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Review Xiaomi Black Shark 4 Pro | Celular gamer potente, mas com pouca bateria

Por| Editado por Léo Müller | 10 de Maio de 2022 às 17h18

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Review Xiaomi Black Shark 4 Pro | Celular gamer potente, mas com pouca bateria
Review Xiaomi Black Shark 4 Pro | Celular gamer potente, mas com pouca bateria
Black Shark 4 Pro

O Xiaomi Black Shark 4 Pro já possui mais de um ano desde o seu lançamento. Entretanto, o celular gamer continua apresentando uma potência que surpreende em diversos momentos do seu uso.

Isso se deve ao fato de a gigante chinesa ter aplicado no dispositivo a plataforma Snapdragon 888, que era o chip mais potente da época. Esse hardware também era utilizado em smartphones topo de linha disponibilizados pela marca naquele momento.

Todavia, existem alguns pontos negativos que precisam ser apontados a respeito do Black Shark 4 Pro.

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Quer saber tudo em detalhes? Então, confira a nossa análise completa.

Confira o preço atual do Xiaomi Black Shark 4 Pro

Design e construção

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Assim como outros celulares caracterizados como gamer, o Black Shark 4 Pro traz em seu design diversos detalhes diferenciados. Na parte traseira, há alguns desenhos que ajudam a identificar o aparelho da Xiaomi.

  • Dimensões: 16,3 x 7,6 x 0,9 cm
  • Peso: 215 gramas

No verso, existem alguns desenhos que fazem alusão ao nome do smartphone, bem como um triângulo invertido com LEDs no qual podem ser configuradas diferentes cores para se adaptar a funções específicas do celular.

Na parte fotográfica, a chinesa aplicou um módulo de câmeras, centralizado e com três lentes na horizontal. Em sua lateral direita, está o botão de energia e os acionadores dos gatilhos táteis retráteis (pop-up).

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Já na lateral esquerda está o botão para controle de volume e a gaveta com espaço para dois chips SIM de operadora. Infelizmente, não existe um compartimento para expansão do espaço interno via cartão microSD.

No topo do aparelho está um dos alto-falantes, e o outro encontra-se na área inferior. Junto com essa saída de som, existe a conexão 3,5 mm para uso de fones de ouvido e a entrada USB-C com foco no carregamento do dispositivo.

Algo que eu senti falta no Shark 4 Pro e já vi em outros modelos de celulares da categoria gamer, como o Lenovo Legion Duel e o ROG Phone 5, é uma entrada USB-C na lateral do aparelho para facilitar a recarga.

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O fato de ele exigir muito mais potência continuamente nos jogos faz com que a bateria seja drenada rapidamente. Logo, ter uma opção de conexão no espaço que não desfavoreça o posicionamento do smartphone na jogatina, bem como evite o dano ao fio, é uma vantagem.

Tela

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A tela do Xiaomi Black Shark 4 Pro traz características atrativas para quem é gamer, como é o caso do painel Super AMOLED de 6,67 polegadas. Esse tamanho é mais do que o suficiente para proporcionar conforto na visibilidade dos conteúdos.

Outro ponto que se destaca nesse display Full HD é a fidelidade de cores, pois o nível de brilho e contraste trabalhados pela empresa chinesa nesse visor fazem com que a usabilidade seja de alto nível em diferentes situações, seja ao assistir a séries, navegar na web ou jogar.

Em complemento a esses aspectos, a tela possui taxa de atualização de até 144 Hz. Dessa forma, a fluidez alcançada na jogabilidade é outro diferencial obtido pelo público gamer com esse smartphone.

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Uma vantagem desse smartphone é a opção de poder configurar a frequência mais alta, que é definida para “Natural” na interface do aparelho, mas também poder reduzir para 90 Hz — Estável — ou 60 Hz — Normal — para evitar o gasto de energia na navegação sem a necessidade real.

O entalhe utilizado no Xiaomi Black Shark 4 Pro é no formato de furo Infinity-O, pois só existe o recorte compacto para abrigar a lente de selfies. Sendo assim, o aproveitamento frontal é superior a 85%.

Configurações e desempenho

Por se tratar de um smartphone gamer topo de linha, o Black Shark 4 Pro trouxe para o mercado em suas configurações o hardware mais avançado em uso nos modelos dessa categoria.

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Assim sendo, o celular traz em seu interior a plataforma Snapdragon 888, que era o chipset premium para modelos com o sistema Android no período em que o aparelho foi anunciado. Obviamente, a CPU entrega um desempenho de alta qualidade e focada no uso contínuo de maneira mais robusta.

Em complemento a esse desempenho, a Xiaomi disponibiliza três versões 8 GB, 12 GB ou 16 GB de memória RAM, bem como 128 GB, 256 GB ou 512 GB. O aparelho tem velocidade atrativa em qualquer ação executada, desde as tarefas cotidianas que envolvem a abertura de vários apps simultaneamente até os jogos mais pesados.

