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Os 10 melhores jogos de super-heróis da história dos games

Por| 17 de Agosto de 2020 às 11h38

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A questão “transmídia” não era, até pouco tempo atrás, uma de muita favorabilidade para os super-heróis. Tal qual o mantra do “filme de jogo”, “jogo de gibi” comumente vinha precedendo o predicado “é ruim”. Mesmo quando algum era bem-sucedido, só o era por conseguir entregar o “arroz com feijão” em uma roupagem que já conhecíamos, mas falhava em encantar de fato.

Com os anos mais recentes e uma indústria várias vezes mais madura, porém, isso mudou. Hoje, jogos envolvendo super-heróis são algo tanto bem desenvolvido como bem necessário, vide a popularidade que goza nomes como “Batman”, “Homem-Aranha” e “Vingadores”. E com o sucesso de todos eles nos cinemas, era de se esperar que no ambiente imersivo e interativo dos videogames, eles também brilhassem.

Por isso, o Canaltech elaborou uma lista opinativa com os 10 melhores jogos envolvendo super-heróis da história dos videogames, segundo a nossa redação. Estamos falando de joias que atravessam gerações, com sucessos grandiosos ou que ficaram na memória por alguma outra razão, tais como…

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10. X-Men Origins: Wolverine

O consenso generalizado é o de que X-Men Origins: Wolverine, o jogo que pegava o bonde do primeiro filme solo do herói canadense e ávido consumidor de charutos, é um título básico, mas há que serem ressaltados alguns pontos de interesse aqui.

O primeiro, obviamente, é o fato de que esse é o jogo que retratou mais fielmente James “Logan” Howlett, o Wolverine, como o conhecemos: a capacidade gráfica do título era tanta que o fator de cura do herói nos mostrava carne e pele se regenerando em tempo real, além de serem implementadas mecânicas específicas para o “pounce”, um verbo em inglês atribuído ao salto em longa distância de predadores selvagens, comumente usado pelo personagem.

Além disso, a sanguinolência característica dos períodos mais animalescos e ferais do personagem são bem reproduzidos aqui, trazendo uma ótima amarra aos quadrinhos. Se ao menos ele não seguisse o enredo tosco e -- aquela versão -- do Deadpool que nos faz passar mais álcool gel que coronavírus…

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9. Marvel Ultimate Alliance 2

Seu predecessor modernizou o gênero beat’em up para o ambiente 3D e ainda lhe permitiu controlar uma boa variedade de super heróis, mas sofria de um design de fases bem ruim e história enfadonha. Marvel Ultimate Alliance 2 foi o ponto de conversão onde problemas foram corrigidos e pontos fortes, melhorados.

Para começar, a expansão de heróis selecionáveis permitia uma série de combinações de poderes e estratégias neste co-op que eram minimamente inusitadas, porém muito inteligentes. Isso quando você não queria ser apelão e juntar Thor e Hulk, uma dupla praticamente imbatível.

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Além disso, o cadenciamento do jogo foi melhor gerenciado, com menos inimigos na tela, mas mais difíceis de derrubar, preservando a taxa de quadros e a performance geral do jogo, além de um design mais apegado à experiência do que ao “serviço para fãs”. Este último aliás, ficou só na narrativa, que aqui foi inteiramente baseada na popular saga “Guerra Civil” dos quadrinhos.

8. Spider-Man & Venom: Maximum Carnage

Nem só de consoles modernos vivem os sucessos dos super heróis nos games, já que Spider-Man & Venom: Maximum Carnage foi lançado para o Super NES e Mega Drive em 1994. Uma produção da Acclaim Entertainment (que já era conhecida pelo seu envolvimento em Mortal Kombat), o jogo colocava o aracnídeo amigo da vizinhança e seu arquirrival simbiótico Venom em uma cooperação inusitada, causada pelo surgimento do vilão Carnificina. O nome “Carnificina Máxima”, aliás, também refere-se a uma importante saga do Homem-Aranha nos quadrinhos, de quando Cletus Kasady, o assassino serial que veste o maléfico simbionte vermelho, escapou do manicômio de Ravencroft.

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O jogo segue o gênero beat’em up, com inimigos aparecendo pelos cenários enquanto você navega da esquerda para a direita, descendo a porrada em todo mundo com movimentos característicos dos protagonistas. Ao final das fases, um chefão — geralmente um antagonista do Homem-Aranha, como a Contraparte Aranha, Agonia, Carniça, além do próprio Carnificina — vinha para dar aquele “trabalho extra” aos jogadores.

7. X-Men Legends

Um título já meio antigo da escola de mutantes mais famosa dos quadrinhos também foi o responsável por repopularizá-lo depois do fracasso que foi X-Men Mutant Academy (a infeliz tentativa de “Street Fighterzar” os mutantes). Isso porque o jogo vinha em uma pegada mais voltada ao RPG de ação, com seções povoadas de inimigos variados, desde os Acólitos de Magneto até os Sentinelas; e percepção isométrica superior (pense na câmera de Diablo). Essa visão única ajudava você a ter um senso estratégico maior além de uma real noção do impacto de seus poderes.

