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Presidente do STF pede regulação de IA e combate a fake news

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Janeiro de 2024 às 17h53

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Pexels/cottonbro studio
Pexels/cottonbro studio

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, se encontrou nesta semana com executivos de redes sociais para pedir um maior controle sobre fake news e vídeos criados por inteligência artificial. Na visão dele, é “imperativa” a regulação desta tecnologia, já que ela pode representar sérios riscos à democracia global.

Durante o Fórum Econômico Mundial, que acontece na Suíça, Barroso se encontrou com o CEO do YouTube, Neal Mohan, e o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, que é ex-premiê do Reino Unido. As conversas, segundo o ministro, foram sobre o uso atual da tecnologia e de que maneira as iniciativas de desinformação a utilizando podem ser contidas.

Na visão do presidente do STF, as redes sociais já têm “clara percepção” de que uma regulação da inteligência artificial é necessária. Enquanto não respondeu se está otimista com a colaboração entre as empresas do setor e os governos globais, Barroso disse que há necessidade de união entre os setores para evitar usos impróprios dessa tecnologia.

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Inteligência artificial traz riscos à democracia

Com as proximidades da eleição presidencial americana, que acontece neste ano, Barroso citou o impacto dos deep fakes e outros materiais criados por IA na democracia e sobre a decisão consciente dos eleitores. É daí que, para ele, vem a necessidade urgente de regulação da IA.

Na visão do ministro, “a democracia é feita da participação esclarecida das pessoas”. Por outro lado, a massificação da desinformação pode ter impacto “extremamente negativo” sobre a liberdade delas — o que explica, também, porque as donas do YouTube, WhatsApp, Facebook e Instagram se sentaram à mesa para discutir o assunto.

Enquanto a regulação não vem, algumas empresas do setor começam a tomar atitudes para prevenir o mau uso da inteligência artificial para fins políticos. Nesta semana, a OpenAI, dona do ChatGPT, anunciou uma série de proibições quanto ao uso do chatbot e de seu sistema de geração de imagens, o DALL-E, em campanhas e divulgação de candidatos. Já o Googleexibe avisos quando uma propaganda do tipo foi criada com o uso da tecnologia.

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Barroso é um dos representantes do Brasil no Fórum Econômico Mundial, ao lado dos ministros de pastas como Minas e Energia, Saúde e Meio Ambiente. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi a Davos, na Suíça, onde o evento acontece nesta semana.

Fonte: Folha