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Realme C53 | O celular bom e barato quase perfeito

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Realme C53 | O celular bom e barato quase perfeito
Realme C53 | O celular bom e barato quase perfeito
Realme C53

O Realme C53 é mais um aparelho intermediário da chinesa a pousar aqui no Brasil. Entre os destaques desse smartphone, está a câmera de 50 MP. O sensor promete boa qualidade fotográfica, indicando que pode ser superior a diversos concorrentes na categoria.

Além disso, o dispositivo possui tela com taxa de atualização de 90 Hz, e isso já garante um diferencial atrativo no display, principalmente para o uso prático. Entretanto, a ausência do 5G poderia impactar na escolha de alguns usuários pelo produto. Mas, será que isso é suficiente para impactar negativamente na compra do C53? Saiba a minha opinião nesta análise.

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Design, construção, tela e som

O Realme C53 tem o corpo todo em plástico, mas as bordas um pouco arredondadas e as laterais mais retas, algo que facilita a empunhadura do aparelho. A versão que passou pelo Canaltech tem o verso na cor Champion Gold. É a opção mais chamativa, com um degradê revestido em glitter que varia entre amarelo, laranja e roxo, dependendo da posição no sol.

As câmeras traseiras são organizadas em um módulo que faz referência ao presente na linha Pro de iPhones da Apple. Apesar de não concordar muito com a vibe “Ctrl+C/Ctrl+V”, nesse celular ficou fisicamente bonito.

Na parte inferior, o Realme C53 tem conector USB-C para recarga e transferência de arquivos, e porta P2 para fones de ouvido. Para completar, o único alto-falante presente no celular fica na mesma área.

Por se tratar de um áudio mono, suas características gerais são esperadas. O volume é interessante, mas os graves são agrupados com as outras frequências. Isso atrapalha a sua percepção, misturando com os médios e agudos a ponto de dar uma percepção maior dessas tonalidades. Mas, para vídeos e filmes, ele é suficiente, apesar de os fones de ouvido serem mais interessantes para tal.

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A tela do C53 tem painel IPS LCD em resolução Full HD+, com taxa de atualização de 90 Hz e 6,74 polegadas. A presença dessa frequência ajuda a garantir maior fluidez na navegabilidade. Porém, é importante ressaltar que não dá para manter constantemente em 90 Hz, pois o sistema vai aumentando a taxa conforme a necessidade de cada app.

Apesar de ser LCD, gosto do nível de contraste da tela, pois dá a percepção de ser superior a algumas alternativas da mesma faixa de preço. Em locais mais iluminados pelo sol, é necessário manter o brilho no máximo para ter a boa visibilidade das informações, mas 30% já é o suficiente em locais com luz controlada.

Configuração, desempenho, usabilidade e software

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Uma grata surpresa do Realme C53 são as suas especificações. Ele tem 6 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento. Em conjunto com o processador Unisoc T612 — equivalente ao Snapdragon 665 —, a fluidez desse celular agradará quem deseja gastar pouca grana e ter um celular utilizável.

No geral, a abertura de aplicativos é rápida, as animações não “engasgam” o aparelho. O app de câmera abre rápido, mas a alternância entre o sensor frontal e o traseiro para filmagens é um pouco lento.

Para jogos, na maior parte das vezes, não tive problemas com travamentos. O único momento em que senti um lag foi ao ativar a propulsão em uma das corridas no Asphalt 9. Pode ter sido algo causado pelo excesso de elementos gráficos no ambiente para carregar, mas achei importante destacar no review.

A interface Realme UI T baseada no Android 13 é uma prova da evolução gradativa e consistente da chinesa para entregar uma boa experiência de uso. A quantidade de aplicativos desnecessários — bloatwares — é pequena, e a marca não impede a desinstalação.

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Na central de controle, há diversos recursos úteis, incluindo NFC, e o menu de configurações traz ícones sóbrios, sem tantas opções coloridas, como era anteriormente. Dessa forma, o layout mais próximo do Android puro chama a atenção.

Resultados no AnTuTu

No teste do AnTuTu, o Realme C53 alcançou mais de 260 mil pontos. Com isso, o aparelho superou o Moto E13, mas ficou um pouco abaixo do Realme C55. É importante destacar que o modelo da Motorola tem o chipset Unisoc T606, e a versão mais robusta da chinesa tem o Mediatek Helio G88.

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Câmeras

As câmeras do Realme C53 são boas, principalmente a principal de 50 MP. Em conjunto com o sensor, o software faz um ótimo trabalho nas fotografias, pois o balanço de branco é muito equilibrado, e não há saturação excessiva.

O foco é rápido, e a nitidez é acima do esperado para a categoria. No modo retrato, há um bom contorno e o HDR se mantém equilibrado nesse modo de captura. O C53 também faz um bom trabalho com a tonalidade da pele, tirando o aspecto asiático que a Xiaomi demorou uma década para ajustar.

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A câmera frontal é básica, mas as selfies não são ruins. Dentro do esperado para um modelo intermediário, o sensor de 8 MP faz um trabalho equilibrado, mas sem grandes surpresas positivas.

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Bateria e Carregamento

A bateria do Realme C53 é boa. No teste padrão do Canaltech, ele consumiu 24% de carga. Por se tratar de uma experiência de uso intensa ao longo de seis horas, seu consumo foi equilibrado.

Dessa forma, a autonomia prevista é de 25 horas, e isso permite um tempo hábil maior do que alguns intermediários concorrentes. Todavia, esse período pode ter variações conforme o seu tipo de uso.

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Com a capacidade de 5.000 mAh e o carregador com potência de 33 W, é possível restabelecer a energia em menos de 1 hora e 30 minutos.

Concorrentes diretos

Por se tratar de um aparelho intermediário, o Realme C53 tem como grande concorrente o Redmi Note 12 5G. O aparelho da Xiaomi tem como principal diferencial em relação ao modelo da Realme a presença do 5G.

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Apesar de essa conectividade ainda estar em processo de ajustes para entregar altas velocidades, é um elemento que já impacta na decisão de compra. A presença da plataforma Snapdragon 4 Gen 1 entrega mais velocidade e uma “folga” de performance um pouco superior para games.

Por outro lado, para ter o Note 12 5G, é preciso desembolsar, em média, R$ 1.500, que é um valor R$ 100 acima do cobrado pelo C53. Dessa forma, é preciso calcular se faz sentido para você pagar a mais para ter um desempenho quase equivalente, tela AMOLED de 120 Hz e 5G.

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O Realme C53 é um bom celular?

O Realme C53 conseguiu entrar para a lista de ótimos celulares para se comprar até mil reais. O modelo é bom, barato e tem defeitos pontuais que não geram tanto impacto negativo em seu conjunto geral.

Seu desempenho é estável, a tela, apesar de LCD, tem um bom equilíbrio de cores e a frequência de 90 Hz agrada na navegabilidade. A câmera de 50 MP tem faixa dinâmica agradável, e proporciona fotografias interessantes em ambientes bem iluminados.

Além disso, o preço por volta de R$ 1.400 faz com que a ausência do 5G não seja um elemento decisivo para a compra. Afinal, quando um celular supre as principais necessidades dos usuários sem impactar negativamente em seu valor, já se transforma em uma opção interessante para se comprar.

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