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Meta mudou tecnologia de anúncios após lançamento do ATT da Apple

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Brett Jordan/Pexels
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Uma matéria do site Recode revelou como a Meta lutou para encontrar uma solução alternativa para contornar as restrições do recurso App Tracking Transparency (ATT). Essa funcionalidade do iOS 14.5 exige que o usuário diga se permite ter suas atividades rastreadas, por isso a maioria opta por não ser monitorado.

A solução encontrada para compensar o problema seria uma alternativa chamada "aggregated event measurement" (medição agregada de eventos, em tradução livre), que fornece aos anunciantes o acesso a métricas de um público amplo. Em vez de monitorar cada usuário individualmente, a estratégia usa interesses e gostos em comum de determinado grupo.

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É claro que essa solução é menos eficaz do que uma propaganda invasiva sobre uma televisão que você deixou no carrinho do Magalu ou aquele videogame caro pesquisado durante meses antes de finalizar a compra. Mesmo assim, ainda consegue entregar um serviço minimamente eficaz para as conversões desejadas.

Embora os anúncios tenham ficados menos efetivos no iPhone e no iPad, o Facebook impulsionou a venda de produtos em seus próprios aplicativos a partir de lojas próprias e vitrines digitais no Instagram. Essas já eram funcionalidades existentes nas plataformas, mas que foram reforçadas assim que as mudanças de privacidade da Apple entraram em vigor.

Ainda que amenize o problema, o Recode ressalta que será difícil recuperar os ganhos antigos pré-ATT. Dados da consultoria StatCounter mostram que o iOS abocanha 17,5% do mercado de sistemas operacionais do mundo, atrás apenas do Android e do Windows.

Forte retração nos ganhos da Meta

A dona de Facebook e Instagram teve uma queda de 26% na receita após a implantação do ATT, o que representa um montante de US$ 250 bilhões. Já atenta a uma possível redução nos ganhos, a Meta começou a estudar formas para coletar informações que embasassem anúncios relevantes nos dispositivos da Maçã.

O comunicado da perda bilionária fez o preço das ações despencarem US$ 73,95 em apenas um dia, a maior queda desde a entrada na bolsa de valores. Hoje, os papeis da companhia estão fixados em US$ 217,70, bem abaixo da alta histórica de US$ 384,33.

Quanto mais próximo da sua realidade for aquele anúncio, maiores as chances de você comprar um produto ou contratar um serviço. Sem o rastreamento feito por aplicativos, as propagandas passam a ser menos efetivas, pois não há detalhamento dos interesses do usuário.

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A Meta até tentou melhorar o engajamento do formato Reels, para tentar competir com os vídeos curtos do TikTok, mas isso ainda não foi suficiente para aumentar a monetização, como ocorria no Feed e nos Stories. Em 2022, as apostas da companhia devem ser os produtos relacionados ao metaverso, já que as redes sociais são um território complicado, em razão do crescimento da concorrência e a disputa pela atenção das pessoas.

Fonte: Recode