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Twitter encerra a API gratuita e afeta aplicativos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 07 de Abril de 2023 às 13h28

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Reprodução/Twitter
Reprodução/Twitter
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O Twitter finalmente encerrou o suporte oficial à sua API após muitos adiamentos e polêmicas. A rede social interrompeu o uso da integração nesta quinta-feira (6), o que deixou vários aplicativos fora do ar.

A opção de fazer login com a conta do Twitter em aplicativos como Post News e Substack foi interrompida após o encerramento. O plugin do Wordpress Jetpack, o Echobox, o Flipboard e o Social Bearing também relatam problemas desde então.

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A API gratuita oferece apenas 1,5 mil solicitações por mês, por isso deve se esgotar rapidamente, especialmente para quem oferece login via Twitter para apps de terceiros. Quem precisar ampliar os limites para 50 mil solicitações de publicações e 10 mil solicitações de leitura deve pagar US$ 100 (cerca de R$ 506) por mês.

Já para os clientes maiores, que não podem lidar com limitações, o Passarinho Azul oferece a API Enterprise. Este plano tem o absurdo custo mensal de US$ 42 mil (mais de R$ 212 mil), voltado principalmente para quem obtém algum lucro com a plataforma agora gerenciada por Elon Musk.

Mesmo os pagantes do plano Enterprise reclamam de problemas, já que a plataforma cortou o acesso à API antiga antes de liberar o acesso pago. O Echobox, por exemplo, disse ter entrado em contato com a equipe de vendas corporativas do Twitter, mas não teve nenhuma resposta até o momento.

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A complicada novela da API do Twitter

As mudanças na API do Twitter foram anunciadas em fevereiro, mas o corte inicial pegou todos de surpresa em meados de janeiro. Desde então, houve alguns recuos de Elon Musk e muito mistério sobre qual seria a decisão e o preço final.

Em março, a plataforma fez ajustes que quebraram vários apps, mas depois restaurou o acesso. Isso deixou muitos desenvolvedores no escuro e temerosos de apostar suas fichas em um serviço tão instável.

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Aplicativos que permitiam o acesso ao Twitter há mais de uma década, como o Tweetbot e o Twitterific, abandonaram as operações após o bloqueio. Outras plataformas também cessaram os serviços porque seus lucros são insuficientes para cobrir um eventual gasto mensal.

Twitter em busca de receita

A medida de Musk é uma tentativa de ampliar o faturamento do seu negócio, que hoje não vale nem metade do valor originalmente pago. É também uma forma de garantir a exibição de mais anúncios, já que os apps de terceiros não mostraram propagandas como a interface original.

Outra tentativa do bilionário é com o Twitter Blue, o que parece ter sido um tiro no escuro. Após aumentar o preço, muitos assinantes cancelaram o plano, mesmo com a forçada implementação do selo azul de verificação.

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Musk ainda tenta reforçar seu pacote de assinatura com as recomendações de tuítes de contas pagas no Explorar e com uma redução de 50% dos anúncios exibidos nos feeds. Por enquanto, nada disso tem dado certo — e é provável que assim continue, a não ser que o usuário mais seguido do Twitter mude sua postura.