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Adicione a isso uma narrativa de base consolidada (Magneto quer escravizar a raça humana em favor dos mutantes e o preconceito de burocratas do governo faz com que ações militares sejam tomadas, enquanto você e seu grupo querem apenas a convivência) e a Mansão Xavier como um hub de coleta de itens, treinamento, missões auxiliares e interação com vários personagens (alguns até desconhecidos do público mainstream), e X-Men Legends é definitivamente um dos melhores jogos da era PlayStation 2.

6. Spider-Man: Web of Shadows

Depois de um longo período lançando apenas jogos baseados na trilogia cinematográfica de Sam Raimi e Tobey Maguire, o Homem-Aranha finalmente ganhava um título especificamente seu, exclusivo para os videogames. Em Web of Shadows, Peter Parker, o Homem-Aranha, vê uma nova invasão dos simbiontes tomar a cidade de Manhattan após um confronto seu com Venom inadvertidamente separar uma parte do uniforme alienígena de seu hospedeiro.

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O jogo fez relativo sucesso por ser o primeiro do tipo a trazer uma mecânica de decisões morais que trazia influência imediata no desenrolar da trama: rechaçar ou abraçar os sentimentos que a Gata Negra professa ter pelo herói, impedir uma guerra de gangues ao mostrar que ambos estão sendo manipulados ou deixar que eles se matem sozinhos...tudo isso faz parte da narrativa densa e trabalhada de Web of Shadows, que conta com a participação de grandes nomes da Marvel, como Luke Cage, Wolverine e o Rei do Crime.

Curiosidade: a redação do Canaltech ficou dividida entre este jogo e Spider-Man: Shattered Dimensions, com os dois em um empate técnico que foi decidido em favor do primeiro simplesmente porque o mapa trazia um mundo aberto e explorável, enquanto o segundo, embora igualmente bom, trouxesse uma aventura mais linear.

5. X-Men

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Ah, o clássico dos clássicos dos jogos de super herói: singelamente nomeado “X-Men”, esse jogo é a quintessência dos quadrinhos das plataformas retrô. Originalmente lançado em 1992 nos arcades, o jogo era o clássico beat’em up com sprites tão fiéis aos quadrinhos da era de ouro quanto a tecnologia da época lhe permitia ser.

Você escolhia um entre seis heróis: Ciclope, Colossus, Wolverine, Tempestade, Noturno ou Cristal — cada qual com seus poderes e golpes específicos, enquanto progredia por várias fases icônicas dos quadrinhos, como Genosha e o Asteróide M, para citar alguns, no intuito de impedir Magneto de dominar o mundo com a ajuda de seus comandados, como Fanático, Pyro, Mística, A Rainha Branca e até o super sentinela Nimrod. O jogo tornou-se um ícone para jogadores mais nostálgicos dos anos retrô, como um dos mais divertidos de sua época.

4. LEGO Batman: The Videogame

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Um dos melhores títulos de super-herói da DC Comics também é um dos mais divertidos: embora outros heróis tenham ganhado a sua versão “LEGO”, foi com o Homem-Morcego que a franquia tomou o centro das atenções, ao estabelecer um herói que até tentava ser sombrio como rege sua mitologia nos quadrinhos, mas acabava mais como uma sátira a todos os clichês possíveis que giram em torno do personagem.

Em outras palavras: pense no “Batman: Feira da Fruta”, se de repente esse meme da internet tivesse os bolsos da Warner Gaming bancando um jogo só seu. O resultado disso é uma das aventuras mais divertidas dos jogos, com gameplay inteligente e narrativa com diálogo construído dentro da mais evidente maestria.

3. Batman: Arkham Asylum

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Se há um jogo responsável por reviver o interesse dos gamers em super heróis, com toda a certeza ele é Batman: Arkham Asylum. Tido por muitos como o primeiro jogo “real” do Batman em muitos anos, aqui você encarna na pele do Homem-Morcego, que acaba caindo em uma armadilha armada pelo Coringa, que domina o manicômio mais famosos dos gibis e coloca tudo o que tem dentro dele contra você.

Arkham Asylum segue todos os preceitos esperados do Batman: há momentos no jogo onde a furtividade se faz necessária, há outros em que “sentar a mão” nos oponentes é a ordem do momento, e tudo isso é permeado pela excelente dublagem de Kevin Conroy como o Batman e o lendário Mark Hamill sustentando mais uma vez o seu legado como um dos melhores Coringas veiculados em qualquer mídia. A jogabilidade lembrava uma versão mais inteligente de God of War, com combinações variadas de golpes que empregavam o uso de vários “bat-trecos” e uma inovadora mecânica de contra-ataque que fazia inveja a qualquer jogo concorrente.

