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AMD Ryzen 3, 5, 7 ou 9: qual é a diferença entre eles?

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Erick Teixeira
Erick Teixeira
Tudo sobre AMD

A AMD lançou os processadores Ryzen em 2017 como os substitutos dos chips FX, que eram destinados aos PCs desktop. Em seguida, a empresa também lançou sua primeira linha de chips para notebooks baseada na mesma arquitetura. O esquema de nomenclatura dos Ryzen visa segmentar as famílias de CPUs de forma simplificada, e segue o mesmo padrão adotado pela Intel com os processadores Core i3, i5, i7 e i9.

Dessa forma, ao mesmo tempo em que essa nomenclatura facilita a comparação de chips de ambas as fabricantes, dentro do mesmo segmento, também permite que o usuário alinhe cada uma dessas famílias de chips às suas necessidades. Adicionalmente, os modelos recebem algarismos que determinam sua geração e subcategoria dentro de um segmento, assim como letras, que informam sobre a inclusão de recursos extras ou sobre o segmento de eficiência energética, quando falamos de chips móveis.

Antes dos Ryzen, a nomenclatura dos processadores AMD se baseava em um número que indicava sua frequência aproximada, em referência ao desempenho entre ele e seu concorrente direto fabricado pela Intel. Posteriormente, a empresa passou a adotar uma nomenclatura que indicava o segmento do chip com base na quantidade de núcleos e na frequência.

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Como exemplo, podemos citar os chips FX 8100, FX 6200, FX 6100 e o FX 4100. Enquanto que o primeiro tinha 8 núcleos, os dois seguintes tinham 6 núcleos, cada um, e o último tinha 4. Entre os dois processadores com 6 núcleos, o que tinha a maior numeração após o primeiro dígito, tinha frequência mais alta.

Diferenças entre os processadores AMD Ryzen 3, 5, 7 e 9

Como citei anteriormente, a partir dos processadores Ryzen, a AMD seguiu o mesmo padrão de nomenclatura adotado pela Intel, em que cada família de chip é direcionada a um segmento. Dessa forma, são quatro famílias ao todo, que dispõem de modelos que atendem a praticamente qualquer tipo de usuário. Lembrando que os processadores Ryzen são indicados para uso doméstico.

Ryzen 3

Processadores destinados ao uso básico, como navegar na internet, acessar redes sociais, editar arquivos básicos (textos, planilhas e apresentações), consumir mídia via streaming, jogar games leves e fazer trabalhos simples.

Ryzen 5

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Processadores intermediários, ideais para quem precisa trabalhar com agilidade, jogar games recentes com boa qualidade e estabilidade, e editar arquivos mais complexos. Essas CPUs são consideradas as que possuem o melhor custo-benefício para o público gamer.

Ryzen 7

Processadores topos de linha, apropriados para gamers que precisam de máximo desempenho para rodar os jogos mais recentes sem perda de desempenho. Esses chips também são muito indicados para os jogadores que fazem streaming de suas partidas. Profissionais também podem tirar proveito dessas CPUs para realizar atividades pesadas, que requerem muito tempo para serem executadas.

Ryzen 9

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Processadores com desempenho extraordinário, ideais para todo tipo de tarefa, como rodar os games mais pesados obtendo as taxas de quadros mais altas e realizando streaming em altíssima qualidade, tudo ao mesmo tempo. Essas CPUs também são indicadas para profissionais que precisam – ou querem – realizar as atividades mais pesadas no menor tempo possível.

Diferenças entre os processadores AMD quanto à nomenclatura

As famílias de processadores, por si só, não são capazes de orientar os consumidores quanto à escolha de um determinado componente, pois cada família pode contar com mais de um modelo de chip. Para que cada modelo de processador seja facilmente identificado pelos usuários quanto à sua finalidade, a AMD faz uso de algarismos e letras (sufixos) com significados pré estabelecidos.

Observe a imagem abaixo, em que o processador Ryzen 7 1700X é tomado como exemplo, e o modelo do chip está dividido em seis partes:

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  • Marca - Representada pelo nome Ryzen;
  • Família ou segmento - Representada pelo algarismo 7: como já explicamos anteriormente, a família Ryzen 7 é destinada a usuários entusiastas;
  • Geração - Representada pelo algarismo 1: o Ryzen 7 1700X faz parte da primeira geração desses processadores;
  • Nível de desempenho - Representada pelo algarismo 7: identifica o nível de desempenho de um processador dentro da mesma família. Os números 1, 2 e 3 indicam um chip de entrada. Os números 4, 5 e 6 indicam que o chip é voltado para máquinas de alta performance. Já os números 7, 8 e 9 denominam os chips criados para entusiastas;
  • Número de modelo - Representada pelos algarismos 00: identifica uma variação de um mesmo modelo do processador;
  • Sufixo - Representada pela letra X: indica uma característica especial do processador, como veremos a seguir.

Entendendo os sufixos nos modelos desktop

Nos processadores Ryzen para máquinas desktop, temos quatro sufixos para diferenciar características atribuídas a alguns modelos:

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  • X - Indica os chips de alto desempenho;
  • XT - Indica os chips com frequência mais alta, em uma mesma família, em relação aos modelos com sufixo X;
  • G - Indica que o processador tem placa de vídeo integrada;
  • GE - Indica um processador com placa de vídeo integrada com foco na eficiência energética (baixo consumo e desempenho limitado);
  • X3D - Indica que o processador possui a tecnologia de cache virtual 3D.

Nota: A partir dos Ryzen 7000, todos os processadores AMD possuem placa de vídeo integrada. Possíveis modelos com o sufixo G ainda podem ser lançados, equipados com gráficos integrados Radeon RDNA3, para mais desempenho em jogos.

