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Google anuncia o Bard, IA rival do ChatGPT

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 06 de Fevereiro de 2023 às 16h32

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Gabriella Clare Marino/Unsplash
Gabriella Clare Marino/Unsplash
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O Google anunciou hoje (6) o Bard, inteligência artificial rival do ChatGPT. Em uma publicação feita no blog oficial da companhia, o CEO Sundar Pichai anunciou o projeto como um "serviço experimental de IA conversacional" que responderá perguntas de usuários e participará de diálogos — basicamente, a mesma coisa que o modelo da OpenAI faz.

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Os testes com o Bard começam hoje, mas somente com "testadores confiáveis" neste primeiro momento. A inauguração da IA para o público aconterá nas próximas semanas, segundo o executivo.

Ainda não se sabe como o Bard é, tampouco quais capacidades ele tem. O algoritmo do serviço é construído sobre o LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou "Modelo de linguagem para aplicativos de diálogo", em português), a mesma que um antigo funcionário da empresa acusou ter adquirido consciência.

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"Trabalhamos em um serviço experimental de IA de conversação, alimentado pelo LaMDA, que chamamos de Bard. E, hoje, damos outro passo ao abri-lo para testadores confiáveis antes de torná-lo amplamente disponível ao público nas próximas semanas", explicou Pichai na publicação.

"O Bard busca combinar a amplitude do conhecimento mundial com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos grandes modelos de linguagem", pontuou o chefão do Google. "Ele se baseia em informações da web para fornecer respostas novas e de alta qualidade", continuou.

Google interativo

De acordo com o executivo, o Bard poderá responder questões como as "novas descobertas do Telescópio Espacial James Webb da NASA para uma criança de 9 anos, ou aprender mais sobre os melhores atacantes do futebol do momento". Além disso, a IA poderá criar testes para testar os conhecimentos obtidos pelo usuário.

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Na prática, o Bard deve funcionar como um "Google interativo", uma IA que não só responde perguntas se forma objetiva, mas que explica o conteúdo de forma rica e aflorada para, de fato, ensinar algo novo ao usuário.

As semelhanças com o ChatGPT são inquestionáveis e previsíveis. Desde que a IA da OpenAI foi liberada para o público, o Google entrou numa espécie de "alerta vermelho". Segundo uma reportagem do The New York Times, a companhia pretende lançar cerca de 20 projetos baseados em inteligência artificial até o final do ano.

Por que agora?

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Assim que inaugurado, o ChatGPT despertou uma série de questionamentos e debates acerca do consumo de informações pela internet. Educadores e empresários travaram discussões acerca da eficiência da inteligência artificial na apresentação de informações em texto e, naturalmente, a praticidade de ter perguntas respondidas por IA deve ter chamado a atenção do Google, dona do maior buscador do mundo.

"Em breve, você verá recursos baseados em IA na Busca que destilam informações complexas e várias perspectivas em formatos fáceis de digerir, para que você possa entender rapidamente o panorama geral e aprender mais na web: seja buscando perspectivas adicionais, como blogs de pessoas que tocam piano e violão, ou se aprofundam em um tópico relacionado, como etapas para começar como iniciante", exemplificou Pichai.

Entre as gigantes da tecnologia, o Google foi uma das mais cautelosas no desenvolvimento de uma IA própria. A empresa temia ter sua reputação manchada caso fosse "rápida demais" na construção de modelos avançados, porém, desde que a ideia foi comprada pelas pessoas por causa do ChatGPT, a empresa deve ter acelerado para colocar uma das suas cartas na mesa.

A Gigante de Mountain View tem um evento marcado para o próximo dia 8 no qual deve dar mais detalhes a respeito de seus planos envolvendo buscas e inteligência artificial.