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Review iPhone 13 mini | Que sirva de inspiração para outras marcas

Por| Editado por Léo Müller | 03 de Dezembro de 2021 às 11h30

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Review iPhone 13 mini | Que sirva de inspiração para outras marcas
Review iPhone 13 mini | Que sirva de inspiração para outras marcas

A Apple é uma das poucas marcas que ainda apostam em celulares compactos. Apesar das vendas ruins do iPhone 12 mini, a Maçã não desistiu da estratégia de agradar quem curte smartphones pequenos e lançou o iPhone 13 mini com alguns upgrades interessantes. Neste review completo eu te conto os pontos positivos e negativos do dispositivo e como foi voltar a usar um celular tão pequeno.

Antes de começarmos, aviso sempre que, caso você se interesse pelo iPhone 13 mini ao final desta análise, deixaremos links de compra confiáveis para você adquiri-lo. Vamos nessa?

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Construção e design

A Apple não costuma mexer muito no design de uma geração para a outra, portanto temos um iPhone 13 mini com as laterais retas, inspiradas no clássico iPhone 4, assim como no iPhone 12 mini. Entretanto, há, sim, algumas mudanças nas partes frontal e traseira que diferenciam o modelo atual do seu antecessor.

A mais visível é o notch reduzido. Segundo a Maçã, a linha iPhone 13 teve uma redução de 20% na área da câmera frontal e dos sensores do Face ID, o que daria teoricamente mais espaço para o sistema iOS exibir mais informações básicas, como ícones de notificação ou porcentagem da bateria.

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Entretanto, apesar do maior aproveitamento da tela, não notei nenhum incremento nesse sentido. Pelo menos, achei que a diminuição do notch deixou o aparelho menos grosseiro, já que o entalhe da geração passada ocupava bastante espaço frontal.

Outra diferença notável do iPhone 13 mini é o módulo de câmeras. Diferentemente do iPhone 12 mini, que apostou num arranjo de lentes em fila vertical, a nova versão trouxe dois sensores maiores na diagonal. Além disso, o flash de LED foi para o canto superior da peça e o microfone dedicado para reduzir ruídos encontra-se no lugar do que antes era a câmera de baixo.

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O iPhone 13 mini foi a minha primeira experiência com um aparelho “mini” da Apple. Assim que o tirei da caixa, seu corpo compacto e extremamente leve me chamaram atenção positivamente: a pegada com as laterais retas foi excelente e minhas mãos grandes cobriram completamente o aparelho. Ou seja, foi possível acessar todas as extremidades da tela sem problemas.

  • Dimensões: 131,5 mm x 64,2 mm x 7,65 mm;
  • Peso: 140 gramas.

Assim como aconteceu nos últimos iPhones, o iPhone 13 mini também é resistente à poeira e submersão em água em até seis metros de profundidade por até 30 minutos (essa contagem de tempo é para toda a vida útil do celular e não 30 min por vez em que ele é submerso).

O vidro Ceramic Shield, que chamou muita atenção no ano passado pela resistência, também está presente por aqui.

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O modelo que testei veio na cor rosa, mas ele também pode ser encontrado em tons de vermelho, branco, preto e azul. As laterais de alumínio seguem a cor da tampa traseira, porém trazem um acabamento mais fosco.

Com relação às portas e opções de conectividade, o iPhone 13 mini manteve as posições do seu antecessor: a gaveta de chip fica na lateral esquerda, logo abaixo dos botões de volume e da chave de silenciar o iPhone. Na lateral direita, há somente o botão de energia, enquanto a inferior possui a entrada Lightning e as saídas de som e microfone.

Tela

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Na tela, também não houve muitas melhorias significativas que valessem o upgrade. O iPhone 13 mini manteve as 5,4 polegadas do modelo anterior, além do painel Super Retina XDR — o OLED da Apple — e a resolução de 2.340 por 1.080 pixels. Suporte a HDR10, Dolby Vision e True Tone também estão presentes.

Na prática, você tem a mesma experiência do iPhone 12 mini, o que não é ruim, embora tenha ficado a sensação de que a nova geração não avançou nesse sentido: as cores são vivas, o contraste é profundo e a resolução é excelente, resultado da resolução Full HD num visor relativamente pequeno.

Altas taxas de atualização, recurso muito esperado para a décima terceira geração do iPhone, ficou restrito apenas aos modelos iPhone 13 Pro e Pro Max, portando temos a frequência padrão de 60 Hz nas versões padrão e mini. A navegação, ainda assim, é ótima, graças à excelente otimização de software que a Maçã faz no iOS.

