Review Google Chromecast 4 | Vale a pena com controle?
Por Jucyber • Editado por Douglas Ciriaco | •
O Google Chromecast 4 chegou e a Gigante das Buscas fez uma renovação bem-vinda no dispositivo, deixando-o mais inteligente e versátil. Mesmo com as alterações no visual, o que realmente chama a atenção é o novo sistema interno.
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Na prática, o usuário deixa de ter acesso a um equipamento com foco maior em espelhamento do celular e ganha um produto com funcionamento independente. E isso se deve a adição da interface e a disponibilidade de um controle remoto, com o acesso a diversos aplicativos e plataformas de streaming se tornando ainda mais fácil.
Mas será que realmente vale a pena fazer o upgrade para a quarta geração do Chromecast? Confira agora a nossa opinião.
Prós
- Sistema Google TV
- Agilidade no acesso aos aplicativos
- Controle remoto
- Botão de atalho para streamings e Google Assistente
Contras
- Precisa ser conectado na tomada elétrica
- O Google Assistente ainda possui limitações
Visual e especificações
O corpo do Chromecast 4 passou por algumas alterações, ficando maior, com um formato mais oval, mas mantendo quase o mesmo peso do antecessor, com adição de apenas 15 gramas. A textura também não foi alterada e o toque continuou suave, sem risco de ficar todo marcado com manchas de digitais ou gordura gerada pelas mãos.
Em uma das pontas está a conexão HDMI, que é compatível com TVs e monitores; na outra, a entrada USB-C, que já representa uma evolução em relação ao Chromecast 3, que fazia uso de conexão micro-USB.
Na parte traseira há um LED para indicar quando o dongle está em uso e um botão para resetar o aparelho, e isso pode ser necessário em alguns casos de erro ou para quem vai precisar reconfigurar para outro usuário. Na embalagem ainda é possível encontrar o cabo USB e um plugue de tomada para conectar na energia elétrica, já que alguns tipos de equipamentos solicitam essa alternativa para ligá-lo.
Diferenciais diversos
Ele possui opção de resolução máxima de 4K a 60 fps, disponibilizando uma experiência ainda melhor para quem já possui televisores com suporte a tal resolução e entregando mais nitidez e fluidez ao que é exibido na tela.
A adição dos recursos de visualização em HDR e de som Dolby Atmos entram como “temperos especiais” nesta nova geração do Chromecast, pois exploram tais elementos caso também estejam disponíveis nas smart TVs.
Normalmente é mais fácil de encontrar essas funcionalidades nos eletrônicos modernos e alguns streamings compatíveis, deixando a visualização das mídias mais nítidas e a qualidade sonora ainda melhor.
O Google TV é, sem dúvidas, a grande novidade presente no Chromecast 4. Isso porque é um “sistema completamente novo”, compatível com o formato de uso do equipamento, ao contrário do que é encontrado no Mi Stick TV, que usa o Android TV puro.
Essa estrutura padrão do software já possui uma certa popularidade entre os mais atentos às tecnologias presentes nas smart TVs, pois muitas fabricantes a aplicam internamente para dar mais opções de navegação aos usuários.
Todavia, quando se verifica as informações de sistema do Chromecast 4, é notório que o tal Google TV nada mais é do que o Android TV um pouco repaginado. É como se a empresa tivesse aproveitado a base e colocado um tema personalizado por cima para dar uma diferença em relação ao padrão já conhecido.
Controle remoto
Outro diferencial que merece ser citado está relacionado ao controle remoto, que pode tanto ser utilizado apenas para navegação no equipamento quanto como acessório universal para uso normal na TV, permitindo a troca entre canais e controle de volume.
Ele é bem compacto, leve e ergonômico, mas o fato de o material ser o mesmo do dongle pode fazer com que o acessório fique mais escorregadio. Para quem o deixa no sofá, acaba sendo um empecilho, já que existe o risco de ele cair no espaço entre o braço e o assento, por exemplo (não que isso tenha acontecido durante a análise, mas é importante alertar).
No total, esse controle possui 12 botões, sendo dois circulares no topo para navegação com setas direcionais, mesmo sem o desenho dos ícones. Mais abaixo, estão as opções de retorno para o menu anterior e do Google Assistente.
Além disso, o ele tem os botões de acesso à home, mudo, atalhos para o YouTube e Netflix, e dois menores para ligar ou desligar a TV, além de outro para revezar entre as opções de visualização de conteúdo disponíveis, seja via antena, HDMI ou USB, que também pode ser chamado de Source.
Nas laterais estão os controles de volume, que podem servir tanto para o Chromecast quanto para a televisão. Porém, o ideal é manter em modo automático para que ele consiga detectar os dois eletrônicos.
Já na frente, mas entre os dois últimos botões, está o microfone para comunicação com o Google Assistente. E no verso está o compartimento onde são colocadas as pilhas AAA, que possuem uma ótima duração — há um preview para controle dessa porcentagem dentro do próprio sistema do dongle, permitindo que se saiba qual é o melhor momento para a troca.
Experiência de uso
A interface é muito fluida, tanto que a navegação se tornou o maior ponto positivo dessa nova geração, pois grande parte dos televisores tem a compatibilidade necessária para o usuário aproveitar ao máximo este equipamento.
Uma adição interessante está na facilidade para encontrar os apps já instalados e ainda mostrar diversas sugestões aos usuários em busca de novas opções para adicionar à biblioteca.
Um ponto negativo em relação ao sistema Android TV clássico dos televisores é a falta da possibilidade de personalizar conteúdos que aparecem na tela inicial, sem a existência de atalhos para filmes e séries que estavam em exibição antes de o usuário sair do sistema.
