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YouTube desmonetiza canais estatais russos e restringe acesso na Ucrânia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Fevereiro de 2022 às 17h00

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech
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O YouTube anunciou a suspensão temporária da monetização de canais vinculados ao governo da Rússia. A ideia é que todos os perfis ligados às autoridades russam parem de obter receita publicitária como uma forma de penalização pelo conflito com a vizinha Ucrânia.

A medida da plataforma de vídeos deve afetar vários canais ligados ao Kremlin, como o grupo RT, a agência estatal de notícias RIA, o canal de TV Zvezda e os sites Lenta.Ru e Gazeta.Ru. Ao alegar "circunstâncias extraordinárias", o YouTube disse que tomou essa decisão como uma sanção contra os afiliados ao governo de Vladimir Putin.

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Além disso, o site de compartilhamento audiovisual também passou a restringir o mecanismo de recomendações de vídeos russos para usuários da Ucrânia. Por estarem envolvidos no conflito, a população da ex-república soviética estava recebendo uma enxurrada de conteúdos da Rússia, o que é bem desagradável no atual momento político.

Essa decisão teria sido uma resposta do Google ao pedido do governo ucraniano para bloquear canais russos propagandistas na plataforma. A alegação é que as informações divulgadas por esses meios de comunicação não tem independência jornalística e servem unicamente para reforçar o posicionamento do Kremlin.

Lucro com propagandas

Segundo a agência Reuters, o governo da Rússia ganhou entre US$ 7 milhões e US$ 32 milhões apenas com receitas de anúncios nos 26 canais mantidos no YouTube no ano passado. Embora estejam vinculados a supostas empresas jornalísticas, esses perfis teriam financiamento e apoio total das autoridades governamentais russas.

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Essa é uma decisão semelhante à tomada pela Meta (Facebook e Instagram) e pelo Twitter, pois ambos suspenderam a monetização e passaram a aplicar rótulos em conteúdos de tais veículos noticiosos para sinalizar a parcialidade das informações. Por essas atitudes, o Twitter foi bloqueado para cidadãos russos e as plataformas sociais da Meta foram ameaçadas.

O Facebook proibiu que a mídia estatal russa compre anúncios para divulgar matérias do seu interesse ou gere receitas em qualquer um dos seus serviços. O vice-presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, disse que as autoridades russas ordenaram a interrupção da checagem independente de fatos e rotulagem de notícias falsas, mas que tal atitude jamais seria adotada pelas redes sociais do conglomerado.

Fonte: Reuters