190 países, a conclusão é de que 43,3% das população mundial convive com alguma doença ou transtorno que afeta o sistema neurológico. São mais de 3 bilhões de pessoas nesta situação, mesmo que muitas não tenham acesso ao diagnóstico.

Para dimensionar o impacto das condições neurológicas, é como se 2 pessoas a cada 5 convivessem com um transtorno ou doença, o que pode incluir o Alzheimer, o autismo ou ainda as sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC).

“As condições neurológicas causam grande sofrimento aos indivíduos e às suas famílias”, afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em nota. Além disso, a carga dessas doenças afeta a economia global, de diferentes formas.

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Afinal, as condições neurológicas são a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. Isso resulta em milhares de dias perdidos de trabalho, como aponta o relatório publicado na revista científica The Lancet Neurology

10 condições neurológicas mais comuns

A seguir, confira quais são as 10 condições neurológicas mais comuns em todo o mundo, segundo relatório da OMS, em ordem decrescente:

  1. Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  2. Encefalopatia neonatal;
  3. Enxaqueca;
  4. Doença de Alzheimer;
  5. Neuropatia diabética;
  6. Meningite;
  7. Epilepsia;
  8. Complicações neurológicas devido ao parto prematuro;
  9. Autismo;
  10. Câncer do sistema nervoso.

Fora do ranking principal, o estudo revela que as complicações e as sequelas da covid-19, o que inclui o comprometimento cognitivo e a síndrome de Guillain-Barré, afetam também um grande número de pessoas. No mundo, são responsáveis por 23 milhões de casos.

Anos de vidas perdidos

Segundo o relatório, doenças neurológicas são as principais causas de anos de vida perdidos por incapacidade (DALYs). Inclusive, este grupo já supera os danos causados pelas doenças cardiovasculares.

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Considerando os dados de 2021, a estimativa é que tenham sido perdidos 443 milhões de anos de vida saudável por causa das doenças neurológicas. Em relação ao ano de 1990, houve um aumento de 18% na métrica.

OMS pede atenção

“Este estudo deve servir como um apelo urgente à ação para ampliar as intervenções direcionadas para permitir que o número crescente de pessoas que vivem com condições neurológicas tenha acesso aos cuidados, tratamento e reabilitação de qualidade de que necessitam”, defende o diretor-geral da OMS.

“É mais importante do que nunca garantir que a saúde do cérebro seja melhor compreendida, valorizada e protegida, desde a primeira infância até à vida adulta”, completa Tedros.

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Fonte: The Lancet Neurology e OMS