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Devido ao notch ligeiramente menor, a experiência multimídia ficou mais agradável, embora você ainda veja o entalhe cortando parte dos conteúdos. Também não senti que o maior aproveitamento frontal do iPhone 13 mini foi completamente aproveitado devido às limitações do próprio sistema.

Para não falar que a tela dos dois é a mesma, a da nova geração consegue entregar um brilho máximo típico de 800 nits, contra 625 nits do seu antecessor, com pico de luminosidade de 1.200 nits em conjunto com o HDR. Praticamente, a melhoria garante uma visualização mais confortável em ambientes ensolarados.

Especificações técnicas da tela

  • Tamanho: 5,4 polegadas, 71,9 cm² de área, aproximadamente 85,1% de proporção da área frontal;
  • Tecnologia do painel: Super Retina XDR OLED;
  • Resolução e proporção: Full HD (2.340 por 1.080 pixels), 19,5:9;
  • Densidade aproximada: 476 pixels por polegada;
  • Extras: vidro resistente a riscos, revestimento oleofóbico, HDR10, True Tone, ampla tonalidade de cores (P3).
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Configurações e desempenho

Como você já deve esperar de um iPhone do ano, o iPhone 13 mini tem desempenho de sobra para qualquer tarefa da App Store, sejam jogos pesados, aplicativos de edição, realidade aumentada ou redes sociais.

O responsável por esse desempenho todo é a aliança do chipset A15 Bionic com a GPU de quatro núcleos, os 4 GB de RAM e, claro, o iOS.

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Eu tentei forçar o iPhone 13 mini ao máximo alternando entre jogos pesados, como Dead By Daylight, aplicativos de edição, testes de benchmark e gravação de vídeo, mas o pequenino manteve o desempenho excelente mesmo após meia hora de testes.

A única consideração foi um aquecimento considerável em boa parte da tampa traseira, principalmente na região das câmeras.

No dia a dia, entretanto, a melhoria do A15 Bionic sobre o já excelente A14 Bionic não deve ser muito significativa para valer o upgrade, a menos que você se importe com os números de benchmark.

Nos testes realizados na plataforma 3D Mark, o iPhone 13 mini marcou incríveis 9.139 pontos em um dos cenários, um pouco acima dos 7.495 alcançados pelo seu antecessor.

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Interface e sistema

Outro responsável pelo ótimo desempenho do iPhone é o sistema iOS. O iPhone 13 mini que testei já veio equipado com o iOS 15 de fábrica, e a navegação continua extremamente fluida e sem engasgos, como já vinha acontecendo nas versões anteriores.

Quem já está inserido no ecossistema da Apple não deve ter muitos problemas na navegação, mas não posso dizer o mesmo para quem está saindo do sistema Android.

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Isso porque a interface da Apple é bastante limitada quando o assunto é personalização, podendo mudar apenas o papel de parede e inserir widgets.

Pelo menos um detalhe muito bem-vindo que pode fazer alguns usuários abrirem mão da personalização para utilizar o iOS é o suporte. A Apple oferece até seis anos de atualização do sistema, algo que nenhuma concorrente do mundo Android entrega até o momento.

Câmeras

Nas câmeras, o iPhone 13 mini tem as mesmas configurações do seu irmão iPhone 13: dois sensores de 12 MP, sendo uma grande-angular e outra ultra-wide. Em números, nada mudou em relação à geração passada, porém temos algumas boas novidades internamente.

A primeira é o aumento de tamanho dos dois sensores, permitindo capturar mais luz — segundo a Apple, a câmera principal consegue captura até 47% mais luz, enquanto a de ângulo mais aberto ganhou mais velocidade no registro e possibilidade de captar mais detalhes nas áreas escuras das fotos.

Numa tarde de domingo, desbravei São Paulo em busca de algumas boas fotos com o iPhone 13 mini e me surpreendi bastante com os resultados. Deixa eu comentar sobre cada uma das câmeras mais abaixo.

Câmera principal | 12 MP

A câmera principal de 12 MP do iPhone 13 mini está melhor que a do seu antecessor, porém as diferenças são mais visíveis em condições com pouca luz. Devido ao tamanho maior do sensor, o aparelho da nova geração alcança resultados mais nítidos e com pouquíssimos níveis de ruído.

