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Fim do Xbox One: os principais momentos do console

Por| Editado por Bruna Penilhas | 24 de Janeiro de 2022 às 11h00

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Evan-Amos/Wikimedia Commons
Evan-Amos/Wikimedia Commons

Como acontece com toda a geração de videogames, a Microsoft encerrou a produção do Xbox One no fim de 2020 — mas nós descobrimos isso somente dias atrás. Isso encerra o ciclo de um produto histórico: lançado em 2013, o console foi cercado por polêmicas, erros cruciais e inovações que estremecem o mercado até hoje.

Nesta matéria, o Canaltech elenca os principais momentos que marcaram a vida do Xbox One. Também aproveitamos, é claro, para prestar nossa homenagem a este videogame que nos proporcionou grandes momentos. ❤

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9. Um hub de entretenimento

Existe um significado por trás do nome Xbox One: a ideia era que o console fosse um hub de entretenimento tudo em um (all-in-one, em inglês), em vez de apenas um videogame. O evento de anúncio do aparelho foi marcado por demonstrações de TV ao vivo, esportes, filmes e mais — é possível ligar a televisão apenas dizendo “Xbox, TV”, por exemplo. Já os jogos ficaram em segundo plano, o que desagradou boa parte dos fãs.

O evento de revelação do Xbox One gerou um meme divertidíssimo: um compilado de executivos falando "TV, TV, TV", "sports, sports, sports" e "Call of Duty, Call of Duty, Call of Duty" à exaustão. Relembre:

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8. Estar conectado à internet era obrigatório

O Xbox One também impunha duras restrições aos jogadores na época do lançamento. A mais preocupante era a de que o jogador permanecesse sempre conectado à internet; caso ficasse offline por mais de 24 horas, não seria mais possível rodar qualquer jogo. Se a nossa internet em 2021 já não é lá essas coisas, imagine em 2013!

Naquela época, uma fala do então presidente da divisão Xbox, Don Mattrick, irritou ainda mais os jogadores. Ele afirmou que a Microsoft tinha um produto ideal para quem quisesse ficar offline: o Xbox 360, o console da geração anterior. Não gostou? Paciência.

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7. Jogos eram bloqueados

Em mais uma decisão polêmica, o Xbox One bloquearia jogos usados, ou seja, você não poderia emprestar um game físico para um amigo. Além disso, haveria travas regionais nos games: ou seja, jogos comprados na Europa não funcionariam em um console norte-americano, por exemplo.

A Sony, é claro, não perdeu tempo e aproveitou para zombar da rival. Em um vídeo icônico, a empresa fez um tutorial de como emprestar jogos aos amigos — tudo em apenas um passo (assista abaixo, em inglês). Felizmente, a Microsoft voltou atrás da decisão.

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6. Kinect na caixa

O Kinect surgiu na era do Xbox 360 como um acessório capaz de identificar e rastrear os movimentos corporais do jogador, e a Microsoft queria torná-lo uma peça-chave no Xbox One. Para começar, uma versão aprimorada do aparelho vinha junto na caixa, e era obrigatório tê-lo conectado ao console e à televisão.

Mesmo com os incentivos ao Kinect, a empresa passou a oferecer uma versão do Xbox One sem o acessório, além do próprio Kinect separadamente. Isso a permitiu reduzir o preço do console, tornando-o mais competitivo com o PlayStation 4. Ao longo dos anos, o Kinect foi perdendo relevância, até ser descontinuado em 2017.

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5. Phil Spencer

Semanas após o anúncio do Xbox One, Don Mattrick deixou a chefia da divisão Xbox para assumir a chefia da Zynga, empresa dona de Farmville que foi adquirida pela Take-Two em 2022. Não apenas a Xbox, mas a Microsoft inteira passou por uma reorganização, com uma gigante troca de cadeiras entre os líderes do alto escalão.

No ano seguinte, em 2014, Phil Spencer assumiu o cargo de chefe do Xbox; antes, ele era chefe do Microsoft Studios, que englobava todos os estúdios de jogos exclusivos. Foi ele quem deu início a um novo posicionamento de mercado, fazendo com que a marca Xbox fosse não apenas um console, mas sim uma plataforma de jogos acessível, com um olhar atento aos anseios do consumidor. O carisma dele também é inconfundível, tornando sua presença imprescindível em eventos e nas redes sociais.

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4. Retrocompatibilidade

Algo que a indústria dos games é péssima em fazer é manter a sua própria história preservada. É comum que, quando um console novo chega ao mercado, os jogos de Xbox dos consoles anteriores fiquem presos às suas próprias plataformas — isso está mudando só agora. Por isso, um dos grandes anseios da comunidade em todo lançamento de hardware é a retrocompatibilidade.

Em 2015, a Microsoft deu um importante passo nesse aspecto, quando permitiu que jogos de Xbox 360 rodassem, em mídia física, no Xbox One; depois, as mídias digitais também entraram no programa.

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3. Xbox Play Anywhere

Em 2016, foi lançado o projeto que integraria os jogos e jogadores de Xbox One com os de Windows 10: o Xbox Play Anywhere. Bastava comprar um jogo digital para poder jogá-lo tanto no console quanto no computador. O progresso e as conquistas alcançadas também apareceriam em todas as plataformas.

Não à toa, o Xbox e o Windows foram se integrando ainda mais: hoje, temos um aplicativo dedicado a jogos no computador, em que é possível adquirir games, falar com amigos e, claro, acessar o catálogo do Game Pass. Por falar nele…

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2. Game Pass

O Game Pass talvez seja o principal serviço oferecido pela Microsoft atualmente. Com uma assinatura que custa a partir de R$ 29,99 por mês, jogadores têm acesso a um catálogo rotativo com mais de 100 jogos à vontade, sem custo adicional, para console, PC e nuvem. Jogos exclusivos de Xbox chegam ao serviço no dia de lançamento.

Conforme anunciado em janeiro deste ano, o serviço possui 25 milhões de assinantes atualmente. Não à toa, a concorrência tenta correr atrás: apesar de a Sony ter dito que o modelo de negócios da Microsoft era “insustentável”, rumores indicam que a empresa lançará seu próprio Game Pass, hoje sob o codinome Spartacus, que uniria os serviços PlayStation Plus e PlayStation Now.

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1. Compra de estúdios

Apesar do Xbox One ser um console poderoso, havia um aspecto em que ela falhava perante a concorrência, principalmente a Sony: a diversidade de jogos first-party (ou seja, produzidos e distribuídos pela própria dona do console). Em 2018, a Microsoft resolveu correr atrás do prejuízo adquirindo seis grandes estúdios — todos eles focariam em produzir jogos exclusivos para a marca. Essas compras também permitem o fortalecimento do Game Pass, com lançamentos aparecendo no catálogo logo no lançamento.

A prática se estendeu aos anos seguintes, incluindo a compra da gigante Bethesda em 2021, e a compra da Activision Blizzard em 2022. Caso esta última seja concluída, será a maior transação já feita na história dos games, por US$ 68,7 bilhões (cerca R$ 378 bilhões). Somando tudo, serão 32 estúdios sob o guarda-chuva da Xbox.

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Com informações: GameRant, Polygon, The Verge