Mesmo sem a Xiaomi disponibilizar o cooler de resfriamento na embalagem, o Black Shark 4 Pro consegue segurar bem a temperatura dos componentes nos jogos mais intensos.

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Nos testes de benchmark, o Wild Life, na versão Unlimited, alcançou 5.819 pontos, com 34,8 quadros por segundo. Com esse resultado, ele ficou um pouco acima do Samsung Galaxy Z Fold 3 e do Moto G200.

Assim como outros aparelhos focados no público gamer e usando de referência a informação que demos no início da análise, o Xiaomi Black Shark 4 Pro não possui espaço para cartão microSD. Sendo assim, a escolha por uma das opções de armazenamento dependerá do quanto você pode gastar na hora da compra.

Interface e usabilidade

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A interface Joy UI 12.8 de divertida só tem o nome. Essa personalização que “encapa” a MIUI 12.5 faz com que a experiência de uso seja pouco proveitosa para usuários normais e gamers pelo simples fato de não ter diferenciais relevantes que a justifiquem.

Existem opções interessantes, já que o Black Shark 4 Pro permite a personalização das cores dos LEDs de acordo com a informação em destaque a cada momento, seja quando a tela está desligada, ligada, com notificações de apps específicos etc.

Além de os gatilhos ajudarem a aprimorar o controle dos jogos, é possível personalizar para receber algumas configurações complementares que auxiliam no acesso a diversas opções de ajustes que podem usufruir dos botões extras.

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Outra característica que chama a atenção na Joy UI é o “Shark Space”, no qual existem todas as opções de acessórios compatíveis com o smartphone, incluindo GamePad, teclado, cooler e fone Bluetooth.

Dentro dessa plataforma embutida no sistema, é possível ter o controle automático de alguns recursos que atrapalham a experiência de jogo. Entre eles, estão as ligações e notificações, que são todas desativadas para não desconcentrar o usuário da jogatina.

Câmeras

O Xiaomi Black Shark 4 Pro possui um conjunto com triplo de câmeras, no qual o sensor principal é contemplado com uma resolução de 64 MP. Os resultados fotográficos obtidos são satisfatórios, mas não é nada que chame a atenção por se sobressair a outras opções de aparelhos gamer.

Uma vantagem desse sensor é a presença do zoom óptico de 2x e digital de 5x, pois permite uma aproximação maior dos objetos fotografados sem interferir absurdamente na qualidade final da imagem gerada.

Porém, a alternativa que pode fazer sentido para aqueles que buscam um preenchimento maior de informações é o sensor ultrawide de 8 MP capaz de reproduzir fotos no formato utra grande-angular.

Apesar de a resolução não ser tão alta quanto outros modelos, dá para alcançar bons resultados fotográficos. O terceiro sensor no verso é o focado em fotos no modo macro de 5 MP, que demonstra competência nas capturas, pois dá para ter um bom nível de detalhes.

É importante destacar que, além das funções de cada sensor, a câmera principal possui os modos retrato e noturno. O contorno com fundo desfocado não é dos melhores, pois em objetos mais simples dá para sentir falta de uma precisão do software.

Já no modo noturno a falha fica por conta da falta de nitidez em alguns momentos. Dá para sentir uma boa diferença na luz, mas o smartphone não demonstra a mesma competência de concorrentes em especificações, como é o caso dos aparelhos da linha Galaxy S21.

Selfies

A câmera frontal é boa, mas poderia ser melhor, mesmo estando em um aparelho gamer. Ela consegue ter uma boa compensação nas cores da pele e de alguns objetos ao redor, mas deixa a desejar no contraluz.

Isso porque o sensor não possui compatibilidade com o recurso de HDR que pode ser utilizado na câmera traseira. Logo, o equilíbrio de luz que essa função poderia dar a foto e permitir a visibilidade do céu é inexistente.

Gravação de vídeo

Para filmagens, a câmera traseira é capaz de gravar em até 4K a 60 fps. A resolução tem uma boa qualidade, mas deixa a desejar em um requisito que ajudaria bastante nas capturas em movimento: a estabilização.

O sensor não consegue dar a firmeza esperada para os vídeos, e nem mesmo via software existe uma opção que ajude a reduzir o impacto dos movimentos nas filmagens. As cores também não são muito próximas do que é visto a olho nu, e de noite muitos detalhes são perdidos.

Sistema de Som

O som do Xiaomi Black Shark 4 Pro conta com dois alto-falantes para reprodução de faixas no formato estéreo. Apesar de ser uma vantagem ter em mãos um celular gamer com essa configuração sonora, não dá para ignorar os defeitos embutidos nessa parte do hardware.

