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CEO do Google minimiza importância de ser o 1º na corrida das IAs

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Robert Scoble/VisualHunt
Robert Scoble/VisualHunt
Sundar Pichai

Para o CEO do Google, Sundar Pichai, ser o pioneiro a entregar um chatbot com capacidades conversacionais avançadas "não importa muito". Em entrevista, o executivo pontuou sobre a concorrência com o ChatGPT da OpenAI, mas aparentou estar tranquilo em estar um atrás na corrida.

"Ao longo da nossa história, existem muitas áreas onde não fomos os primeiros. Não desenvolvemos o primeiro mecanismo de busca e não desenvolvemos o primeiro navegador, por exemplo", disse em conversa com o Wall Street Journal. "Há momentos em que ser o primeiro importa muito e, outras vezes, não", complementou.

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O ChatGPT foi lançado em 30 de novembro de 2022 e, até hoje, segue recebendo aprimoramentos importantes. Em março, o chatbot começou a ser incorporado com o modelo de IA GPT-4, mais versátil e preciso, e também foi adicionado o suporte a plugins, que ampliam as capacidades do bot para atender demandas específicas, como acessar informações disponíveis na internet.

O Bard, chatbot estilo ChatGPT do Google, foi apresentado no começo de fevereiro de 2023.

Atenta ao desenvolvimento da tecnologia, a Microsoft correu para implementar IAs generativas em seus produtos. Um dos mais notáveis foi o Bing, principal concorrente do Google na maioria dos países, que ganhou seu próprio chatbot alimentado com GPT-4.

OpenAI parecia ter um plano

Pichai percebe que a OpenAI aparentemente tinha um plano para o produto antes mesmo de lançá-lo, e que a janela de oportunidade da startup é diferente de uma empresa maior como o Google. "Mas, para mim, estou pensando no que temos que fazer antes e, portanto, temos que manter o foco em como usar essa tecnologia e incorporá-la em nossos produtos, que é o que planejamos fazer", pontuou.

O CEO parece entender que o lançamento de um produto que carrega a marca "Google" é algo mais delicado e já disse que será "ousado" na corrida das IAs. Para os próximos meses, o CEO espera incrementar o Bard com novas funcionalidades, mas esclareceu que ele deve continuar alheio ao ambiente de buscas do Google.

"Talvez, o futuro [da ferramenta de pesquisa] não seja nem a página atual ou o Bard, mas uma mistura desses dois elementos", disse Pichai. "Queremos ter certeza de que estamos perseguindo todas as oportunidades de longo prazo que temos pela frente com o investimento necessário", concluiu.

Bard parece atrasado

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Enquanto a Microsoft disputa quase sozinha entre buscadores com chatbots embutidos, o Google parece seguir uma estratégia mais cautelosa. A empresa ainda restringe o acesso do modelo para usuários de regiões específicas e, como o Canaltech pôde apurar, ele é mais rudimentar que o concorrente Bing.

O processo de desenvolvimento do Bard também parece sofrer com a pressa, apesar de Pichai aparentemente fazer pouco caso de ser o primeiro nesse caso. Recentemente, relatos de funcionários anônimos responsáveis pela avaliação de respostas da IA botaram em cheque a veracidade o conteúdo reproduzido por ela.

Fonte: Wall Street Journal