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Mapa mostra como os recordes de calor assolam o planeta

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Outubro de 2023 às 18h04

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Imagem: Calvin Hanson/Unsplash
Imagem: Calvin Hanson/Unsplash

Não é só o Brasil que está sofrendo com as altas temperaturas. Ásia, Europa, Estados Unidos e Oriente Médio também estão passando por ondas de calor, com previsões acima do normal para os próximos dias e uma média recordista, já que o mês de setembro foi o mais quente da história recente, com junho e julho também ultrapassando os de anos anteriores — e agosto sendo o mais quente em 170 anos.

No hemisfério norte, ondas de calor ameaçam não só o bem-estar, mas também a saúde da população. A maior parte da Itália foi sendo abarcada pelas altas temperaturas, chegando a até 40 ºC nas regiões central e sul. Na Grécia, as cidades costeiras têm sofrido com incêndios florestais alimentados por ventos fortes, bem como as Ilhas Canárias e algumas cidades de Croácia.

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No Oriente Médio e na China, o índice de calor, outra forma de calcular a sensação térmica — medida com base na temperatura e umidade relativa do ar —, chegou a níveis perigosos à vida, de até 66 ºC. Já nos Estados Unidos, a previsão é mais séria para o sudeste, sudoeste e sul do país, com máximas chegando a 35 ºC.

No hemisfério sul o calor também não dá trégua, como mostra o continente africano e algumas regiões da Oceania, além, claro, da América do Sul, com destaque para o Brasil. Inclusive, o mapa chama a atenção por mostrar a discrepância das temperaturas na Antártida. O derretimento de gelo ocasionado pelo aquecimento da região pode desacelerar rapidamente uma grande corrente oceânica por volta de 2050 — e, se isso acontecer, a mudança na corrente poderá causar alterações climáticas que podem perdurar por séculos.

Calor no Brasil

Perceba que nosso país, de acordo com o mapa, também não escapa das anomalias climáticas no que tange as ondas de calor. Boa parte do território nacional se encontra em amarelo ou alaranjado, evidenciando que o aumento das temperaturas também acomete vários estados brasileiros.

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Por aqui, as últimas ondas de calor tiveram origem no bloqueio atmosférico que surgiu no final do inverno e começo da primavera. Aliás, de setembro até novembro, o Hemisfério Sul também é normalmente mais aquecido pelo calor solar. Somando todos os fatores, tudo indica que atravessaremos uma primavera muito quente.

Maior calor em 40 anos

Segundo cálculos da Organização Meteorológica Mundial, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), este ano teve o mês de junho mais quente desde que começamos a medir a temperatura mundial, sendo que as duas primeiras semanas de julho foram as mais quentes desde pelo menos os anos 1940.

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Esses extremos climáticos são, segundo os cientistas, efeito da emissão contínua de gases que prendem o calor na atmosfera, causando o efeito estufa. Sua origem é, principalmente, a queima de combustíveis fósseis. Outro evento significativo é o El Niño, que chegou com especial intensidade em 2023, e deve durar mais do que o normal em diversas partes do mundo.

Ondas de calor marinho também têm sido detectadas neste ano — as águas do Caribe e da costa sudoeste dos Estados Unidos chegaram aos 32 ºC em julho, temperatura anormal para a região, o que ameaça a vida dos recifes de coral e formas de vida que dependem desse ecossistema para sobreviver.

Outros mares também têm visto temperaturas recordes, chegando ao ápice em maio, especialmente os Oceanos Atlântico e Antártico. Este último absorve quase todo o excesso de calor da atmosfera, o que poderá ter consequências sérias para a vida marinha.

Fonte: Cell, Climate Reanalyzer, Organização Meteorológica Mundial