Isso porque o aparelho prioriza as frequências médias e esse formato de funcionamento pode ser um ponto negativo para quem tem interesse em ouvir canções mais graves. Mesmo utilizando os fones de ouvido via conexão P2, não dá para equalizar o som da mesma maneira que outras empresas oferecem.

Bateria e Carregamento

O “calcanhar de Aquiles” do Black Shark 4 Pro é, sem dúvidas a bateria. O aparelho tem apenas 4.500 mAh de capacidade, e isso influencia diretamente no tempo de uso total para jogos e outros meios de entretenimento.

Algo que chama a atenção nesse modelo é o carregamento rápido a 120 W. Toda essa potência permite que a bateria do dispositivo alcance 100% da sua carga total em apenas 22 minutos, que é um pouco acima dos 15 minutos prometidos pela marca chinesa.

Entretanto, isso não é um demérito para o celular, pois o conforto de recarregá-lo em menos de meia hora é algo que surpreende. Colocando o smartphone para recarregar na hora do almoço, ele já estava completo antes de finalizar a refeição.

Sabe-se que o Snapdragon 888 costuma ser “esquentadinho”, e isso influencia diretamente no gasto energético. Porém, o bom resfriamento aplicado pela chinesa no modelo faz com que a plataforma não seja uma justificativa para o tempo baixo de usabilidade que esse modelo proporciona.

No teste de reprodução de conteúdo na Netflix — com o brilho da tela em 50% — ao longo de 3 horas, o Black Shark 4 Pro consumiu 19% de carga. Isso quer dizer que, para este tipo de uso, o smartphone é capaz de entregar uma autonomia estimada em 15,7 horas no total.

No teste de uso real, mantive a tela com a taxa de atualização em 144 Hz e o aparelho conseguiu consumir 43% da sua carga em 2 horas e 10 minutos. Isso quer dizer que, para drenar a bateria por completo, seria preciso um pouco mais de 5 horas de uso contínuo.

Por se tratar de um aparelho gamer, essa autonomia deixa a desejar. Normalmente, quem joga no celular opta por modelos que proporcionem horas a fio de jogatina, e esse não é o caso do Black Shark 4 Pro.

Concorrentes diretos

O fato de o Xiaomi Black Shark 4 Pro ser forcado em se definir como “gamer” faz com que diversas alternativas com configurações semelhantes sejam concorrentes desse smartphone.

Um deles é o ROG Phone 5, que é comercializado pela ASUS aqui no Brasil. O aparelho traz várias similaridades com o celular analisado neste texto, mas o principal ponto positivo do modelo taiwanês é a bateria de 6.000, mAh que garante mais tempo de jogatina longe de um carregador.

Saindo um pouco do visual robusto trabalhado pelas marcas em seus produtos gamer, o Galaxy S21+ é uma ótima alternativa. Com a plataforma Exynos 2100, é possível ter uma performance bem próxima à vista no Black Shark 4 Pro.

Entretanto, o resfriamento encontrado no dispositivo da sul-coreana faz com que jogar nele por algumas horas gere um calor excessivo e desnecessário. Logo, a temperatura ainda é um ponto negativo quando comparado ao smartphone da Xiaomi.

No que diz respeito ao preço, o ROG Phone 5 já pode ser visto nas varejistas do país por volta de R$ 4.000, e o S21+ tem recebido um corte considerável em seu preço e gerado mais interesse no público por ser visto facilmente abaixo de R$ 3.500.

Ainda vale a pena comprar o Black Shark 4 Pro?

O Xiaomi Black Shark 4 Pro é um aparelho que traz um conjunto atrativo de especificações. Afinal, um modelo com a plataforma Snapdragon 888 proporciona uma ótima velocidade na abertura contínua de apps, bem como em jogos.

A tela Super AMOLED de 144 Hz ajuda a entregar uma ótima resolução e fluidez para as jogatinas. Além disso, a fidelização de cores permite uma entrega mais próxima da coloração real, e o brilho para o uso sob a luz do sol é um grande diferencial.

Outro ponto positivo o carregamento rápido de 120 W, capaz de encher o tanque do aparelho em menos de 25 minutos. Entretanto, também existe um grande ponto negativo nesse modelo que é a autonomia, pois o uso normal dele não consegue ultrapassar 6 horas e explorando as jogatinas esse período é ainda menor.

Considerando que o Black Shark 4 Pro é comercializado apenas fora do Brasil, o preço em torno de R$ 2.700 precisa ser somado a uma taxa de importação média de 60%. Logo, o valor ultrapassa R$ 4.500.

Sendo assim, seria mais coerente adquirir o ROG Phone 5 por já ser comercializado aqui no Brasil, ou o Samsung Galaxy S21+ que proporciona todas as configurações de um modelo gamer com a vantagem de tirar boas fotos.

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