Em ambientes bem iluminados, no entanto, não notei muita diferença na qualidade das imagens em relação ao Apple iPhone 12 mini: as cores se mantêm realistas, os níveis de detalhes são altos e o alcance dinâmico (HDR) é excelente. Uma novidade da câmera do iPhone 13 mini é que você pode escolher a tonalidade das cores antes de fotografar — a grosso modo, são filtros aprimorados.

Super grande-angular | 12 MP

Na ultra-wide eu percebi uma ligeira melhora quando comparada com a do 12 mini, principalmente na captura de detalhes nas áreas mais escuras e nos cantos. Em cenários noturnos a câmera de ângulo mais aberto também se destaca, entregando pouquíssimos ruídos, cores vibrantes e nitidez controlada.

Como nem tudo é perfeito, o sensor mais amplo tende a distorcer um pouco os cantos das imagens, algo que eu já percebi no iPhone 12, porém com menos intensidade.

Selfies | 12 MP

O iPhone é um dos melhores celulares para tirar selfies, e o 13 Mini está aí para reforçar essa posição. Em ambientes com boas condições de luz o sensor de 12 MP repete todos os elogios das outras lentes, o que é excelente.

Além disso, o pós-processamento não é nada agressivo, deixando os tons de pele bem naturais e sem aquele efeito de embelezamento que vemos em outros modelos.

Quando a noite cai, entretanto, a câmera de selfie não consegue lidar bem a falta de iluminação, priorizando o brilho e a nitidez em detrimento dos detalhes. Agora, caso haja um foco de luz e você souber usá-la bem, as fotos até que ficam interessantes.

Vídeos

Em vídeos, o iPhone 13 mini consegue gravar em 4K a até 60 quadros por segundo (fps) ou em 1080p a até 240 fps, com suporte a Dolby Vision e HDR. Sem surpresas, a qualidade da imagem é excelente e o sistema de estabilização óptico (OIS) mantém os registros bastante estáveis.

Uma das novidades da décima terceira geração é o modo cinema. Trata-se, basicamente, de um efeito de profundidade com desfoque entre pessoas no quadro, como geralmente acontece em filmes e séries.

O recurso ainda não funciona perfeitamente, apresentando algumas falhas no desfoque ao redor dos sujeitos e também na troca automática de foco.

Ainda assim, em boas condições de luz a funcionalidade faz um trabalho digno e muito melhor que outras soluções semelhantes na plataforma Android. Vale lembrar que o modo cinematográfico só grava em 1080p a 30 fps.

Especificações técnicas das câmeras

  • Principal: 12 MP, abertura f/1.6, 26mm (wide), sensor de 1.7µm, foco PDAF dual pixel, estabilização de imagem óptica por deslocamento do sensor;
  • Ultra wide: 12 MP, abertura f/2.4, campo de visão de 120˚, 13mm (ultrawide);
  • Selfies: 12 MP, abertura f/2.2, 23mm (wide), sensor de 1/3.6";
  • Vídeos: 4K a 24, 30 ou 60 fps e 1080p a 30, 60, 120 ou 240 fps (principal); 4K a 24, 25, 30 ou 60 fps e 1080p a 30, 60 ou 120 fps (frontal).

Som

No quesito som, a Apple também não costuma errar. São dois alto-falantes por aqui, sendo um posicionado na lateral inferior e outro na parte superior da tela.

Durante os testes, consumi bastante músicas e vídeos com o iPhone 13 mini e gostei muito da qualidade sonora: tem clareza, equilíbrio e potência, tudo na medida. Eu só não recomendo ouvir músicas com o volume no máximo, pois a limitação do alto-falante faz com que ele estoure em canções mais agitadas.

A Apple também adicionou o áudio espacial no iPhone 13 mini, recurso que promete trazer uma imersão maior em filmes e séries.

Uma coisa negativa, porém já esperada, é a ausência do conector P2 para fones de ouvido. Ou seja, você é obrigado a utilizar um adaptador P2/Lightning ou dispositivos wireless como o AirPods Pro.

Bateria e carregamento

Por ser um iPhone “mini”, você deve achar que os 2.428 mAh de bateria do iPhone 13 mini não conseguem mantê-lo longe de casa por muito tempo. De fato, em números o modelo perde para praticamente todos os aparelhos Android, porém, na prática, a história é outra.

No nosso teste padrão de Netflix, com três horas de reprodução de vídeo, conectado ao Wi-Fi e brilho de tela em 50%, o iPhone 13 mini foi de 100% a 78%, resultando em uma autonomia estimada de cerca de 13 horas. O chipset A15 Bionic é um dos grandes responsáveis pela boa eficiência do dispositivo, mas a otimização dos aplicativos para o sistema iOS é admirável.