A nomenclatura dos processadores móveis

A nomenclatura dos Ryzen para notebooks segue o mesmo padrão dos modelos desktop. A diferença é que esses processadores utilizam seus próprios sufixos:

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  • HX - Chips móveis de altíssimo desempenho;
  • HS - Chips móveis de alto desempenho, mas voltados para eficiência energética, com TDP reduzido;
  • H - Chips móveis de alto desempenho e com TDP padrão;
  • U - Chips móveis com baixo TDP e com foco na eficiência energética, geralmente destinados a equipar notebooks ultrafinos e ultraleves;
  • C - Chips móveis criados para dispositivos Chromebook.

Nova nomenclatura dos Ryzen 7000 para notebooks

A partir dos Ryzen da série 7000 voltados para notebooks, a AMD adotará um novo esquema de nomenclatura, pois a empresa contará com uma maior quantidade de modelos de chips móveis.

Agora, todos os dígitos informados no modelo do chip possuem um significado bem definido pela companhia. Confira o sistema abaixo:

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Explicando a imagem com base no processador móvel Ryzen 5 7640U, temos:

Ano de lançamento

O algarismo 7 indica o ano em que o chip foi lançado. Exemplo: 7 para o ano de 2023, 8 para o ano de 2024, 9 para 2025, e assim por diante.

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Segmento

O segundo algarismo (6) representa o segmento do chip. A AMD segmentou seus processadores móveis em 9 categorias. São elas:

  • x1xx: Athlon Silver
  • x2xx: Athlon Gold
  • x3xx: Ryzen 3
  • x4xx: Ryzen 3
  • x5xx: Ryzen 5
  • x6xx: Ryzen 5
  • x7xx: Ryzen 7
  • x8xx: Ryzen 7 ou Ryzen 9
  • x9xx: Ryzen 9

Arquitetura

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O terceiro algarismo (4) indica a arquitetura do chip. No exemplo da imagem, o chip é baseado na microarquitetura Zen 4;

Versão da arquitetura

O quarto algarismo (0) complementa o terceiro, e serve para identificar uma possível melhoria de microarquitetura, utilizando-se os dígitos 0 ou 5. Sendo assim, o Ryzen 5 7640U é baseado em Zen 4, enquanto o chip Ryzen 5 7645U seria baseado em Zen 4c (uma melhoria da Zen 4 com litografia aprimorada);

Fator de forma / TDP

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O sufixo no final do modelo indica a potência do chip, ou o consumo máximo que ele pode alcançar. Funciona mais ou menos como os sufixos dos chips móveis anteriores. Sendo assim, temos o HX, HS, U, C e “e”, onde este último é uma variação do sufixo U, que não precisa de refrigeração ativa (ventoinha).

Fora a nomenclatura, a AMD ainda separou os novos chips móveis em cinco segmentos de mercado, ou linhas:

  • Série 7020 (Mendocino) - Baseados nos Athlon e Ryzen 3 e 5 (ideais para atividades do dia a dia);
  • Série 7030 (Barcelo-R) - Baseados nos Ryzen 3, 5 e 7 (máquinas finas e leves de uso geral);
  • Série 7035 (Rembrandt-R) - Baseados nos Ryzen 3, 5, 7 e 9 (máquinas finas e leves para o segmento premium);
  • Série 7040 (Phoenix) - Baseados nos Ryzen 3, 5, 7 e 9 (máquinas ultrafinas para o segmento gamer entusiasta);
  • Série 7045 (Dragon Range) - Baseados nos Ryzen 5, 7 e 9 (máquinas de altíssimo desempenho, voltadas a jogadores entusiastas e criadores de conteúdo).

Outras linhas de processadores AMD

Fora os processadores Ryzen, a AMD ainda conta com outras linhas de chips. Até pouco tempo, havia os Athlon para máquinas desktop básicas. Como vimos, a companhia deverá manter os chips Athlon Silver e Athlon Gold apenas no segmento móvel.

Há ainda os chips Threadripper, que são destinados ao segmento HEDT (high-end desktop) ou estações de trabalho de alto desempenho, voltadas para profissionais ou empresas. Por fim, há os processadores EPYC, que são utilizados em servidores, sistemas integrados e plataformas de serviços de computação em nuvem.

Qual a diferença entre iGPU e APU?

Para entendermos a diferença entre iGPU e APU, precisamos compreender que GPU (graphics processing unit) se refere ao chip gráfico. No Brasil, também costumamos chamar de GPU qualquer placa de vídeo dedicada.

iGPU ou Integrated Graphics Processing Unit (unidade de processamento gráfico integrado) significa um chip gráfico integrado à CPU (processador principal). Sendo assim, todos os processadores que possuem placa de vídeo integrada, na verdade contam com uma iGPU no mesmo die, junto com a CPU.

Já a APU (Accelerated Processing Unit) ou unidade de processamento acelerado é um conceito de CPU + iGPU criado pela AMD, e que suporta a tecnologia HSA (Heterogeneous System Architecture) ou sistema de arquitetura heterogênea. A tecnologia HSA permite que os núcleos de cálculo (CPU) compartilhem dados diretamente com os núcleos gráficos (iGPU), diferentemente do que ocorre com os processadores com gráficos integrados da Intel.

Em uma APU, a CPU e a iGPU utilizam o mesmo barramento, reduzindo a latência na comunicação. Ambos os núcleos podem ser utilizados, independentemente do tipo de operação que está sendo executada. Por isso, podemos dizer que os chips com gráficos integrados da AMD são APUs.