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Para CEO da Sony, cloud gaming ainda é um "desafio muito grande"

Por| Editado por Jones Oliveira | 05 de Junho de 2023 às 18h06

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Tigran Hambardzumyan/Unsplash
Tigran Hambardzumyan/Unsplash
Tudo sobre Sony

O consumo de jogos na nuvem já é uma realidade para muitos usuários de plataformas atuais, principalmente os que adotaram soluções da NVIDIA ou Xbox, da Microsoft. Para a Sony, entretanto, esse segmento ainda representa "desafio muito grande", que, de acordo com o CEO Kenichiro Yoshida, a companhia quer muito encarar — e está fazendo isso estudando maneiras de agir.

Falando ao Financial Times, o executivo mostrou certo cuidado em adotar a tecnologia de cloud gaming como faz sua principal rival, citando aspectos como os custos envolvidos e a latência para os jogadores como os principais obstáculos. Segundo Yoshida, porém, a PlayStation já estuda maneiras inovadoras de lidar com alguns dos desafios do setor.

Um dos meios citados é o uso da inteligência artificial, mais especificamente da GT Sophy, tecnologia usada no recente Gran Turismo 7. Segundo o executivo, ela vem sendo usada para ocupar o período em que os servidores do game ficam ociosos para tarefas de aprendizado de máquina, se tornando mais e mais proficiente em oferecer desafios adequados para jogadores de todos os níveis de habilidade.

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Segundo Yoshida, há uma tendência latente no segmento pela qual os servidores costumam ficar desocupados durante o dia, sendo preenchidos por jogadores apenas durante a noite ou aos finais de semana. Ele aponta que esse vazio também vem sendo visto por outros players do setor, como Microsoft ou Google, com a Sony o preenchendo de forma eficiente com o uso da inteligência artificial que serve o recente game de corrida.

A necessidade de mais e mais servidores espalhados pelo mundo como forma de diminuir a latência, outro dos principais problemas citados pelo CEO caminha lado a lado com esse espaço livre na infraestrutura. Custos mais altos também são o resultado e, enquanto Yoshida considera a nuvem como um modelo de negócios interessante, ele acredita que as promessas feitas sobre ela ainda não foram cumpridas mesmo após quase uma década de desenvolvimento da tecnologia.

Nada sobre o elefante na sala...

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Quando se fala em cloud gaming e PlayStation, o foco logo recai sobre a disputa que envolve a compra da ActivisionBlizzard pela Microsoft, atualmente no centro de disputas regulatórias em alguns países e aprovações na maioria dos outros. A nuvem foi o motivo, porém, para o recebimento de uma negativa em um dos principais mercados globais, o Reino Unido.

Yoshida não falou no assunto ao comentar o segmento de jogos na nuvem para o Financial Times, preferindo focar brevemente no que a PlayStation está fazendo a esse respeito. Ele também não falou sobre outras iniciativas em andamento, como é o caso do PlayStation Now, serviço ainda indisponível no Brasil e que permite rodar games em consoles e PCs.

Enquanto a guerra continua em agências regulatórias, também fica clara a diferença de abordagem entre as duas maiores concorrentes desse setor. Isso é evidenciado também em comentários recentes do chefe de Xbox, Phil Spencer, indicando não fazer mais sentido falar em “guerra de consoles”, como no passado, quando seu foco é diferente e recai sobre a convergência entre plataformas e não mais apenas na venda de videogames.

Fonte: The Financial Times