9 coisas que o ChatGPT-4 faz melhor que o ChatGPT-3.5
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |
Apresentado na última semana, o GPT-4 é o novo modelo multimodal da OpenAI que sucede o GPT-3.5 e passou a alimentar o ChatGPT. A nova IA é superior que a anterior em vários aspectos, inclusive na agilidade e na confiabilidade das respostas.
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As melhorias do GPT-4, porém, não são limitadas ao desempenho do bot. O novo modelo tem novas aptidões, como a capacidade de interpretar imagens, entregar recriações de softwares com mais fidelidade aos pedidos e menor chance de erros e analisar páginas da web enviadas para ele.
A IA está disponível para assinantes ChatGPT Plus e gratuitamente através do novo Bing, da Microsoft. No futuro, o modelo deve encorpar outros projetos e, para deixar você ciente de tudo que ele é capaz de fazer, o CT listou neste artigo algumas das principais melhorias do chatbot em comparação à versão anterior.
9. Interpretar falas mais complexas
Uma das evoluções mais importantes do GPT-4 está na sua capacidade de interpretação de entradas. A atualização aperfeiçoou o entendimento do bot quanto a nuances dos pedidos dos usuários que, segundo a OpenAI, chega a se assemelhar com a capacidade humana em vários benchmarks profissionais e acadêmicos.
O novo modelo consegue lidar com entradas de até 25 mil palavras, bem mais do que as 8 mil do GPT-3.5. O maior domínio da inteligência artificial abre espaço para comandos ainda mais ricos em detalhes.
8. Análise de imagens
O GPT-4 é capaz de analisar imagens e compreendê-las como se fossem entradas em texto, o que o configura como um "modelo multimodal". O recurso permite que o chatbot interprete arquivos para complementar a interação com o usuário, algo essencial para expandir as aplicações em que o modelo pode ser utilizado.
Na prática, o bot consegue compreender texto contido em imagens e identificar elementos que compõem a captura, como pessoas, paisagens e animais.
7. Análise de páginas web
O novo modelo da OpenAI pode analisar elementos de páginas web. Usuários podem enviar links para o chatbot analisar e interpretar o conteúdo, permitindo resumir artigos e notícias, avaliar descrições de produtos em lojas e extrair dados com maior agilidade.
6. Maior controle
Nem todo chatbot com GPT-4 é o ChatGPT, por isso eles precisam assumir outros personagens, às vezes com outros tons, falas e finalidades. Nesse aspecto, o novo modelo também foi aprimorado e agora tende a ter menor chance de sair do papel que foi programado para assumir — algo especialmente útil para quem adquire a plataforma da OpenAI para uso específicos.
5. Melhor capacidade de programação
Os conhecimentos em programação do GPT-4 também se tornaram melhores. O modelo de IA é capaz de recriar softwares com agilidade, seguindo à risca as instruções passadas pelo usuário.
Uma das demonstrações dessa melhoria pôde ser vista quando o GPT-4 criou uma versão jogável de Pong em 60 segundos. O bot não é necessariamente capaz de criar projetos inéditos, mas pode servir como bom ponto de partida.
4. Mais inteligente
O novo modelo não é tão inteligente quanto um humano, mas consegue simular conhecimento com ainda mais maestria do que a plataforma anterior. Segundo a OpenAI, o GPT-4 passou em vários testes e exames simulados de universidades, além de ter considerável desempenho em avaliações como LSAT, GRE e SATs.
A detentora do chatbot afirma que ele supera o antecessor em testes como o Uniform Bar Exam, o equivalente estadunidense ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e nas Olimpíadas de Biologia.
3. Respostas mais confiáveis
A OpenAI evoluiu o modelo para entregar respostas mais confiáveis, mesmo que longas. A IA tem menor tendência para “alucinar”, isto é, entregar informações erradas ou enganosas com base na própria base de dados.
O ChatGPT-4 consegue entregar respostas de até 25 mil palavras (o modelo anterior entregava somente 4 mil) e dar detalhes acerca dos tópicos solicitados sem exagerar, até mesmo em circunstâncias muito específicas.
De acordo com a OpenAI, o GPT-4 tem 82% menos chance de responder conteúdo proibido, como violações às políticas do chatbot. A IA também tem 40% mais chance de produzir respostas factuais.
Ainda não é momento para confiar cegamente numa inteligência artificial para resumir artigos, mas a chance de a IA errar deve ser significativamente menor.
2. Melhor desempenho
O novo modelo de inteligência artificial também apresenta melhor desempenho, segundo a OpenAI. A IA “supera consideravelmente” outros modelos de linguagem similares, conforme apontam testes MMLU, AI2 Reasoning Challenge (ARC), DROP e outros.
1. GPT-4 está no novo Bing
O novo Bing da Microsoft sempre foi alimentado pelo GPT-4. Originalmente, o chatbot do buscador foi apresentado como uma versão aprimorada do GPT-3.5, mas seria uma solução específica da dona do Windows — porém, não é o caso.
Na verdade, ele sempre foi o GPT-4, mas com capacidades limitadas ao chatbot do buscador. Portanto, era incapaz de analisar imagens, por exemplo, já que é impossível apresentá-las para ele.