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10 mistérios do cérebro que ainda intrigam a ciência

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NomadSoul1/Envato
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O cérebro é a parte do corpo humano que mais intriga os cientistas. A cada dia, surgem mais estudos, e ainda assim, o cérebro guarda diversos mistérios, que ainda não foram completamente solucionados pela ciência. Listamos algumas dessas questões que ainda são capazes de deixar com a  pulga atrás da orelha.

1. Como a informação é codificada na atividade neural?

Os neurônios podem produzir breves pulsos elétricos que viajam para causar a liberação de sinais químicos em outras partes do cérebro. À medida que nos aprofundamos no cérebro, no entanto, encontramos neurônios envolvidos em fenômenos complexos, como julgamentos de valor, simulação de futuros possíveis, sinais que se tornam difíceis de decifrar. Atualmente não está claro quais neurônios pertencem a um determinado grupo. Tampouco é simples monitorar as conexões de um neurônio, já que um único do córtex recebe informações de cerca de 10 mil outros.

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2. Como as memórias são armazenadas e recuperadas?

Quando você aprende um fato novo, como o nome de alguém, ocorrem mudanças físicas na estrutura do seu cérebro. Mas ainda não compreendemos exatamente o que são essas mudanças, como são orquestradas em sinapses e neurônios, como incorporam o conhecimento ou como são lidas décadas depois. Uma parte complicada disso tudo é que existem muitos tipos de memórias. O cérebro parece distinguir a memória de curto prazo da memória de longo prazo.

Quase todas as teorias da memória propõem que o armazenamento da memória depende das sinapses, as minúsculas conexões entre as células cerebrais. Mas olhar apenas para associações pode não ser suficiente para explicar a memória. O grande segredo da memória é que ela codifica principalmente as relações entre as coisas, mais do que os detalhes. A recuperação da memória é ainda mais misteriosa do que o armazenamento.

3. Qual a atividade primordial do cérebro?

A atividade do cérebro em repouso pode ser o aspecto mais importante no que diz respeito ao estado mental das pessoas. O cérebro em repouso usa 20% do oxigênio total do corpo, embora represente apenas 2% da massa corporal. Algumas das atividades básicas podem representar o conhecimento de reestruturação do cérebro em segundo plano, simulando eventos futuros ou manipulando memórias. A maioria das coisas com que nos importamos podem ocorrer sem estímulos externos e sem resultados evidentes que possam ser medidos.

4. Como o cérebro simula as possibilidades?

Quando se precisa tomar uma decisão, o cérebro é capaz de simular as possibilidades, mas como conseguir fazer previsões sobre o mundo ainda é um mistério intrigante. Pode ser que a memória exista apenas para esse propósito, funcionando como uma ferramenta para fazer previsões bem-sucedidas para o futuro com base no que já foi vivido anteriormente. 

5. O que são emoções?

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As emoções podem ser consideradas como respostas físicas a estímulos, como podemos observar no aumento dos batimentos cardíacos e da transpiração que acompanham o medo, por exemplo, ou na tensão muscular que acompanha a raiva. Os sentimentos, por outro lado, são as experiências subjetivas que às vezes acompanham esses processos: as sensações de felicidade, inveja, tristeza e assim por diante. As emoções parecem empregar um maquinário amplamente inconsciente, e um dos objetivos da neurociência é compreender a natureza dos muitos transtornos emocionais.

6. O que é inteligência?

A inteligência vem em muitas formas, mas não se sabe o que a inteligência em si significa, biologicamente. Como bilhões de neurônios trabalham juntos para manipular o conhecimento, simular novas situações e apagar informações inconsequentes? O que acontece quando dois conceitos “se encaixam” e você de repente vê uma solução para um problema? O que acontece em seu cérebro quando de repente se dá conta de que o assassino do filme é na verdade a esposa insuspeita? A inteligência está no cerne do que há de especial no Homo sapiens. Outras espécies são programadas para resolver problemas específicos, enquanto nossa habilidade de abstrair nos permite resolver uma série de problemas.

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7. Como o cérebro representa o tempo?

O cérebro consegue "enganar o tempo" para você, fazendo com que eventos simultâneos pareçam simultâneos, mesmo quando os diferentes sentidos que processam a informação individualmente mostram o contrário. Por exemplo: olhe seu reflexo no espelho. Foque no seu olho esquerdo, depois mude seu olhar para o olho direito. Os movimentos dos seus olhos levam tempo, mas você não os vê se movendo. Em resumo, essa noção de passagem suave do tempo é uma construção do cérebro.

8. Como e por que o cérebro dorme e sonha?

Um dos aspectos mais surpreendentes de nossas vidas é que passamos um terço de nosso tempo dormindo. A função do sono e o processo dos sonhos ainda intrigam a ciência. Por enquanto, há algumas suposições, como a de que o sono é restaurador, economizando e reabastecendo as reservas de energia do corpo, ou de que o sono desempenha um papel crítico na aprendizagem e consolidação de memórias. Compreender verdadeiramente e chegar a uma resposta universal cabe a estudos futuros.

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9. Como os sistemas especializados do cérebro se integram?

A olho nu, nenhuma parte da superfície do cérebro parece diferente de qualquer outra parte. Mas quando medimos a atividade, descobrimos que diferentes tipos de informação se escondem em cada região do território neural. Agora que os neurocientistas têm uma ideia razoável de como esse território é dividido, nos vemos diante de uma variedade de redes cerebrais envolvidas com o cheiro, a fome, a dor, o estabelecimento de metas, a temperatura, a previsão e centenas de outras tarefas. Apesar de suas funções díspares, esses sistemas parecem funcionar juntos perfeitamente, mas ainda não se sabe ao certo como isso ocorre.

10. O que é consciência?

A explicação da consciência é um dos principais problemas não resolvidos da ciência moderna. Por enquanto, os neurocientistas acreditam que a consciência emerge das coisas materiais do cérebro principalmente porque até mesmo mudanças muito pequenas no cérebro podem alterar poderosamente as experiências subjetivas. Embora seja um dos desafios tradicionais para a pesquisa, recentemente, pesquisadores australianos alegam ter encontrado uma maneira de medir quantitativamente a consciência, o que comprova sua existência.

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Fonte: Discover Magazine, Allen Institute for Brain Science, Neurologic Institute