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Meta inicia nova rodada de demissões e deve dispensar mais 6 mil pessoas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 25 de Maio de 2023 às 10h44

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Foto: Brett Jordan (Unsplash)
Foto: Brett Jordan (Unsplash)

Dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, a Meta iniciou uma terceira rodada de demissões de funcionários. A medida deve afetar equipes do mundo inteiro, inclusive no Brasil.

Segundo o jornal Valor Econômico, a expectativa é cortar 6 mil funcionários, mais da metade das 10 mil dispensas que devem acontecer neste ano. Ainda em 2023, 5 mil postos de trabalho podem ser fechados pela empresa de Mark Zuckerberg como parte de “medidas de eficiência” da companhia.

A publicação apurou que a onda de cortes atual afetou cargos de maior escalão, sem impactar nos setores técnicos. Apesar disso, equipes de comunicação social teriam sido as mais afetadas no Brasil e demais países da América Latina. Entretanto, não há dados específicos sobre a quantidade nem sobre setores reduzidos.

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As demissões de maio se juntam às realizadas em novembro de 2022 e janeiro de 2023. No ano passado, foram 11 mil cortes (cerca de 13% da força de trabalho) e um choque no mercado dado o volume de dispensas. Outras empresas de tecnologia seguiram o ritmo: iFood, Alphabet (Google), Amazon, Twitter, Microsoft, PagSeguro e Apple também mandaram muita gente embora.

Na quarta-feira (24), o Instagram passou por instabilidade ao longo do dia, mas não dá para saber se existe alguma ligação com as dispensas. Facebook e WhatsApp também tiveram alguns relatos isolados, segundo o site Downdetector, porém insuficientes para considerar algum problema estrutural.

Qual a causa das demissões na Meta?

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O Canaltech questionou a representação da Meta no Brasil sobre o impacto do corte, mas não obteve mais detalhes. A assessoria encaminhou apenas a publicação do blog oficial que fala sobre o “Ano de Eficiência da Meta”.

Mark Zuckerberg explicou na época da primeira onda de dispensas que a ação visava visava tornar a empresa mais eficaz. Foram cortados cargos considerados supérfluos ou com inchaço de empregados, em áreas menos relevantes para o negócio.

Há também o imenso prejuízo de US$ 12 bilhões (quase R$ 60 bilhões) causado pelo investimento na divisão Reality Labs, responsável pelo Oculus Quest 3 e pelos trabalhos no Metaverso. Só neste último, a companhia chegou a pagar US$ 1 milhão (cerca de R$ 5 milhões) para desenvolvedores como compensação.

Por que as empresas de tecnologia estão demitindo?

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Não há uma justificativa única para tantas demissões, pois existe uma somatória de fatores que levaram à retração. A principal é um encolhimento do mercado tecnológico com o fim da pandemia, o que levou à queda no uso de serviços digitais sem o distanciamento social.

Como muitas empresas contrataram em excesso, dado o bom momento financeiro de 2020 e 2021, o jeito foi apertar o cinto para 2023. No caso da Meta, houve um severo impacto no faturamento com publicidade online após medidas da Apple para evitar o rastreamento de usuários, o que obrigou o antigo Facebook a mudar sua tecnologia de anúncios.

Mesmo com resultados negativos no ano passado, a Gigante das Mídias Sociais parece ter retornado o caminho do crescimento. As ações da Meta voltaram a se valorizar, o que colocou Zuckerberg no topo da lista de empresários que mais aumentaram seu patrimônio em 2023.

Fonte: Valor Econômico