WhatsApp e Messenger vão ganhar reforço de IA, avisa Zuckerberg
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 28 de Fevereiro de 2023 às 11h56
![Anthony Quintano/Flickr/CC-2.0](https://t.ctcdn.com.br/VeMrIUk9-N3BoJqZEOEFj7Lv3Co=/0x64:2045x1216/640x360/smart/i557357.jpeg)
A Meta experimenta ferramentas de inteligência artificial para incrementar o WhatsApp e o Messenger. O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, anunciou na segunda-feira (27) que desenvolve “um novo grupo de produtos de alto nível” baseado em IA generativa que integrará em suas atuais plataformas.
- Meta anuncia a IA LLaMA para concorrer com o ChatGPT
- Gboard pode ganhar IA para gerar imagens a partir de texto
“Estamos criando um novo grupo de produtos de alto nível na Meta focado em IA generativa para turbinar nosso trabalho nessa área”, disse o CEO. “Estamos começando reunindo muitas das equipes que trabalham em IA generativa em toda a empresa em um grupo focado em criar experiências agradáveis em torno dessa tecnologia em todos os nossos diferentes produtos”, complementou.
De acordo com o CEO, o plano a curto prazo é criar ferramentas “criativas e expressivas” para as atuais plataformas da Meta. No longo prazo, porém, os esforços serão concentrados na criação de personas de IA para ajudar consumidores “de várias maneiras”.
Atualmente, a Meta explora “experiências com texto” no WhatsApp e no Messenger, com imagens no Instagram e em publicidade e com vídeos e “experiências multimodais”. O executivo não deu detalhes sobre cada um dos projetos, então devem ser apenas conceituais.
O desenvolvimento de tecnologias baseadas em IA não é um segredo da Meta, mas a companhia é bem mais cautelosa na integração dessas novidades em produtos do que o Google e a Microsoft. Projetos como o Make-A-Video, a CICERO e o chatbot LLaMa, apresentado na semana passada, mostram que a companhia é capacitada para competir no segmento, mas, possivelmente por cautela, não explora essas ferramentas comercialmente.
Segundo uma reportagem do site Axios, o projeto da Meta será dirigido pelo ex-executivo da Apple Ahmad Al-Dahle e o time responderá diretamente ao Diretor de produtos Chris Cox.
O que a Meta pode criar?
As possibilidades de ferramentas com IA são praticamente infinitas, mas não deve demorar para a empresa lançar algumas ideias para o público e começar a explorar a tecnologia.
Como mencionado por Zuckerberg, os primeiros usos devem ser para ferramentas mais simples, mas de uso criativo. Ferramentas baseadas em IA podem tornar a comunicação mais dinâmica em mensageiros com figurinhas, emojis e sugestões de mensagens, podem dar ideias para conversas (como o novo Bing no Skype) ou ser a “mente” por trás de jogos.
No futuro, IA pode alimentar o suporte personalizado da companhia, dando atendimento especializado para consumidores dos vários produtos da companhia.
A Meta vai abandonar o metaverso?
Apesar de a empresa ter demonstrado foco na construção de ferramentas baseadas em IA, isso não significa que os planos com o metaverso foram cancelados. A diferença entre as ideias é o tempo: IAs podem ser exploradas em questão de anos, enquanto o metaverso é um projeto para décadas.
Além disso, o refinamento de modelos servirá como base para o fortalecimento de experiências virtuais robustas, algo essencial para a construção de um metaverso consistente e convidativo. O investimento em IA seria interessante para pavimentar o caminho para os futuros produtos da Meta.
Fonte: Axios