Vulcão submarino forma ilha no Japão após erupção
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
No último dia 30, um vulcão submarino entrou em erupção e formou uma ilha no Japão — mais precisamente na costa de Iwo Jima, cerca de 1.200 quilômetros a sul de Tóquio. Essa nova ilha consiste principalmente em massas rochosas formadas ao norte do local da erupção, e a estimativa dos especialistas é que ela deve crescer se a atividade vulcânica continuar.
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Pesquisadores da Universidade de Tóquio alegam que o magma tem entrado em erupção debaixo d’água há algum tempo perto de Iwo Jima, com o magma se solidificando como rocha abaixo da superfície. Tremores vulcânicos foram detectados em Iwo Jima a cada poucos minutos desde 21 de outubro, seguidos por erupções na costa sul.
Depois da erupção, o magma solidificado que se acumulou começou a romper a superfície, causando a formação da nova ilha. Os cientistas que sobrevoaram o local contam que, em uma fase anterior, um jato vertical de cor preta, detritos (magma solidificado) e água jorraram para cima, mas desde a última sexta (3), a erupção começou a mudar e a emissão de cinzas vulcânicas continuou de forma explosiva.
Enquanto a atividade vulcânica continuar, a probabilidade de a ilha permanecer é elevada, uma vez que o fluxo de lava ajudará a protegê-la, mas as áreas que não têm lava podem ser destruídas.
Portanto, segundo os pesquisadores, se cada vez mais lava sair e cobrir a área, essa parte permanecerá para sempre.
Ilha japonesa formada por vulcão submarino
A forma como a ilha surgiu lembra a forma como outra nova ilha se formou em 2013, que acabou se fundindo com Nishinoshima, uma ilha localizada na cadeia de Ogasawara. Nishinoshima também foi criada a partir de uma erupção vulcânica subaquática, que eventualmente atingiu cerca de 2 quilômetros de diâmetro.
Com base nisso, os especialistas reconhecem a possibilidade de a nova ilha se fundir com Iwo Jima se a erupção continuar.
Vulcões submarinos
A ideia de atividades vulcânicas subaquáticas intriga a comunidade científica, e isso não é de hoje. Em 2021, pesquisadores descobriram o vulcão submarino com a maior erupção já documentada. Já neste ano, um antigo vulcão submarino ainda ativo ajudou a incubar ovos de arraias.
Em 2022, um vulcão submarino na Antártida produziu mais de 85 mil terremotos na região. Você também pode conferir nossa lista de vulcões submarinos. Conheça alguns deles e suas localizações.
Fonte: The Japan Times