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ONU: ondas de calor devem durar mais e serão mais intensas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Agosto de 2023 às 19h10

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S. Hermann & F. Richter/Pixabay
S. Hermann & F. Richter/Pixabay

Após o recorde de temperaturas de julho, o mês mais quente da história recente, vale dizer que a situação no planeta não deve esfriar o tanto quanto gostaríamos. Segundo especialista da Organização das Nações Unidas (ONU), a tendência global é que as ondas de calor, como a que marcaram o mês passado, se tornem cada vez mais comuns e mais intensas. O fenômeno é consequência das mudanças climáticas.

No momento, novas ondas de calor atingem grande parte da Europa, e provocam incêndios florestais na Grécia, na Espanha e em Portugal. No entanto, os desdobramentos não se limitam ao velho continente, já que incêndios do tipo também são registrados no Canadá e no Havaí — são mais de mil pessoas desaparecidas na ilha de Maui. Em pleno inverno, países da América do Sul têm temperaturas atípicas.

Ondas de calor serão mais frequentes

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"As ondas de calor se tornarão cada vez mais intensas e frequentes", afirma John Nairn, especialista em calor extremo da Organização Meteorológica Mundial (OMM) — parte da ONU — para a agência de notícias AFP. Para o especialista, a tendência de intensificação das ondas de calor “é consequência do aquecimento global".

O fenômeno de intensificação destacado por Nairn é apontado por um recente estudo da iniciativa World Weather Attribution (WWA). Para estes pesquisadores, as ondas de calor extremas estão mais frequentes, nos últimos anos, “como resultado do aquecimento causado pelas atividades humanas”, como a emissão de gases poluentes e do efeito estufa.

Atenção para o aumento das temperaturas noturnas

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Para o público em geral e para os meteorologistas, Nairn alerta para um outra tendência pouco percebida: o aumento das temperaturas mínimas noturnas, para além dos recordes de calor diurnos.

Inclusive, as temperaturas noturnas mais elevadas têm diferentes níveis de impacto. Por exemplo, podem impactar a saúde humana, causando estresse térmico (sobrecarga de calor no corpo) e aumentando os riscos de desidratação — em casos extremos, pode ser fatal.

Observando apenas o ambiente, as noites mais quentes impedem as perdas esperadas de calor e contribuem para que, no dia seguinte, as temperaturas sejam ainda maiores. Resumindo, o aumento da temperatura noturna contribui para "períodos mais longos de temperaturas elevadas" e ainda mais problemas ambientais, completa Nairn.

Fonte: Diário de Notícias (AFP) e ONU