Quando comparado com seus irmãos maiores, no entanto, a autonomia do iPhone 13 mini é bem inferior, pelo menos nesse teste específico de reprodução de vídeos na Netflix — só para se ter uma ideia, o iPhone 13 consumiu 13% nas mesmas condições, enquanto o 13 Pro, 14%.

No dia a dia, o iPhone compacto também me surpreendeu positivamente considerando a sua capacidade. Em um dos dias de testes, tirei o smartphone da tomada por volta das 9h e fotografei bastante, gravei alguns vídeos, joguei alguns títulos e naveguei nas redes sociais. No fim do dia, ele tinha 62% de carga restante, um resultado bem interessante.

Vale mencionar que, para eliminar a interferência da flutuação de sinal de celular na autonomia de bateria, nós removemos quaisquer chips de operadora do aparelho para realizar esses testes. Contudo, isso influencia positivamente nos resultados de autonomia.

Infelizmente, não dá para falar muito sobre o carregamento do iPhone 13 mini, uma vez que ele não traz um carregador na caixa. No entanto, você pode comprar um adaptador de 20 W à parte que ele suporta recarga rápida, podendo sair de 0% a 50% em 30 minutos. Sem fio, a recarga pode aguentar até 15 W com o MagSafe, e fica limitada a 7,5 W com o padrão Qi.

Concorrentes diretos

Smartphones compactos ainda são raros no mercado, porém os poucos que têm são bem interessantes. Além do iPhone 13 mini, temos o recém-lançado no Brasil Zenfone 8, e o Galaxy S21.

Ambos os concorrentes do mundo Android possuem telas maiores que a do iPhone 13 mini, mas ainda podem ser considerados “compactos” se considerarmos os muitos aparelhos com visores maiores que 6,5 polegadas. Os dois também são topos de linha, portanto você não deve perder muito em desempenho.

Quando comparado com o Zenfone 8, o iPhone 13 mini perde em alguns quesitos, como a tela menos fluida. A bateria do smartphone da ASUS também promete maior autonomia com seus 4.000 mAh, sem contar com o suporte a carregamento rápido de 30 W.

Entretanto, no iPhone 13 mini você tem um conjunto de câmeras bem superior, sem contar com o sistema iOS, que, apesar dos problemas, pode ser mais agradável para alguns usuários. Vale mencionar, também, o suporte de atualização da Apple de até seis anos, algo que nenhuma fabricante do mundo Android faz atualmente.

Seu preço também é outro chamariz se você procura um aparelho “pequeno”, já que pode ser encontrado por R$ 3.999 em muitos varejistas, bem abaixo dos R$ 5.799 do iPhone 13 mini.

Com relação ao S21, temos uma tela ligeiramente maior e melhor que a do iPhone 13 mini, além de câmeras muito competitivas. Seu preço atualmente também é bem interessante, podendo ser encontrado por menos de R$ 4.000.

Conclusão

Dizer que um iPhone do ano é excelente é basicamente "chover no molhado". Você tem a melhor experiência para quem está inserido ou procura entrar no ecossistema da Apple: o chipset A15 Bionic aguenta todas as tarefas, as câmeras são ótimas, o design é impecável e o iOS é ótimo para quem já está acostumado.

No entanto, nem sempre o melhor é o mais recomendado. O iPhone 13 mini pode custar a partir de R$ 6 mil na versão básica, de 128 GB. É um valor bastante alto e que não é para qualquer um.

Se você estiver buscando um iPhone compacto com um orçamento um pouco apertado, talvez valha mais a pena apostar no iPhone 12 mini. Você ainda terá desempenho excelente para todas as tarefas, câmeras competentes, iOS atualizado e design impecável, além de um preço mais em conta. Só que esse modelo não tem uma autonomia de bateria tão interessante.

Na minha opinião, a insistência da Apple no iPhone 13 mini, mesmo com o fracasso nas vendas do 12 mini, mostra que talvez apostar novamente em aparelhos compactos não seja uma má ideia — ela só tem que ser abraçada novamente pelos consumidores.

A ASUS parece ter entendido o recado com o lançamento do Zenfone 8 justamente para brigar com os iPhones mini aqui no Brasil. Faltam Samsung, Xiaomi e Motorola começarem a se mexer para não ficarem para trás se — ou quando — essa onda de aparelhos compactos voltarem.