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Conheça os conglomerados que dominam o mercado de celulares na China

Por| Editado por Léo Müller | 07 de Abril de 2022 às 11h32

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Eric Mockaitis
Eric Mockaitis
Tudo sobre Oppo

Atualmente, existem diversas fabricantes de celular chinesas, apesar de várias delas não existirem oficialmente aqui no Brasil. Na China, entretanto, este cenário é bastante diferente. Por isso, vamos esmiuçar e detalhar como é o mundo dos grandes conglomerados mobile chinês.

Pode parecer um tema diferente do habitual. Porém, entender o mercado chinês de celulares é interessante para compreendermos como a indústria de smartphones está sendo diretamente influenciada pela competitividade das grandes marcas do oriente.

Foi se o tempo que o selo “made in China” era sinônimo de produto barato ou cópia mal-feita. Hoje, as grandes indústrias chinesas estão lançando tendências em um ritmo cada vez mais acelerado daquilo que estávamos acostumados com Apple, Samsung e outras marcas.

Dessa forma, vamos entender como alguns modelos podem fazer parte da mesma empresa, mas receber outro nome. Por exemplo, você sabia que Realme e OnePlus pertencem ao mesmo grupo?

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Segue comigo para entender como esses conglomerados surgiram.

BBK: o maior grupo de fabricantes de celular

Não poderíamos começar essa explicação sem citar a BBK. Hoje em dia, ela é responsável por diversas marcas importantes no mercado chinês de smartphones.

Muito provavelmente você já ouviu falar de Oppo, OnePlus, Realme e Vivo. São grandes marcas que têm ganhado cada vez mais espaço não só na China, como também no mercado mundial de smartphones.

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Oppo

A mais expressiva entre essas marcas é a Oppo, que conseguiu se estabelecer como uma grande empresa e lidera, entre as empresas do grupo BBK, no número de vendas.

OnePlus

Depois dela, temos a OnePlus, que surgiu a partir da Oppo, mas com uma estratégia diferente. A proposta inicial era ser uma marca apenas com vendas online de celulares top de linha com preços de intermediários.

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Entretanto, de vez em quando, surgem alguns modelos mais interessantes e com faixa de preço mais salgado do que o de costume.

Realme

Ainda no mesmo grupo, surgiu a Realme. Ela veio diretamente da Oppo, já que um ex-executivo da empresa resolveu começar uma outra linha de smartphones. Agora, a nova marca trabalha com foco em modelos de entrada e acessíveis.

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Nos últimos anos, porém, temos visto uma mudança nessa proposta. Já que alguns modelos têm se destacado na performance e empregado configurações mais avançadas.

Vivo

Por fim, temos a Vivo e sua sub-marca, a IQOO. Essa talvez seja a fabricante mais desconhecida aqui no Brasil. Seus modelos variam bastante, mas, no geral, têm uma proposta de intermediário para básico, sem grandes destaques.

Honor e Huawei eram do mesmo grupo

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Partimos para os maiores players do mercado chinês. A Huawei é a fabricante que mais vende celulares na China. Em diversas pesquisas, podemos ver a marca liderando os rankings.

Todavia, esse cenário vem se alterando. Isso graças às sanções impostas pelos EUA contra a empresa. Dessa forma, o acesso à tecnologias de ponta como chipset e componentes complexos está bastante limitado.

Assim sendo, está mais complicado para a Huawei se manter relevante e com vendas crescentes. Podemos ver uma consequência desse movimento na falta de compatibilidade ao 5G nos mais novos lançamentos da marca.

Por conta disso, a Honor, que antes pertencia à Huawei como uma sub-linha de produtos, se tornou independente.

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Em função disso, a Honor tem ganhado bastante espaço, já que não sofre com as mesmas dificuldades da Huawei. Podendo criar e desenvolver aparelhos de ponta, sem o risco de ficar à deriva dos principais hardwares.

A multifacetada Xiaomi

A empresa chinesa mais conhecida dos brasileiros é, sem dúvida, a Xiaomi. Com forte presença global, inclusive aqui no Brasil, seus produtos são bastante diversos, vendendo até artigos de casa, como aspirador de pó, relógios, câmeras de vigilância e lâmpadas.

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Contudo, o foco aqui são os smartphones. E, nesse quesito, essa empresa não faz feio. Muito pelo contrário, tem uma influência bastante grande no mercado chinês.

E, para aqueles que não conhecem, são três grandes linhas que pertencem à Xiaomi, são elas: Redmi, Pocophone e Black Shark, fora a linha de celulares própria da marca.

Começando pelos produtos principais, temos os modelos Xiaomi, que até uns anos atrás recebiam o nome de “Mi”, por exemplo: Mi 8, Mi 9 ou Mi 10. O mais recente Xiaomi 12, contudo, mudou essa nomenclatura.

Esses modelos são os top de linha da fabricante. São eles que recebem os componentes mais parrudos, configurações mais avançadas e recursos mais novos. A proposta é bater de frente com os principais concorrentes premium como os iPhones e a família Galaxy S.

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Redmi

Em seguida, temos a subsidiária Redmi. Ela tem foco em oferecer aparelhos móveis de entrada e intermediários. Nesse sentido, vamos ver celulares com especificações medianas, mas com alguns retoques aqui e ali.

O grande diferencial dessa linha é o preço competitivo. De forma que eles conseguem arrancar uma boa fatia de consumidores que buscam preços mais atrativos, mas com celulares que ainda têm recursos interessantes.

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Poco

Já a marca Pocophone (ou apenas Poco) segue com uma proposta única. Ela tenta equilibrar preço com recursos inovadores. Por isso, podemos encontrar modelos com grande performance, mas com um valor mais abaixo do praticado pelos concorrentes.

A linha Poco ainda é bastante nova aqui no Brasil, mas alguns modelos já se destacaram. Vai depender muito do que você procura, já que as especificações são diversificadas. Em suma, esses aparelhos ficam mais para o público entusiasta de tecnologia e que gosta de experimentar configurações mais incomuns.

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Black Shark

Chegamos a outra linha pouco difundida em território brasileiro, a Black Shark. Esses modelos são a aposta da Xiaomi no mercado de celulares gamer.

Por conta disso, contam com características bastante parrudas e com foco em entregar a melhor experiência. Desde desempenho fluido e suave até tecnologias de resfriamento para não superaquecer o aparelho.

São modelos bastante robustos com a proposta de concorrer diretamente com outras fabricantes de aparelhos gamer, como é o caso da Asus, Nubia e Razer.

Esse público é extremamente nichado, mas vem ganhando várias opções de modelos para experimentar. O Black Shark já está em sua quarta geração e vem ganhando cada vez mais fãs ao redor do mundo, porque, assim como outras linhas da Xiaomi, consegue oferecer um produto diferenciado, mas com preço competitivo.

Para onde vamos?

Ainda existem inúmeras outras empresas bastante fortes no mercado que não citamos, é o caso da Nubia, Infinix, TCL e outras.

Hoje não podemos mais olhar com preconceito para os produtos chineses. Como comentei, são eles que ditarão o futuro, em termos de inovações e novidades. Passou-se o tempo de copiarem as tecnologias dos outros. A China chegou ao ponto de começar a implementar novas tendências.

Podemos ver isso em outros setores, que também estão ganhando muito terreno, como é o caso dos carros elétricos que estão sofrendo grandes revoluções.