Até o mês de março, o campo de pesquisa do Disney+ estava com alguns problemas na hora de mostrar os resultados — carregava sem exibir o que era esperado —, mas uma atualização com 703 MB ajudou a solucionar este impasse na experiência de navegação.
Jogos
É notório que o Android para celular possui uma vasta biblioteca de games, entregando opções de categorias variadas e conseguindo atender a diferentes públicos, mesmo que alguns títulos consigam ter maior destaque e popularidade.
Porém, muitos desses jogos não são disponibilizados para o Chromecast, e isso fica bem óbvio ao explorar a área de preview deles, onde poucos títulos de alta popularidade foram apresentados. Isso se deve ao fato de muitos desenvolvedores não ajustarem os games ao formato de TV.
Mesmo assim, é possível se divertir com Asphalt 8, Asphalt Extreme, Dead Trigger 2, Crossy Road, Real Racing 3, Farming Simulator 14, Horizon Chase, Into The Dead e mais alguns outros, que conseguem se adaptar bem ao tamanho da televisão sem perder a qualidade.
O uso de um gamepad via Bluetooth, como o modelo GameSir G4s, faz com que a experiência em jogo seja ainda melhor, já que alguns exigem o uso desse acessório. Dessa maneira, o usuário tem acesso ao aparelho de uma jeito que quase lembra os consoles.
Google Assistente
O Google Assistente é um grande diferencial aplicado no Chromecast 4, algo que faz o dispositivo evoluir ainda mais na categoria, ficando equivalente ao Amazon Fire TV Stick, que traz a Alexa como forma de acesso aos comandos por voz.
Todavia, mesmo com essa implementação, algumas opções não funcionam corretamente, o que pode causar certa frustração aos usuários que possuem uma necessidade maior de instruções a serem executadas.
Por exemplo, ao solicitar a programação de um alarme ou lembrete, a assistente presente no Google TV não consegue se sincronizar muito bem com o Android do smartphone e não permite a ativação dos comandos, nem mesmo consegue fazer isso de maneira independente.
Mas é importante deixar claro que o Chromecast não é compatível apenas com aparelhos Android, já que nem todo mundo curte o sistema do Google para o uso diário. Também é possível pareá-lo com o iPhone, mesmo que a Siri não seja utilizável para enviar comandos de voz ao dispositivo.
Obviamente, são alguns poucos detalhes que podem afetar diretamente quem usa o Google Assistente, mas a experiência geral de uso do Chromecast não é atrapalhada por esse impasse, pois é possível navegar entre streamings e aplicativos rapidamente, além de mostrar pesquisas rápidas pelo botão ou no atalho presente na interface.
Concorrentes Diretos
Entre os concorrentes diretos do Google Chromecast 4, temos os dispositivos Amazon Fire TV Stick e o Roku, ambos com sistema interno próprio e controle remoto, fazendo com o dispositivo precise encarar alternativas mais baratas.
Para quem está acostumado a fazer uso de Inteligências Artificiais complementares, os aparelhos Fire TV Stick e Chromecast 4 podem ser os que mais batem de frente.
Isso porque a Alexa e o Google Assistente possuem uma alta popularidade e ainda permitem a execução de comandos adicionais para reprodução de conteúdos dentro das plataformas, onde o segundo acaba tendo como vantagem o fato de já estar disponível diretamente no botão.
Ficha técnica
- Tamanho: 162 mm x 61 mm x 12,5 mm (dongle); 122 mm x 38 mm x 18 mm (controle remoto)
- Peso: 55 g (dongle); 63 g (controle)
- Portas: HDMI, USB-C
- Conectividade: Wi-Fi ac e Bluetooth
- Número de canais: 5.000+
- Resolução máxima de vídeo: 4K / 60 fps
- Formatos HDR suportados: HDR10, HDR10 +, Dolby Vision
- Formatos de áudio suportados: Dolby Digital, Dolby Digital Plus e Dolby Atmos
- Sistema: Android TV OS baseado no Android 10
Chromecast 4: vale a pena?
O Google Chromecast 4 deixou de ser um equipamento que necessitava do celular para ser usado e evoluiu a ponto de se tornar um produto à parte, fazendo com que as smart TVs fiquem ainda mais inteligentes.
Com o sistema Google TV (Android TV), é possível ter acesso a milhares de aplicativos, dando ainda mais liberdade no uso, mesmo para quem tem o primeiro contato com um equipamento desse formato nesta geração.
A navegabilidade está mais intuitiva e muito rápida, e isso permite que até televisores mais antigos sintam a evolução. A interface complementar está com uma ótima navegabilidade e o fato de o Google Assistente ter um atalho no controle já permite o uso de algumas opções a mais, apesar de não permitir o acesso a alarmes e lembretes.
Algo que pode incomodar quem já está acostumado com a linha Chromecast é a necessidade de plugar o aparelho na tomada elétrica em alguns casos, fazendo com que seja mais um dispositivo para se preocupar na conta de luz, mesmo que o consumo seja baixo.
Ainda que alguns pontos negativos na navegabilidade possam preocupar, o equipamento recebeu a maior evolução, conseguindo ultrapassar alguns concorrentes pela integração sem esforço com a televisão e a familiaridade com o sistema Android.
Para quem já está acostumado a usar sticks da marca, vale a pena fazer a compra do novo modelo. As novidades que ele traz, aliadas com a experiência de uso, fazem dele uma aquisição interessante. Por enquanto, o Google não revelou se tem planos de trazer o Chromecast 4 oficialmente ao Brasil, mas o aparelho já pode ser encontrado em algumas varejistas, via importação, ao preço médio de R$ 500, que é quase o dobro do valor cobrado na geração anterior no país.