2. Marvel’s Spider-Man

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Possivelmente o jogo mais popular envolvendo um super herói na atualidade, Marvel’s Spider-Man é, com ampla folga, o melhor jogo do herói aracnídeo já lançado. Ele traz uma história só sua, além de trabalhar todas as mecânicas de jogabilidade que se espera do velho “Cabeça de Teia”, desde balançar pelas teias por uma Manhattan de mundo aberto e oferecer amplas opções de exploração, até a parte do combate, que considera fielmente toda a física imaginária de um homem com a flexibilidade inumana de uma aranha.

Além disso, considere o enredo que envolve um Peter Parker recém-formado, trabalhando na área que sempre quis, estagiando para um logo-a-ser-vilão Dr. Otto Octavius, além de vários easter eggs a vários períodos distintos do heróis nos quadrinhos e até algumas menções a outros heróis e aos filmes do universo cinematográfico da Marvel.

1. Batman: Arkham City

O primeiro estabeleceu o padrão, o segundo elevou-o a um patamar que, sinceramente, ainda não foi superado. Arkham City pega tudo o que funcionou bem em Arkham Asylum e o expande para o mundo aberto, colocando o Batman em uma nova aventura, desta vez em uma parte isolada de Gotham City chefiada pelo Doutor Hugo Strange. Basicamente, o atual prefeito decidiu fechar uma parte da cidade e soltar ali todos os criminosos do manicômio Arkham.

Afinal, quais as chances de isso dar errado, não é? Não é como se Strange soubesse que Batman é Bruce Way...oi? Ele sabe? Ih, rapaz… E ele deu um jeito de prender o Batman na cidade fechada? Ih, rapaz x2...

Em Arkham City, a progressão do jogo predecessor dá lugar a uma exploração mais vertical, fidelizada à movimentação furtiva do Batman ao percorrer telhados, cabos de aço e se pendurar em pontes altas enquanto plana em direção a um grupo de inimigos mais abaixo, nocauteando alguns com uma voadora, abrindo o combate com o mesmo sistema de contra-ataque do jogo anterior, mas aprimorado para um ambiente mais aberto.

Menções honrosas: InFamous e Viewtiful Joe

Fugindo um pouco do tema principal de nossa lista, temos dois jogos que criaram heróis do zero, estabelecendo que roteiristas de jogos também dariam excelentes escritores nos quadrinhos. O InFamous original coloca você na pele de Cole McGrath, que trabalha no que seria, hoje, um entregador do Rappi em uma bike. Em um fatídico dia, uma explosão eletromagnética detona a sua cidade, lhe conferindo poderes elétricos dos mais variados tipos. InFamous tornou-se famoso por ser um dos maiores exemplos de dualidade de enredo, onde você poderia escolher o lado bom ou o lado mal de ter os seus poderes, assumindo-se como vilão opressor ou o herói do povo, enquanto tenta determinar os fatos por trás da explosão que destruiu toda a cidade, colocando-a em quarentena. Reviravoltas de enredo vão manter você bem apegado à tela e surpresas na segunda metade do jogo vão lhe agradar bastante.

Viewtiful Joe é um jogo de super-herói que tira sua inspiração do mercado de tokusatsu japonês. É, sabemos que isso já faria de Viewtiful Joe uma compra garantida no seu acervo. O jogo segue o padrão beat’em up em progressão lateral e coloca você na pele de “Joe”, um cara comum aficionado por cinema que tem a namorada sequestrada e, após ganhar um relógio especial do herói que protagoniza seu filme favorito, transforma-se no guerreiro titular e progride por um ambiente tipicamente colorido como manda o figurino japonês. Aqui, a adição dos “VFX” (sigla que, no jogo, se traduz para “Poder dos Efeitos Viewtiful”) implementa um visual já cartunesco, colocando câmeras em posicionamento que imite filmes de ação e séries super sentai japonesas (Power Rangers, Changeman, Flashman etc), com closes e exageros de dramatização comuns às obras japonesas da década de 1990.

Com grandes poderes, vem grande jogabilidade

Jogos de super herói estão na parte ascendente de uma curva, com a tecnologia moderna dos consoles atuais permitindo que seu potencial seja devidamente explorado de forma mais fiel aos quadrinhos, mas também criando uma pegada exclusiva de quem prefere o controle às páginas do gibi.

Claro que há muitos outros exemplos que poderiam figurar essa lista, mas tentamos ser o mais pluralistas possível. Por isso, passamos a bola para você, leitor: se lembra de algum jogo envolvendo super-heróis que marcou sua memória, mas que não está aqui? Conte para nós! Vamos discutir isso nos comentários abaixo e lembrar de uns nomes bem bacanas!