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Saiba tudo sobre a perigosa ilha Madripoor de Falcão e o Soldado Invernal

Por| 11 de Abril de 2021 às 11h00

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O terceiro episódio da série Falcão e o Soldado Invernal trouxe uma cidade fictícia muito peculiar, e que há muito é conhecida nos quadrinhos da Marvel Comics — em especial nas histórias dos X-Men. A perigosa e misteriosa ilha de Madripoor é um local de muita riqueza e tecnologia, em uma sociedade de grande contraste econômico e social. Associado ao seu “desligamento” com outras partes do mundo, essas características tornam o território em um reduto de criminosos de alta periculosidade.

Embora Madripoor tenha aparecido nos trailers de divulgação da série do Disney+, segue aqui aquele aviso de spoilers para quem não viu o terceiro episódio de Falcão e o Soldado Invernal, já que há algumas descrições de cenas da atração.

Bem, no capítulo “O Mercador de Poder”, vemos Sam Wilson (Anthony Mackie) e Bucky Barnes (Sebastian Stan) recrutando ilegalmente o Barão Zemo (Daniel Bruhl) para ajudá-los na busca pelo cientista que vem produzindo uma nova e otimizada versão do Soro do Supersoldado — o mesmo que deu a Steve Rogers capacidades sobrehumanas em sua transformação de um homem franzino no Capitão América.

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Ao chegar à metrópole, já vemos de cara que é um local cheio de cores e arranha-céus e a entrada para a Cidade Baixa da ilha acontece por meio de uma “escolta não oficial” das autoridades criminosas da região. A partir daí, o episódio vai apresentando outras características e a rede de poder na ilha, com direito a uma hilária cena de dança do Barão Zemo, que virou até meme nas redes sociais.

Mas onde fica Madripoor? Qual sua história e por que ela é tão importante para os X-Men? E o que o Soro do Supersoldado tem a ver com essa ilha? O Canatelch conta para você logo abaixo.

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Origem na revista dos Novos Mutantes

Madripoor foi criada pelo lendário roteirista dos X-Men, Chris Claremont, ao lado do desenhista Steve Leialoha, em 1985, na revista New Mutants #32. Inicialmente, ela foi descrita com uma ilha “fundada por piratas, que servia de refúgio para os fugitivos foras-da-lei”. Segundo os autores, a inspiração foram os clássicos “paraísos dos piratas”, como Tortuga e Porto Real, lugares onde bucaneiros em fuga podiam se esconder e conseguir proteção, até que seus perseguidores desistissem de procurá-los.

Como Madripoor aparentemente não possui regras de extradição e não segue exatamente as mesmas regras que a maioria dos países seguem, a ilha se torna um oásis para transações ilegais, tanto de produtos quanto de serviços e, claro, de dinheiro. Corporações e bancos de grande porte se aproveitam disso para lavar dinheiro das organizações criminosas. Esses aspectos dividem a metrópole na Cidade Baixa, onde estão as favelas, dominadas pela violência; e a Cidade Alta, onde os ricos torram sua grana em diversão e conforto.

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Isso é seguido à risca na série Falcão e o Soldado Invernal. O próprio Bucky dá detalhes sobre essa divisão entre os “bairros” e o fato do Falcão ter que se disfarçar de um criminoso local já demonstra que a Cidade Baixa é um terreno muito perigoso para desconhecidos. E, no decorrer do episódio, também é possível ter uma noção de como é a Cidade Alta, pois é lá que Sharon Carter, fugitiva do governo dos Estados Unidos, atualmente mora e opera.

A história de Madripoor e sua conexão com os mutantes

Oficialmente, o local é descrito como ex-colônia britânica que se tornou uma “cidade-estado construída em uma pequena ilha do Pacífico Sul, em algum lugar entre Singapura e a ilha indonésia de Bangka”. Com um terreno de 600 quilômetros quadrados, sua população é de pouco mais de 1 milhão de habitantes e os principais idiomas falados por lá são inglês, filipino e francês. Possui dólar próprio e, entre os recursos de destaque estão pesca, comércio náutico, indústria têxtil, turismo, jogatinas e entretenimento eletrônico. No passado, Madripoor era um centro de comércio de escravos, marfim e borracha.

