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Twitter, Meta e Microsoft: o que explica as demissões em massa das big techs?

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Novembro de 2022 às 19h20

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Reprodução/Freepik
Reprodução/Freepik

O cenário econômico no setor de tecnologia desacelerou em 2022. Após um período de vasto crescimento durante a pandemia, as big techs se viram obrigadas a cortar gastos e, consequentemente, enxugar o quadro de pessoas. Ao longo dos últimos meses, grandes corporativas, como Microsoft, Twitter e Netflix, anunciaram o congelamento das contratações ou demissões em massa.

Nesta quarta-feira (9) foi a vez da Meta, empresa-mãe do Facebook, de anunciar o desligamento de 11 mil funcionários — cerca de 13% do quadro de profissionais. Segundo o comunicado publicado por Mark Zuckerberg, CEO e fundador da empresa, além dos cortes de gastos e de profissionais, a Meta não contratará novos funcionários até o primeiro trimestre de 2023.

Dentre os principais motivos citados pelas empresas, estão: a alta da inflação e dos juros ao redor do mundo, diminuição da captação de renda através da publicidade, queda do mercado cripto, problemas na cadeia de suprimentos e equipes infladas devido a super contratação no período de alta. Além disso, o mercado de investimentos têm estado mais cuidadoso, tornando cada vez mais difícil arrecadar fundos.

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Desemprego sobe para 3,7% nos Estados Unidos

Dados do Crunchbase News apontam que, até o início desta semana, mais de 52 mil funcionários do setor de tecnologia dos Estados Unidos foram demitidos. Somente o Twitter dispensou cerca de 50% da sua força de trabalho, incluindo profissionais brasileiros que foram notificados via e-mail. Em outubro, a Microsoft demitiu 1 mil pessoas sob a justificativa de "realinhamento estratégico".

Amazon e Apple anunciaram o congelamento de novas contratações. A Maçã, em especial, tem enfrentado problemas na produção do iPhone 14, devido aos bloqueios do covid-19 na China. Somente neste ano, as ações da big tech caíram 25%, além de ter registrado uma receita baixa com o consumo dos clientes em decadência.

Já a Meta tem sofrido com as atualizações de privacidade da Apple, que custa mais de US$ 10 bilhões (R$ 51,67 bilhões) em receita de anúncios perdida. O setor de anúncios do Google está enfrentando o mesmo destino.

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A queda no número de assinantes da Netflix foi um fator crucial para que a pioneira do streaming diminuísse o número de funcionários. Em apenas dois meses, a gigante do entretenimento desligou 450 pessoas. Como forma de tentar conter a crise, a empresa também está lançando um novo plano com anúncios.

Ainda sobre publicidade, toda a novela envolvendo Elon Musk causou uma perda de investidores na publicidade do Twitter. Empresas como General Mills (GIS), o Volkswagen Group, Mondelez International (MDLZ) e Pfizer(PFE) pausaram suas atividades pagas na plataforma após a aquisição pelo bilionário, segundo o site CNN.

Musk ainda está passando por uma situação difícil com a Tesla. A empresa demitiu 200 funcionários responsáveis pelo piloto automático, enquanto enfrenta um processo criminal na Justiça norte-americana — devido a acidentes de carros envolvendo o sistema de direção. No processo, foram fechados por completo um escritório em San Mateo, na Califórnia.

Fonte: Outlook India; CNN; GizModo; CruchBase