Planeta teve o mês de agosto mais quente nos últimos 170 anos
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
O planeta Terra está esquentando, segundo a Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA). Para dimensionar a questão, o mês passado foi o agosto mais quente da história recente — os registros de temperatura são feitos há 174 anos. Neste cenário, alguns continentes registraram temperaturas recordes.
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A temperatura média global do mês de agosto foi 1,25°C acima da média do século 20 inteiro. Até então, o agosto mais quente do planeta foi registrado em 2016, quando a temperatura média estava 0,29 °C mais quente.
Essas novas evidências reforçam o ponto defendido pela Organização das Nações Unidas (ONU) de que o planeta entrou na Era da Ebulição, após ter superado o período do aquecimento global. Em grande parte, a culpa é da atividade humana.
O agosto mais quente da história
Segundo os dados da NOAA, o aquecimento é gradual e contínuo. “O mês passado não foi apenas o mês de agosto mais quente já registrado, mas também foi o 45º agosto consecutivo do mundo e o 534º mês consecutivo com temperaturas acima da média do século 20”, explica Sarah Kapnick, cientista-chefe da agência Norte-americana, em nota.
Nesse contexto, África, Ásia, América do Norte, América do Sul e o Ártico tiveram o mês de agosto mais quente da história, enquanto a Europa e a Oceania registraram o segundo agosto mais quente.
O que explica o aumento das temperaturas globais?
“As ondas de calor marinhas globais e o crescente [fenômeno do] El Niño estão provocando um aquecimento adicional este ano, mas, enquanto as emissões [de dióxido de carbono] continuarem a impulsionar uma marcha constante de aquecimento de fundo, esperamos que novos recordes sejam quebrados nos próximos anos”, acrescenta Kapnick. Para mudar, é preciso buscar alternativas ao uso de combustíveis fósseis e controlar as emissões de gases.
Elevação das temperatura dos oceanos
Além da elevação de temperaturas da superfície terrestre do planeta, os oceanos estão mais quentes. Por exemplo, pelo quinto mês consecutivo, a temperatura global da superfície do mar atingiu um recorde máximo para o mês. Nos oceanos, a temperatura esteve 1,03 °C maior que a média.
A Antártida também teve o quarto mês consecutivo com a menor extensão de gelo marinho já registrada. No globo, a cobertura de gelo foi 550 mil milhas quadradas menor que o recorde anterior — registrado em agosto de 2019.
Fonte: NOAA