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Linux Foundation lança ELISA, que promete entregar maior segurança para máquinas

Por| 22 de Fevereiro de 2019 às 07h25

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Linux Foundation lança ELISA, que promete entregar maior segurança para máquinas
Linux Foundation lança ELISA, que promete entregar maior segurança para máquinas

Ao longo do tempo, o desenvolvimento das máquinas entregou às pessoas maior comodidade e praticidade, substituindo ou auxiliando diversas atividades que vão desde o trabalho rural até assistentes inteligentes movidos por inteligência artificial.

Por outro lado, a substituição do trabalho humano pela máquina gera problemas de confiança em algumas áreas como a indústria, saúde e transportes com os carros autônomos. Isso se deve ao fato de, por serem áreas críticas e com potencial de colocarem a vida das pessoas em risco, a ausência humana pode acabar gerando situações fatais.

De acordo com uma pesquisa publicada em janeiro pela American Automobile Association e outra em maio de 2018 pela Gallup, 63% das pessoas disseram ter medo de andar em um veículo totalmente autônomo, sendo que mais da metade disse que nunca gostaria de viajar em um. Além disso, em um relatório publicado por analistas do Pew Research em 2017, 70% dos americanos disseram estar preocupados com os robôs que executam tarefas atualmente realizadas por humanos.

Para amenizar essas preocupações, a Fundação Linux lançou o Enabling Linux in Safety Applications (ELISA), um projeto de código aberto que inclui ferramentas para ajudar as empresas a criarem e certificarem sistemas baseados em Linux para garantir a segurança da vida humana e evitar danos materiais ou danos ambientais. Em parceria com a fabricante brtânica de chips ARM, a montadora alemã BMW e empresas de plataformas autônomas Kuka, Linutronix e Toyota, a ELISA trabalhará com órgãos de certificação e padronização em “múltiplas indústrias” para estabelecer maneiras de o Linux formar a base de sistemas críticos de segurança em todos os setores.

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Kate Stewart, diretora sênior de segurança de programas estratégicos da Linux Foundation, diz que indústrias como a da energia, medicina e automobilística desejam usar o Linux pois “podem permitir que coloquem produtos no mercado mais rapidamente e reduzir o risco de erros críticos de projeto”. Além disso, ela explica que o principal desafio para colocar o projeto em prática é a falta de documentação e de ferramentas claras, que são necessárias para demonstrar que um sistema baseado em Linux consiga suprir os requisitos de segurança necessários para a certificação.

Pelo visto, já houve tentativas de resolver esse problema no passado, mas não existia uma quantidade suficiente de pessoas para estabelecer uma metodologia que pudesse ser amplamente discutida e aceita. Contudo, com a formação da ELISA, Kate diz que poderá “aproveitar a infraestrutura e o suporte da ampla comunidade da Linux Foundation necessária para tornar essa iniciativa bem-sucedida".

As responsabilidades da ELISA envolverão principalmente o desenvolvimento de documentação de referência e casos de uso, educando a comunidade de código aberto sobre as melhores práticas de engenharia de segurança e possibilitando um “feedback contínuo” para melhorar os processos e automatizar testes de garantia de qualidade. Além disso, a organização ajudará os membros a monitorarem os perigos e os componentes críticos do sistema, estabelecendo as bases para um conjunto de políticas que as equipes possam seguir caso algo dê errado.

Ainda, Masato Hashimoto, gerente geral da Divisão de Desenvolvimento de Arquitetura de eletroeletrônica da Toyota, afirma que o software de código aberto se tornou uma parte significativa da estratégia de tecnologia da empresa, e quer “facilitar o uso de aplicativos baseados em Linux".

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A Linux Foundation é um consórcio tecnológico sem fins lucrativos fundado no ano 2000 para apoiar o crescimento do Linux e promover sua adoção. Essa comunidade possui mais de 1.000 membros corporativos, incluindo montadoras como a Ford, Mazda, Honda, Subaru e Suzuki, além de fornecedores como Denso, Panasonic, LG, as gigantes de software Microsoft e IBM, e empresas do setor de chips como Nvidia, Intel e ARM.

Fonte: SlashdotVentureBeat