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Como dito anteriormente, Madripoor não possui relações internacionais com outras nações e tem uma política própria de comércio livre. Assim como em Falcão e o Soldado Invernal, o centro de poder está na Cidade Alta, mas transita mais pela Cidade Baixa, que é onde as lideranças reúnem seus assassinos e caçadores de recompensas. Na série, um dos expoentes é citado como “Mercador de Poder”, contudo, nos quadrinhos, o “Senhor do Crime” é quem controla o poder da região.

Embora tenha nascido na revista dos Novos Mutantes, Madripoor ganhou destaque mesmo foi na revista Wolverine, em 1988. Esse era um período de reformulação dos novos X-Men, que haviam acabado de morrer aos olhos do público, mas, na verdade, tinham “renascido” na surdina na Austrália, por onde ficaram enquanto os X-Men originais (Ciclope, Jean Grey, Homem de Gelo, Fera e Arcanjo) voltaram aos holofotes na equipe X-Factor.

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Logan passou a atuar em Madripoor com o codenome Caolho, que chegou à ilha a convite de um amigo. Logo ele se vê em uma disputa pelo poder, ajudando a Tigresa a derrubar Roche, o Senhor do Crime local. Depois disso, Wolverine passa a viver por ali como guarda-costas da nova Senhora do Crime, o que, na verdade, era uma forma de ele monitorar as ações da Tigresa e “mantê-la” na linha. Depois dessas aventuras, várias outras tramas foram ambientadas por lá.

Toda vez que a Marvel precisa de um local corrupto, que seja palco para discussões éticas entre seus personagens, ela usa Madripoor. A Víbora, por exemplo, que já foi líder da Hidra, casou-se com Wolverine justamente para se tornar uma Senhora do Crime na ilha. A SHIELD possui um escritório clandestino na cidade e Tony Stark já se envolveu com as disputas políticas na cidade. E, pasmem, em uma história dos Vingadores, foi revelado que a metrópole fica sobre a cabeça de um dragão real.

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Wolverine é dono de um bar por lá, o Bar Princesa, e seu filho, Daken, também já tentou a sorte em Madripoor. O Capitão América já passou por lá em seus antigos tempos de guerra, assim como uma ainda criança Natasha Romanoff. Magneto, Gaviã Arqueira, Madame Máscara, Tentáculo, Dentes de Sabre, Kitty Pride, Dragonesa, Karma, Shatterstar e vários outros vilões e heróis da Marvel Comics passaram ou têm alguma conexão com essa metrópole.

Como Madripoor pode se tornar um local ainda mais relevante no MCU?

As cidades fictícias são mais comuns na DC Comics, em que temos as famosas Gotham City, Metropolis, Coast City, Central City, entre outras. Isso dá aos roteiristas mais liberdades para agregar diferentes aspectos de locais e tempos distintos em uma só região. Gotham, por exemplo, é como se fosse uma mistura de Chicago nos anos 1930, na época da Lei Seca, com Nova York dos anos 1970, no período da alta de gangues e criminalidade.

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A Marvel Comics possui outros redutos fictícios famosos, a exemplo de Genosha, que funciona como uma nação em que ser mutante é crime, punível com escravidão. Situada na costa do Sudeste da África, Genosha sempre fez referências ao apartheid na África do Sul. Há também a Latvéria, que fica entre a Hungria, Sérvia e Romênia e é governada pelo Doutor Destino. E a Casa das Ideias têm outros locais famosos como a Terra Selvagem e a Ilha Muir.

Além de já mostrar outro popular local fictício dos quadrinhos, Wakanda, o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) criou também um país próprio para as aventuras nas telonas. Sokovia foi o centro de discussão em Vingadores: A Era de Ultron e Capitão América: Guerra Civil, e também tem importância no comportamento do Barão Zemo em Falcão e o Soldado Invernal. A expectativa é de que, com a chegada de Madripoor, a Marvel Studios passe a explorar e ampliar seus redutos fictícios.

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Há quem acredite que a Montanha Wundagore já foi apresentada nas cenas pós-créditos de WandaVision, como o local de seu isolamento; e que Latvéria pode ser revelada como uma nação vizinha a Sokovia, o que explicaria a criação de uma nação governada por Doutor Destino, um déspota que abrigou os fugitivos do país destruído no conflito dos Vingadores. O jeito é esperar para ver.