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O que é deepfake?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Julho de 2023 às 18h30

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Clker-Free-Vector-Images/Pixabay
Clker-Free-Vector-Images/Pixabay

Em 2019, começaram a surgir na internet vídeos de celebridades, como Nicolas Cage, pronunciado no lugar do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A verdade é que nem o astro, nem outros atores tomaram o principal púlpito dos EUA: todas as imagens divulgadas foram criadas por deepfake.

O que é deepfake?

O termo deepfake ou deep fake faz referência a qualquer modificação em vídeo, foto ou outras imagens (como GIFs) que tenham sido criadas para parecer realista, mas feita com inteligência artificial. No fim, o objetivo é que a modificação seja tão imperceptível que pareça real.

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A palavra deepfake, em inglês, vem da mistura dos termos “deep learning” e “fake”. Ou seja, uma imagem falsa criada com um sistema de inteligência artificial usando deep learning.

Fazer vídeos fictícios como que se fossem verdadeiros não é bem uma invenção atual, uma vez que efeitos visuais computadorizados já existem no cinema desde o século passado. A questão é que fazer uma cena em computação gráfica em um filme ou jogo de videogame era extremamente caro.

A novidade do deepfake é que as pessoas podem criar essas manipulações realistas só usando computadores e internet em casa.

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Como o deepfake funciona?

Conforme o próprio nome indica, a tecnologia é baseada em deep learning. Essa é uma subclassificação da inteligência artificial para definir algoritmos que podem reconhecer padrões com base em um banco de dados.

No caso das deepfakes, para fazer um vídeo falso, por exemplo, de Mark Zuckerberg, é preciso alimentar o sistema com fotos e vídeos em que o CEO do Facebook aparece. Quanto mais material, melhor tende a ser o resultado.

A inteligência artificial vai reconhecer padrões, como movimentos, trações do rosto, voz e outras questões comportamentais de Zuckerberg. Em suma, aprender como ele se comporta.

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Depois que o sistema estiver municiado com banco de dados e analisado o conteúdo, ele já será capaz de replicar movimentos e fala parecidos com a realidade. Nesta etapa, o mecanismo usa uma técnica chamada rede contraditória generativa (GAN, na sigla em inglês).

A técnica consiste em criar várias imagens com os bancos de dados e verificar se estão de acordo com o esperado. Caso o sistema reconheça um erro, ele mesmo já arruma a imperfeição e monta uma nova imagem. O ciclo é repetido inúmeras vezes para refinar a produção

Após várias repetições de criação e verificação, o sistema chega ao vídeo ideal, o mais próximo da realidade possível.

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Existe deepfake do bem?

Nem sempre o deepfake é usado para o mal — e o uso da tecnologia para fins benéficos já tem exemplos na mídia. É que esta tecnologia pode servir para trazer à vida pessoas que já se foram, de uma forma totalmente nova.

Exemplo disso é a recriação de Elis Regina numa campanha publicitária da Volkswagen em julho de 2023. A peça conseguiu colocar a cantora para reencontrar a filha Maria Rita, mas de forma totalmente digital — e essa não foi a primeira vez que a ferramenta reviveu artistas famosos, para fins de puro entretenimento (e um bocado de nostalgia).

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A tecnologia do deepfake também é utilizada para rejuvenescer pessoas vivas em novos conteúdos. Em The Mandalorian, o ator Mark Hamill consegue interpretar o personagem Luke mais jovem com auxílio de inteligência artificial, por exemplo.