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O Steam Deck funciona como um PC para jogos e trabalho?

Por| Editado por Léo Müller | 08 de Junho de 2023 às 12h00

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

O Steam Deck é um console portátil que introduziu uma nova perspectiva quanto à possibilidade de uso desses aparelhos. O dispositivo é fabricado pela Valve, gigante do segmento de jogos eletrônicos, e foi lançado no início do ano passado.

O console chamou a atenção por ter hardware x86 e poder rodar jogos de PC com bom desempenho na palma da mão. Adicionalmente, ele roda o SteamOS, que é baseado no Arch Linux, uma distribuição conhecida pela sua versatilidade e rapidez. Como o Steam Deck possui um modo desktop, ele permite ser utilizado como um computador. Não é nem necessário conectá-lo a um monitor ou periféricos para isso.

No entanto, a Valve lançou a “Docking Station” para o aparelho, que amplia sua conectividade, e permite que o equipamento fique sempre ligado na tomada. Dessa maneira, podemos usar o Steam Deck como um PC em tempo integral, tanto para jogar como para trabalhar.

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Como é usar o Steam Deck como um PC?

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Para usar o Steam Deck como um PC completo, é necessário uma dock com as mesmas funcionalidades do Docking Station oficial. A dock que utilizamos tem o encaixe para o Steam Deck, 3 portas USB-A 3.2, 1 conector RJ-45 para o cabo de rede, 1 porta HDMI e 1 porta USB-C para o cabo de energia.

É claro que você pode usar o dispositivo se conectando à internet pelo Wi-Fi dual-band, mas eu quis testar a rede cabeada para saber se a dock estava funcionando corretamente.

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Steam Deck como PC: funcionamento básico

Depois de conectar meu teclado USB e meu monitor à dock, eu liguei o Steam Deck. O dispositivo sempre liga no modo de jogo, ou seja, com a interface do SteamOS. Em seguida, eu alternei para o modo desktop usando o botão power. A troca de um modo para outro leva apenas alguns segundos.

A partir daí, o Steam Deck passa a exibir a interface de um sistema para PC. Entra em ação o Arch Linux com o ambiente gráfico do KDE, o Plasma Desktop. O sistema operacional já vem com alguns apps instalados, como editores de texto, visualizador de imagens e de documentos, e o Mozilla Firefox como navegador.

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A loja de apps do Arch Linux do Steam Deck já tem integração com o Flathub. Isso significa que é muito fácil instalar programas populares no dispositivo. Basta pesquisar pelo nome do app e clicar em instalar. Para meu uso, eu precisei instalar o Slack, o Microsoft Edge, o Spotify, o WhatsApp Desktop, o Cheese, o SMPlayer e um editor de vídeo. O visualizador de imagens do KDE já faz algumas edições básicas, como cortar e redimensionar.

Os próximos passos foram conectar meu mouse via Bluetooth e configurar meu monitor com a resolução 4K e uma escala de fontes com tamanho confortável. Eu poderia usar a tela do Steam Deck como uma tela extra, mas preferi usar meu monitor como única tela. Toda essa configuração é bem fácil de fazer usando a ferramenta de configuração do sistema do KDE.

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Usando o Steam Deck para trabalhar

Para trabalhar, eu preciso basicamente do Google Docs para editar textos, do Microsoft Edge para acessar meus perfis – pessoal e de trabalho –, e de um editor de imagens básico. Então, essa tarefa foi bem tranquila.

Se o usuário precisar de uma suíte de escritório, dá para instalar o LibreOffice (gratuito) de maneira bem fácil, usando a loja do sistema. O LibreOffice cria e abre documentos compatíveis com o Microsoft Office. Outra possibilidade é acessar o Office online da Microsoft, que possui uma versão gratuita.

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Editando vídeos e imagens no Steam Deck

Eu usei o OpenShot para recodificar um vídeo em 4K de 755 MB para a resolução Full HD e taxa de quadros fixa de 60 fps. A tarefa foi finalizada em 3 minutos e 30 segundos. Detalhe que o Steam Deck trabalhou com um nível de ruído bem baixo.

Para fazer edições básicas em imagens, eu usei o Gwenview, o visualizador de imagens padrão do KDE. Quem precisar de algo mais poderoso e complexo, pode instalar o Gimp indo até a página do editor no site do Flathub. Infelizmente, ele não está disponível diretamente pelo Discover (loja de apps do KDE).

