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Call of Duty continuará no PlayStation, afirma Xbox

Por| 20 de Janeiro de 2022 às 19h28

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Montagem/Canaltech/Activision Blizzard
Montagem/Canaltech/Activision Blizzard
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Após o anúncio de que a Microsoft comprará a gigante Activision Blizzard por US$ 68,7 milhões, Phil Spencer, CEO da Microsoft Gaming, esclareceu nesta quinta-feira (20) que deseja manter os lançamentos de Call of Duty (CoD) nos consoles PlayStation.

A franquia de tiro da Activision não é apenas uma das mais populares no gênero, como também é uma das propriedades intelectuais mais lucrativas da indústria de videogames — em 2021, CoD superou a marca de 400 milhões de jogos vendidos desde a estreia em 2003. Por anos, a empresa manteve uma relação próxima com a Sony, lançando conteúdos exclusivos de Call of Duty para os jogadores de PlayStation. Naturalmente, uma das maiores dúvidas que surgiu com a venda da Activision Blizzard foi: será que CoD passará a ser exclusivo do Xbox?

Para o alívio de alguns fãs, parece que esta não é a intenção da Microsoft. Em publicação no Twitter, Spencer disse: "Tive boas conversas com líderes da Sony nesta semana. Eu confirmei a nossa intenção de honrar todos os acordos existentes após a aquisição da Activision Blizzard e o nosso desejo de manter Call of Duty no PlayStation. A Sony é uma parte importante do nosso setor e valorizamos o nosso relacionamento".

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Antes do tweet de Spencer, a Sony compartilhou uma breve declaração sobre o assunto ao Wall Street Journal: "Esperamos que a Microsoft cumpra os acordos contratuais e continue a garantir que os jogos da Activision sejam multiplataforma". Resta saber se, no futuro, a Microsoft também terá o interesse de lançar outras franquias da Activision Blizzard, além de Call of Duty, para consoles PlayStation. Isso ainda não foi esclarecido pela empresa. 

A aquisição da Bethesda pela Microsoft, por exemplo, aconteceu após a Sony firmar parceria para lançar Deathloop e GhostWire: Tokyo — o que será mantido pela Microsoft. Entretanto, lançamentos mais distantes, como Starfield e The Elder Scrolls 6, serão exclusivos de Xbox.

Fusão entre Microsoft e Activision Blizzard pode demorar

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Prevista para acontecer em 2023, a compra da Activision Blizzard pela Microsoft torna a empresa mãe da marca Xbox a terceira maior companhia da indústria dos videogames, perdendo apenas para a Tencent Games e a própria Sony. Até lá, a dona de Call of Duty continuará operando de maneira independente.

Atualmente, a Activision Blizzard atrai mais de 400 milhões de jogadores mensalmente em 190 países. A companhia ainda gerencia outros estúdios, como a desenvolvedora mobile King (Candy Crush), Toys For Bob (Crash Bandicoot 4: It's About Time) e Vicarious Visions (Tony Hawk's Pro Skater 1 + 2).

Sozinho, Call of Duty: Mobile ultrapassou 500 milhões de downloads em 2021, faturando US$ 1 bilhão somente no primeiro trimestre. Em abril do mesmo ano, o battle royale Call of Duty: Warzone superou a marca de 100 milhões de jogadores. Ambos os games continuam recebendo suporte por meio de novos conteúdos, temporadas inéditas, eventos e mais. 

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Phil Spencer fala sobre planos para o futuro

Além da mais recente aquisição da dona do Xbox, o departamento de games da empresa passou por outra mudança nesta semana. Phil Spencer, que mantinha o cargo de chefe do Xbox, foi promovido para CEO da Microsoft Gaming.

Em entrevista ao The Washington Post, ele comenta sobre a futura inclusão da Activision Blizzard, o entusiasmo de poder trabalhar com certas franquias e a possibilidade de reviver propriedades intelectuais que estão desaparecidas. "Esperamos poder trabalhar com eles [estúdios da Activision Blizzard] quando o acordo for fechado para garantir que tenhamos recursos para trabalhar em franquias que eu amo desde a minha infância e que as equipes realmente queiram trabalhar. Estou ansioso por essas conversas. Realmente acho que é sobre adicionar recursos e aumentar a capacidade."

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Spencer fala sobre cultura de assédio da Activision Blizzard

Vale destacar os recentes casos de assédio, abuso e má conduta denunciados por funcionários da Activision Blizzard, que manteve uma cultura tóxica na empresa por vários anos. Com a compra da Microsoft, uma preocupação levantada pelo mercado é como a dona do Xbox pretende lidar com todas estas questões.

Ainda em entrevista ao The Washington Post, Spencer comenta que a Microsoft já está participando de reuniões com a Activision Blizzard sobre os "incidentes" da empresa. Enquanto a compra não for aprovada, no entanto, a dona do Xbox não participará legalmente dos processos das denúncias. O executivo reforça que a Microsoft está buscando maneiras de "empoderar" os funcionários para que se sintam capazes de fazer o melhor trabalho possível.

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Quando questionado sobre o desejo de funcionários da Activision Blizzard se sindicalizarem, Spencer disse: "Vou ser sincero, não tenho muita experiência pessoal com sindicatos. Estou na Microsoft há 33 anos. Portanto, não vou tentar ser um especialista nisso, mas posso dizer que conversamos sobre o que empodera [os funcionários] a fazer o melhor trabalho, que, como você pode imaginar em uma indústria criativa, é o ponto mais importante para nós".

Por fim, vale lembrar que Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard que está envolvido diretamente nas denúncias, deve deixar a companhia assim que o processo de aquisição for finalizado. Feito isso, as equipes da Activision Blizzard passarão a reportar diretamente a Phil Spencer.

Com informações de: The Washington Post

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