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Os celulares topo de linha Android de 2023 vão superar o iPhone 14?

Por| Editado por Léo Müller | 16 de Dezembro de 2022 às 14h18

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Danilo Berti/Canaltech
Danilo Berti/Canaltech
Tudo sobre Qualcomm

Com o lançamento da plataforma Snapdragon 8 Gen 2, diversas novidades para celulares Android, de repente, ganharam boas expectativas. E, algumas delas, demonstram que 2023 pode ser o ano em que as fabricantes de celulares topo de linha conseguirão alcançar — ou até ultrapassar — o nível tecnológico presente no novo iPhone.

Seja a respeito dos aprimoramentos na velocidade dos núcleos, ou no foco maior em entregar funcionalidades aliadas com a Inteligência Artificial, é notório que a Qualcomm está focada na evolução do hardware. Por isso, separamos algumas novidades que podem ser vistas nos celulares Android ao longo de 2023.

Vale destacar que já existem modelos que já foram anunciados em 2022 com o novo chipset Snapdragon. Por isso, pode ser que alguns deles sejam citados por explorarem — ou não — os recursos disponibilizados pela marca de semicondutores.

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Tela com mais resolução ou maior taxa de atualização

Apesar de não ser uma novidade para quem está sempre de olho no mercado mobile, as telas com frequências mais altas estão vindo com mais força em 2023. Porém, usuários podem encontrar com mais frequênciadisplays QHD+ com 144 Hz de taxa de atualização.

Isso representa um salto evolutivo em relação aos modelos — principalmente gamers — que possuem configurações parecidas. Comparando com o iPhone 14 Pro, qualquer celular Android que aderir a essas especificações de tela já estará muito a frente do modelo da Apple.

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Por outro lado, há recursos no chipset da Qualcomm que podem ser positivos para fabricantes que focam em dar maior qualidade do que em evidenciar a frequência. Para tal, há a opção de 4K a 60 Hz, que mantém a frequência padrão, mas dá um nível maior de nitidez para o display, sendo vantajoso, principalmente, para a visualização de conteúdos em vídeo.

Foco maior nos gamers

Não é novidade que a Qualcomm e a Apple realizam diversos ajustes anualmente em seus chips para entregar o máximo desempenho. Entretanto, já faz alguns anos que a gigante de Cupertino lidera a lista de modelos mais rápidos do mundo no uso prático, inclusive com o A16 Bionic, o processador mais recente da marca.

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Contudo, o Snapdragon 8 Gen 2 conseguiu reduzir essa “folga” da Apple com o octa-core trazendo 1 núcleo de 3,2 GHz. Mesmo abaixo dos 3,4 GHz dos dois núcleos principais do A16, já é uma evolução interessante de se ver.

Todavia, o grande destaque do SD 8 Gen 2 é a GPU, que agora possui compatibilidade com o Ray Tracing, que é uma tecnologia oriunda das placas de vídeos para PC e notebook. Assim, tanto o chipset da Qualcomm, quanto o Exynos da Samsung e o Dimensity da MediaTek se beneficiarão disso para replicar o realismo da luz em apps e games.

Esse avanço das principais fabricantes de hardware para smartphones com sistema do Google faz com que a Apple precise se movimentar mais em 2023 apesar de o lançamento do iPhone 14 ser positivo para o mercado mobile, a falta de ajustes surpreendentes da GPU dos modelos 14 e 14 Plus mostrou o quanto a Maçã está estagnada.

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Câmeras mais avançadas para fotos e vídeos

Em 2022, algumas empresas lançaram celulares com câmeras que traziam um sensor de 200 MP. No Brasil, é possível encontrar os smartphones Motorola Edge 30 Ultra e Xiaomi 12T Pro com essa opção.

Entretanto, a Qualcomm ajustou ainda mais a plataforma Snapdragon 8 Gen 2 para gravação e reprodução de vídeos. Caso as fabricantes de celulares decidam utilizar, a função de fazer conteúdos em 8K a 30 fps estará disponível para uso no chipset.

Além disso, a visualização de conteúdos em 8K a 60 fps será possível, mesmo que a opção de gravar não esteja presente. Isso é fruto da integração do suporte ao codec AV1, que aprimora ainda mais a imagem por ter um nível menor de compressão quando comparado ao H.264, por exemplo.

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Novo recurso “herdado” do iPhone

Desde o lançamento do iPhone XS, a Apple vem implementando funcionalidades para aprimorar o uso das câmeras dos celulares da marca. Por isso, o sistema operacional da marca utiliza o Smart HDR em conjunto com o sensor para criar camadas de imagem e permitir resultados melhores nas fotos.

Essa ferramenta aumenta o nível de nitidez e equilíbrio de cores presentes nas imagens, e a geração mais recente, o Smart HDR 4, entrega ainda mais detalhes e fidelidade em diferentes tons de pele com o intuito de valorizar a pigmentação de cada usuário.

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Focando em alcançar os iPhones nesse quesito, a Qualcomm anunciou o Depth Tile Acceleration. Essa função cria três camadas nas fotos para que os resultados sejam fidedignos em dispositivos Android.

Entretanto, essa opção pode ser aliada com a Segmentação semântica, na qual cada elemento de destaque da imagem é isolado em uma camada específica. Com isso, as cenas passam por um pós-processamento efetuado pelo algoritmo embutido no chipset para já exibir o resultado dos aprimoramentos no preview do celular.

Para garantir que o trabalho das fabricantes será efetuado como o esperado, a Qualcomm trabalhou em conjunto com a Sony e Samsung para garantir que os seus sensores lessem o algoritmo corretamente na hora das capturas.

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Uma vantagem desse novo sistema nos celulares Android é que funcionará tando para imagens quanto para vídeos, sejam capturados com a câmera frontal ou traseira. Com isso, quem posta nas redes sociais todos os dias, deve perceber um ganho de qualidade.


Os celulares Android vão finalmente desbancar o iPhone em 2023?

Mesmo com as incertezas do mercado, é óbvio que o Snapdragon 8 Gen 2 ajudará a “agitar” o mercado mobile. Até porque, durante os três primeiros trimestres do ano, os topos de linha Android competirão diretamente com a linha iPhone 14.

Então, considerando a falta de inovações no hardware do iPhone 14 Pro com o A16 Bionic, e a permanência do A15 Bionic — com um núcleo a mais de GPU, tal qual vimos no iPhone 13 Pro Max — nos modelos mais simples, fica difícil “passar pano” para os vacilos da empresa liderada por Tim Cook em 2022.

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Por outro lado, os maiores beneficiados por essa briga entre as multinacionais somos nós. Afinal, ver celulares Android cada vez mais avançados com Inteligência Artificial, e a Apple precisando compensar isso com inovações próprias, gera diversos smartphones surpreendentes, mesmo que o preço a ser pago para isso seja alto para o bolso da maioria.