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Project Endgame | Intel pode ter acabado com serviço de GPUs por streaming

Por| Editado por Jones Oliveira | 21 de Julho de 2023 às 14h13

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Divulgação/Intel
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Anunciado durante uma conferência de investidores no início de 2022, o Project Endgame está com desenvolvimento “pausado”. A informação foi confirmada pela conta oficial da Intel no Twitter após um usuário questionar sobre atualizações da iniciativa.

Com uma descrição bem sucinta, a resposta é enfática ao afirmar que “não há nenhum update para compartilhar no momento”. Essa informação é um balde de água fria na cabeça de quem esperava algum competidor ao GeForce Now da NVIDIA e o Xbox Cloud Gaming, da Microsoft.

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Os motivos para essa pausa são desconhecidos, mas já faz mais de um ano que o Project Endgame não recebe noticias. O projeto foi revelado por Raja Koduri, antigo vice-presidente e gerente da divisão de Gráficos da Intel. A ideia era lançar um serviço acessível em que os usuários teriam acesso a uma GPU Arc, através da nuvem e com baixa latência.

A demo técnica da Unreal Engine 5, The Matrix Awakens, foi utilizada como o primeiro teste do Endgame. Na ocasião, Koduri utilizou um notebook gamer para rodar a aplicação, mas devido à alta complexidade da demo o resultado foi uma jogabilidade péssima. Ao ativar o serviço foi possível ver uma diferença gigantesca na fluidez do game.

Intel está focada em CPUs e GPUs

Infelizmente, a Intel não forneceu muitas informações sobre o desenvolvimento desse projeto, nem como ele funciona de fato. Embora pareça muito com o GeForce Now, a apresentação focou nos termos “computação contínua”, mas sem deixar pistas das diferenças em relação a outros serviços de streaming.

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Todavia, o Project Endgame parece não ser destinado unicamente para jogos. Tanto o tom utilizado pelo executivo quanto as menções da empresa em seu site oficial dão a entender que a iniciativa também poderia abranger profissionais que precisam de desempenho para trabalhar remotamente, por exemplo, em modelagem ou outras aplicações complexas.

A “pausa” no projeto não surpreende tanto. Na última semana, a empresa revelou que não iria mais desenvolver os mini PCs NUC e passou o projeto para a ASUS. A divisão de memórias NAND foi vendida em 2020 e as pesquisas de SSDs Optane foram encerradas.

Todo esse movimento da companhia é um sinal claro de que a estratégia é focar na produção de chips. A Intel deve anunciar os processadores de 14ª geração em setembro, junto aos novos Meteor Lake para notebooks. Também é esperado que em 2024 as novas placas de vídeo Arc Battemage de 2ª geração façam sua estreia nos desktops.