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Monte nevado do Alasca pode entrar em erupção por causa de terremotos

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C. Neal/U.S. Geological Survey/CC0
C. Neal/U.S. Geological Survey/CC0

De acordo com geólogos estadunidentes que monitoram o Monte Spurr, no Arco das Aleutas do estado do Alasca, Estados Unidos, há chances de que uma erupção ocorra no vulcão local nos próximos dias ou semanas. O trabalho é do Observatório de Vulcões do Alasca (AVO, da sigla em inglês), que detectou milhares de pequenos terremotos na região desde o ano passado.

O Monte Spurr é, na verdade, um complexo de estratovulcões, ou seja, um enorme vulcão cônico formado por diversos fenômenos, como depósitos piroclásticos e de fluxos de lama, derramamentos e domos de lava. O local só entrou em erupção duas vezes na história registrada: em 1953 e em 1992, no Pico da Cratera, a 3,5 km do pico do Monte Spurr em si.

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Apesar de pequenas, as erupções foram explosivas, jogando cinzas vulcânicas pelo interior, centro-sul e sudeste do Alasca. Em 1992, nuvens de cinzas foram para leste, norte e sul, chegando no Atlântico Norte em questão de dias. Avalanches de detritos vulcânicos, conhecidas como lahars, represaram o rio local Chakachatna brevemente em ambas as ocasiões.

Terremotos e a possível erupção

O monitoramento geológico detectou um aumento no número de terremotos no subterrâneo sob o vulcão desde abril de 2024, chegando a 30 tremores por semana.

Isso não necessariamente indica que uma erupção esteja chegando, mas o número aumentou mais ainda em outubro do mesmo ano. Entre 2024 e o último dia 6 de fevereiro, ocorreram 125 terremotos por semana no local: o maior, em 2 de janeiro, teve magnitude de 2,9 º.

A inquietação local, de acordo com um comunicado da AVO, indica que magma novo se infiltrou na crosta sob o vulcão, gerando alguns cenários possíveis.

No cenário mais calmo, o magma não chegaria à superfície, e os terremotos acalmariam em alguns meses. Outra possibilidade é a erupção pelo Pico da Cratera, como em 1953 e 1992, com um ou mais eventos explosivos ocorrendo dentro de uma ou algumas horas, lahars e chuvas balísticas.

Ambos os cenários, segundo os cientistas, têm igual probabilidade no momento. Um terceiro cenário menos provável seria a erupção pelo próprio pico do vulcão, no alto do Monte Spurr. Neste caso, ainda inédito na história, muito gelo glacial derreteria, podendo gerar lahars e outros perigos hidrológicos.

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Fonte: Alaska Volcano Observatory

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