Saiba como identificar um AVC
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Conhecido popularmente como derrame, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma situação que decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico. Tendo isso em mente, é preciso identificá-lo o quanto antes. Mas você sabe como se identifica um AVC?
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A primeira recomendação é ficar atento aos sinais. “Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita, por isso devemos estar atentos e buscar ajuda médica o quanto antes”, explica Mariana Peres de Carvalho, coordenadora do núcleo de fisioterapeuta do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA).
As recomendações incluem identificar os sinais do AVC por meio de uma técnica conhecida como “SAMU”: sorriso, abraço, mensagem, urgente.
- Sorriso porque, durante o AVC, a boca pode ficar torta. Por isso, deve-se pedir para que a pessoa tente dar um sorriso.
- Abraço porque, nesse momento, fica difícil para a pessoa levantar os dois braços ao mesmo tempo. Portanto, peça para que ela tente te abraçar.
- Mensagem porque quem está tento um AVC pode começar a apresentar dificuldades de fala. Tente perceber a fala embolada.
- E se você perceber um desses sinais, chame socorro urgentemente (ligue para 192 ou conduza o paciente a um hospital).
A especialista ressalta, ainda, outros sintomas, como dificuldade de caminhar ou ficar em pé; formigamento e falta de força em um lado do corpo; problema de memória recente e passada; e dor de cabeça intensa com vertigem. O tratamento precoce com medicamentos, como TPA (anticoagulante), pode minimizar danos cerebrais, por isso é importante buscar auxílio médico imediatamente.
O tratamento com fisioterapia neurofuncional também deve ser iniciado rapidamente. “O quanto antes a pessoa for socorrida e iniciar o tratamento com o fisioterapeuta neurofuncional, melhores serão os resultados e menores as sequelas”, finaliza Mariana.