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AT&T vende serviços de TV por assinatura Sky Brasil e DirecTV a grupo argentino

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Julho de 2021 às 17h20

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Sky Brasil
Sky Brasil

O grupo argentino Werthein anunciou nesta quarta-feira (21) a compra da Vrio, empresa da operadora AT&T que cuida do serviço de TV por assinatura Sky Brasil, além da DirecTV e o streaming DirecTV Go na América Latina. O valor da transação não foi revelado, mas as empresas esperam que ela seja concluída no início de 2022.

Com experiência em telecomunicações, finanças, seguros, agronegócio e imóveis, o grupo Werthein foi fundado em 1928 em Buenos Aires. Já a Vrio atua com entretenimento digital 11 países da América Latina e Caribe, e afirma ter chegado a 10,3 milhões de assinantes em junho deste ano. A compra abrangeu 100% do patrimônio líquido da companhia.

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Atualmente um dos pontos fortes da Sky são a transmissão de eventos esportivos – a operadora tem na sua oferta de canais a Fox Sports, SporTV e a ESPN Brasil. Também tem canais de peso como a HBO e o pacote da Globosat (Multishow, BIS, GNT etc.). Mas vem perdendo assinantes: de 4,5 milhões em dezembro do ano passado para 4,1 milhões em maio deste ano.

A AT&T pôs a Vrio à venda em 30 de junho. Na classificação dos ativos da empresa, houve uma perda de US$ 4,6 bilhões, incluindo US$ 2,1 bilhões nos ajustes de conversão para dólar.

Segundo o comunicado, a intenção é de contratar os atuais empregados da Vrio para o Grupo Werthein. Nos termos do acordo também está previsto que a AT&T fornecerá serviços como faturamento, infraestrutura e suporte ao software durante um a três anos após a conclusão da transação. Também comprometeu-se de manter o mesmo serviço atual para os clientes.

“A Vrio possui um talentoso e dedicado time de funcionários e estamos ansiosos em continuar o trabalho com eles. Confiamos que eles manterão o compromisso com o sucesso do negócio, a satisfação do cliente e a entrega de um excelente serviço”,
diz Dario Werthein, acionista do Grupo Werthein.

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AT&T "enxugando" a contabilidade

Desde que a AT&T mudou seus planos com a WarnerMedia, investindo pesado no novo serviço de streaming HBO Max, o conglomerando vem negociando subsidiárias de divisões para levantar verba. Isso porque, além da grana injetada em conteúdo original que possa competir com a Netflix e o Disney+, o grupo precisa lidar com as dívidas que envolvem a aquisição da Time Warner e DirecTV em 2018, com um montante que chega aos US$ 170 bilhões.

Vale destacar que essa é uma verba alta e arriscada, especialmente se levarmos em consideração a competição da operadora com a maior concorrente em seu principal campo de atuação, as telecomunicações: a Verizon, que não mexeu tanto em seus cofres, manteve a confiança dos investidores e as ações em destaque no setor.

Além do fim do streaming DC Universe, que vem sendo descontinuado, a AT&T ainda estuda uma possível venda da divisão de games Warner Bros Interactive Entertainment. Há dois anos, o grupo vem realizando grandes cortes de pessoal e reposicionamento de produtos e serviços em todas as companhias de conteúdo envolvidas nas aquisições bilionárias da Time Warner e da DirecTV. E a venda do uso dos serviços de TV por assinatura na América Latina faz parte de mais um episódio nessa revisão de sua contabilidade.

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Fonte: TeleSintese