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Facebook e Instagram lançam versão paga sem anúncios na Europa

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 30 de Outubro de 2023 às 18h15

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Brett Jordan/Pexels
Brett Jordan/Pexels

A Meta anunciou uma versão paga sem anúncios de Facebook e Instagram com disponibilidade a partir de novembro. A assinatura está disponível somente na Europa e custa a partir de 9,99 euros (cerca de R$ 52 em conversão direta na cotação atual) quando feita via navegador e 12,99 euros (~R$ 68) ao ser realizada via app de celular (Android e iOS).

Em desenvolvimento há alguns meses, o novo plano é uma alternativa encontrada pela Big Tech para atender às demandas regulatórias da União Europeia, que exige que as empresas ofereçam uma opção de acesso às redes sem rastreamento das preferências do usuário para a criação de anúncios.

A Meta já sofreu uma multa bilionária da UE neste ano, então a assinatura é uma forma de não correr o mesmo risco novamente — e ainda faturar mesmo sem as propagandas. Por outro lado, vale reforçar que o acesso aos apps continua gratuito na região para quem não aderir à versão paga.

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Em comunicado oficial, a empresa de Mark Zuckerberg confirma que não vai exibir nenhum anúncio aos assinantes, tampouco usar os dados de cada conta para fins de alimentar algorítmo de publicidade. A compra de uma assinatura aplica a mudança para todas os perfis registrados na Central de Contas da pessoa, mas a Meta vai cobrar uma taxa adicional para cada nova conta adicionada a partir de 1º de março de 2024.

Apenas no território europeu

O recurso está disponível para pessoas com mais de 18 anos de idade na Suíça e nos países membros da União Europeia e do Espaço Econômico Europeu. Devido às imposições regulatórias, é improvável que a empresa lance a mesma assinatura para outros países, como o Brasil.

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O Canaltech entrou em contato com a Meta, que confirmou que a iniciativa foi introduzida apenas nas regiões mencionadas para cumprir com as regulamentações.

UE exige mudanças nas redes sociais

Quem usa algumas das principais redes sociais e mensageiros na União Europeia pode notar alguns recursos diferentes por lá. A Lei de Mercados Digitais (DMA) da UE estabelece regras para empresas de tecnologia com pelo menos 45 milhões de usuários no continente e muitas delas já começaram a seguir tais termos.

O TikTok disponibilizou um feed na região sem recomendações personalizadas, por exemplo. O YouTube também seguiu um caminho parecido com uma tela inicial sem sugestões, mas não mencionou como uma estratégia para se adequar à nova lei. Além disso, o WhatsAppprepara uma forma de integrar outros aplicativos de mensagens — exigência também prevista pelo DMA.