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Realizando videoconferências no Steam Deck

Eu pude usar minha webcam da Logitech normalmente no Steam Deck. Eu apenas conectei o acessório a uma porta USB e instalei o Cheese para saber se ela estava funcionando. Depois, realizei uma chamada pelo Google Meet da mesma maneira como se faz no Windows.

Como microfone, eu tinha duas opções, usar o embutido na webcam, ou usar o integrado no próprio Steam Deck.

O Slack é o ambiente de comunicação usado aqui no Canaltech. O aplicativo também funcionou muito bem no Steam Deck, graças à estabilidade do Arch Linux.

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Jogando no Steam Deck no modo desktop

Eu fiquei surpreso com o desempenho do Steam Deck em jogos no modo desktop. Eu joguei Tropico 6, Dirt Rally e FEAR 3. Não são jogos recentes, mas eu pude jogá-los com resolução acima do padrão para a tela do dispositivo. Tropico 6, inclusive, eu joguei na resolução 1440p, com qualidade gráfica baixa, o que não compromete a jogabilidade, já que o game é de simulação.

Dirt Rally é um jogo relativamente pesado, e rodou em Full HD com os gráficos no médio. A qualidade estava muito boa e a imagem ficou com ótima fluidez.

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Steam Deck como PC: multimídia e streaming

Vários apps de streaming podem ser instalados no Linux via plataformas de empacotamento alternativas, como o Snap e o Flathub. O único que eu faço questão de instalar é o Spotify, que uso para ouvir músicas. Ele está disponível pelo Discover. Já a Netflix e o Amazon Prime Video, eu os utilizei pelo navegador sem problema algum.

O Prime Video ficou com qualidade próxima à resolução HD, mesmo eu configurando para a qualidade máxima. Já a Netflix ficou bem melhor, mesmo não tendo opção para escolher a qualidade da imagem.

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Como saída de som, eu tive duas opções disponíveis: os alto-falantes do Steam Deck e a entrada para fones de ouvido do dispositivo. Por esse conector do tipo P2 (3,5 mm), eu pude utilizar meu headset e também meu sistema de som estéreo 2.1. A qualidade de áudio foi boa em qualquer uma das alternativas.

Steam Deck como PC: bugs

Foram poucos os bugs que percebi usando o Steam Deck como PC. Eu achei que poderia ter problemas de conectividade com o monitor ao desligar e ligar o aparelho todos os dias. Mas, na verdade, só tive algumas desconexões de teclado e mouse.

Para resolver, eu tirei o cabo do teclado e coloquei novamente. Já o mouse voltou a funcionar ao desligá-lo e ligá-lo novamente. Isso ocorreu somente ao ligar o Steam Deck pela manhã.

Durante uma semana de testes, somente um aplicativo fechou subitamente, que foi o Microsoft Edge. Ao reabri-lo, foi possível recuperar as abas que estavam abertas na sessão anterior.

Vale a pena usar o Steam Deck como um computador?

Eu fiquei positivamente impressionado com a experiência de usar o Steam Deck como um computador. Eu esperava que enfrentaria mais bugs e mais dificuldade para instalar apps não nativos do Linux.

Felizmente, a Valve trabalhou para oferecer uma experiência bem completa de PC em seu console portátil. Isso definitivamente justifica a existência de uma Docking Station oficial da marca. Mas é claro que o acessório original é bem mais caro que as opções alternativas fabricadas na China. E como há boas marcas que fabricam docks parecidas – para notebooks – há alguns anos, não faz mal usar uma mais barata, que não seja da Valve.

Fora a parte da conectividade com periféricos, a Valve também deixou o sistema “redondo” para ser usado no modo desktop. Faltam alguns aplicativos básicos pré-instalados para usuários em geral. Mas isso é um ponto positivo no sentido de economizar espaço em disco, deixando que os usuários instalem apenas o que julgarem necessário.

A instalação de aplicativos populares é bem fácil, já que o Discover possui integração com o Flathub. O reconhecimento de hardware funcionou muito bem. Eu conectei meu celular para transferir o arquivo de vídeo que eu editei, e o reconhecimento do aparelho foi imediato.

Para tarefas mais pesadas, apesar de não ser indicado para edição de vídeos muito grandes e modelagem 3D, o Steam Deck se saiu muito bem em projetos simples. O equipamento é mais poderoso do que muito notebook de entrada, e é mais silencioso do que muito notebook intermediário ou gamer.

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