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O que pode causar a Síndrome de Guillain-Barré?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Julho de 2023 às 11h36

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CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

Ainda não está exatamente claro o que pode causar a Síndrome de Guillain-Barré. No entanto, a condição geralmente surge após uma infecção por um vírus ou bactéria, como a Campylobacter jejuni, responsável por gerar gastroenterite associada com diarreia. Em resumo, a doença é considerada como rara. Nela, o próprio sistema imunológico do corpo danifica os nervos.

As pessoas também podem desenvolver a síndrome após uma gripe ou outras infecções, como citomegalovírus e vírus Epstein-Barr. Mas em ocasiões ainda mais raras, também é possível ser atingido pela doença nos dias após a vacinação.

Quem pode ter Guillain-Barré?

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De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão de saúde dos EUA), qualquer pessoa pode desenvolver a síndrome, mas é mais comum em homens e adultos com mais de 50 anos. Vale salientar que a doença não é contagiosa, e os surtos são muito raros — mas não impossíveis, como pudemos acompanhar recentemente no surto de Síndrome de Guillain-Barré no Peru.

Os tratamentos mais utilizados para a síndrome envolvem a troca de plasma — um procedimento que remove e substitui a parte líquida do sangue — e a terapia de imunoglobulina de alta dose (basicamente, uma infusão de anticorpos).

Sintomas da Síndrome de Guillain-Barré

Quando o próprio sistema imunológico de uma pessoa prejudica os nervos do corpo, esse dano causa fraqueza muscular e, às vezes, paralisia. Os primeiros sintomas da Síndrome de Guillain-Barré incluem formigamento nas pernas ou nos braços.

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A fraqueza pode aumentar até que as pessoas não consigam usar alguns músculos. O CDC diz que os sintomas podem progredir ao longo de horas, dias ou semanas, mas a maioria das pessoas começa a se recuperar duas a três semanas após o início dos sintomas.

No entanto, vale perceber que a recuperação pode demorar até alguns anos. A maioria das pessoas se recupera totalmente, mas algumas apresentam danos permanentes nos nervos. Também existem casos (raríssimos) de mortes por Síndrome de Guillain-Barré.

Síndrome de Guillain-Barré e vacinas contra a covid-19

Em 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmou o registro de casos raros de síndrome de Guillain-Barré após a vacinação contra a covid- 19 no Brasil. A maioria das ocorrências foram após a vacina Covishield (AstraZeneca/Oxford), mas também houve alguns casos com a CoronaVac e com a vacina da Janssen (Johnson & Johnson).

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A maior parte dos pacientes percebeu o quadro a partir de uma sensação de dormência ou queimação nas extremidades dos membros inferiores (pés e pernas) e, em seguida, superiores (mãos e braços).

Outra característica — identificada por pelo menos 50% dos casos — foi a presença de dor neuropática (provocada por lesão no sistema nervoso) lombar ou nas pernas. Fora da covid-19, os episódios pós-vacinação já eram conhecidos e relacionados a outras fórmulas, como a da influenza (gripe). Por outro lado, a infecção pelo vírus da covid-19 também parece causar a condição autoimune.

Surto de Síndrome de Guillain-Barré no Peru

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Atualmente, o Peru registra um surto de casos, cuja origem ainda não foi identificada. Mas a situação é potencialmente grave, fazendo com que o Ministério da Saúde do Peru declarasse estado de emergência sanitária nacional por 90 dias. Desde o começo do ano, foram registrados oficialmente 182 casos, com direito a 31 internações e quatro mortes.

Com a declaração do estado de emergência, a ideia do Ministério da Saúde do Peru é adquirir mais insumos e medicamentos para o tratamento contra a Síndrome de Guillain-Barré no sistema público de saúde, com uma redistribuição feita conforme a necessidade das regiões mais afetadas.

Fonte: CDC,  Vaccine Safety Datalink (VSD)Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS)