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Activision Blizzard tentou esconder demissões por assédio, diz jornal

Por| Editado por Bruna Penilhas | 17 de Janeiro de 2022 às 17h58

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Steven Simko/Wikimedia Commons
Steven Simko/Wikimedia Commons

O CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, ainda tenta esconder informações sobre os casos de assédio moral e sexual relacionados à companhia, segundo o jornal The Wall Street Journal. Uma reportagem revelou que o executivo omite números e medidas disciplinares para não “fazer com que os problemas do ambiente de trabalho da empresa pareçam maiores do que já se sabe”.

Documentos obtidos pelo jornal afirmam que 37 funcionários foram demitidos ou pediram demissão desde julho de 2021, quando a empresa foi processada pelo DFEH (Departamento de Emprego e Habitação Justos da Califórnia, em tradução livre), nos Estados Unidos, com base em uma investigação em andamento desde 2018. Esse foi o estopim para inúmeros depoimentos, protestos e processos judiciais surgirem.

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Após ser questionada, a empresa confirmou ao jornal que, além dos 37 funcionários desligados, outros 44 receberam “punições”. O WSJ afirmou ainda que a Activision Blizzard recebeu 700 relatos internos de má conduta no total; a empresa nega.

A empresa deveria divulgar um relatório com os resultados de sua investigação interna, em andamento desde o final do ano passado. Kotick teria se recusado a publicar o documento, dizendo que amplificaria os problemas e os faria parecer piores do que são.

Em novembro de 2021, o WSJ também revelou que o CEO estava ciente dos escândalos de assédio da companhia há anos, e interviu para não demitir um homem acusado de estupro. Kotick também teria ameaçado mulheres, inclusive de morte; a empresa nega.

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Quase 1,9 mil funcionários já assinaram uma petição pedindo a renúncia de Kotick do cargo de CEO. Um grupo de funcionários, autointitulado ABetterABK (Uma melhor Activision Blizzard King, em tradução livre), organizou duas greves desde então. No entanto, a diretoria ainda apoia Kotick, e o executivo afirmou que vai considerar sair apenas se não conseguir resolver os problemas da empresa “rapidamente”.

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Fonte: Dot EsportsGoogle Docs, The VergeThe Wall Street Journal