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Google é acusada de tentar podar avanço de lojas de apps concorrentes

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Julho de 2021 às 17h04

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Shiwa ID/Unsplash
Shiwa ID/Unsplash

A Epic Games atualizou seu processo contra o Google por supostas estratégias comerciais anticompetitivas da Play Store. A ação, iniciada em agosto de 2020, agora descreve detalhes anteriormente omitidos, incluindo a acusação de que a Gigante das Pesquisas tentou abafar o crescimento da loja de apps Samsung Galaxy Store, sua concorrente, com acordos de exclusividade diretos com desenvolvedores, incluindo a dona de Fortnite.

Quando levou o conhecido Battle Royale para o mobile, a Epic Games tinha como plano inicial liberar o app na loja de apps da Samsung (instalada nativamente em celulares da marca). Contudo, “o Google estava determinado a não permitir que isso acontecesse”, descreve o documento.

Como contramedida, o dona do Android teria oferecido um acordo especial à Epic Games para distribuir o jogo pela loja oficial do sistema. A desenvolvedora rejeitou a proposta, atiçando a fúria da Gigante de Mountain View, que teria tomado ações anticompetitivas para suprimir o lançamento de Fortnite. Esses detalhes, porém, continuam indisponíveis.

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A Epic Games prosseguiu com sua estratégia de distribuição original, liberando o jogo com download disponível pelo navegador e preservando sua relação com a Samsung. Os desdobramentos dessa decisão não foram divulgados, mas a ação judicial movimentada pelos procuradores-gerais dos Estados Unidos do início deste mês já havia indicado que o Google pretendia podar a Galaxy Store.

Daí, entra outra atualização do documento da Epic Games. O Google teria se sentido “profundamente ameaçado” quando a Samsung começou a retrabalhar a própria loja, então, pretendia “anular preventivamente” a concorrente. Para tanto, conforme os papeis, a companhia negociou novos acordos com fabricantes para tornar a disponibilidade nativa de seus apps mais atrativa e ofereceu vantagens financeiras para que a Samsung abandonasse a construção da loja e suspendesse parcerias com grandes desenvolvedores.

Projeto Agave pretendia engolir a Galaxy Store

A ação da Epic também cita alegações da acusação dos procuradores, como o “Projeto Agave”, uma iniciativa do Google que queria transformar a Samsung Galaxy Store em uma marca da Play Store. Detalhes desse projeto, porém, também não foram revelados.

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Além dessas acusações, pouco foi divulgado como novidade. As reivindicações da Epic Games continuam semelhantes àquelas lançadas em agosto do ano passado. O ecossistema do Google configuraria um monopólio, impedindo que outras lojas competissem em mesmo nível. As críticas também mencionam a exclusividade no método de pagamentos de apps incluídos na loja (coisa que rende ao Google 30% sobre cada aquisição), razão que fez Fortnite criar uma alternativa própria, que não pagava a "taxa Google", e por isso ser banido da Play Store nos meses anteriores.

Na última quinta-feira (23), Epic e Google deveriam ter se encontrado em audiência para decidir o futuro do caso, mas optaram por adiar o cronograma até que a desenvolvedora de games apresentasse os complementos do documento. O juiz responsável pelo caso concordou, também, em incluir os elementos da ação dos procuradores-gerais nessa disputa.

As brigas “Epic x Google” e “Epic x Apple” carregam diferenças fundamentais. Enquanto a dona de Fortnite acusou a Apple de ser controladora demais na decisão sobre o que é bom para os usuários, para o Google, as críticas pairam sobre o controle comercial exercido pela companhia. Ambos parecem estar longe de ter um desfecho, então, resta apenas aguardar.

O documento completo da Epic Games contra o Google está disponível para consulta pública, mas boa parte do texto está indisponível. É bom estar com o inglês afiado para conferir todos os detalhes.

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Fonte: The Verge, Android Central