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CEO da Apple afirma utilizar óculos Vision Pro diariamente

Por| Editado por Wallace Moté | 04 de Agosto de 2023 às 14h58

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(Imagem: Divulgação/Apple)
(Imagem: Divulgação/Apple)

Durante a divulgação dos resultados financeiros da Apple para o último trimestre, o CEO Tim Cook revelou estar utilizando diariamente uma unidade do Vision Pro, o visor de Realidade Mista (XR) anunciado pela gigante na WWDC 2023. A apresentação destacou ainda a animação de desenvolvedores e da indústria em torno do conceito, além de revelar dados curiosos sobre o ciclo de compra dos iPhones.

Na etapa de perguntas feitas por investidores, o executivo foi questionado sobre expectativas para o Vision Pro. Cook se recusou a comentar sobre as projeções da Maçã para o acessório, mas fez questão de destacar a empolgação notada não apenas entre os próprios funcionários, como ainda entre a mídia, os desenvolvedores — que já estão recebendo kits de desenvolvimento — e do público. O ponto mais interessante indicado pelo CEO é que ele mesmo já está utilizando os óculos todos os dias.

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"Há uma grande animação em torno do Vision Pro. Estamos empolgados internamente. Todos que experimentaram as demonstrações estão encantados, seja a imprensa, ou analistas, ou desenvolvedores. Estamos enviando unidades para a comunidade de desenvolvedores para que eles possam começar a trabalhar em seus aplicativos. E planejamos iniciar o envio [às lojas] no início do próximo ano. Então não poderíamos estar mais animados [com o Vision Pro]. Eu estou usando o produto diariamente" afirmou Tim Cook.

O Apple Vision Pro utiliza tecnologias avançadas para tentar contornar os limites atuais do XR e assim popularizar o conceito de uma vez por todas. Além de telas Micro-OLED de alta definição, desenvolvidas pela Sony, o óculos embarca processamento poderoso pela combinação de um chip M2 com o inédito R1, dedicado a lidar com as câmeras e os sensores, e aposta em uma interação natural entre o usuário e o acessório.

Assim como o restante dos produtos da marca, há comunicação ininterrupta com Macs, iPhones e outros dispositivos Apple, enquanto os controles são baseados em pequenos gestos feitos com as mãos. Também é prometida uma transição suave entre o mundo real e virtual sem retirar o aparelho do rosto, baixa latência para reduzir ao máximo o desconforto, e uma tela externa 3D para permitir que pessoas ao redor saibam quando o usuário está ciente do mundo externo.

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A união dos recursos modernos tem alguns sacrifícios: a bateria é relativamente pequena, oferecendo até duas horas de autonomia, e precisa ficar conectada o tempo inteiro, como uma espécie de power bank. Mais do que isso, o acesso ao Vision Pro é extremamente restrito em virtude do preço astronômico — US$ 3,500, ou cerca de R$ 17 mil em conversão direta e sem impostos. Rumores já sugerem que a novidade pode chegar ao Brasil com um preço ainda mais inacreditável, na casa dos R$ 40 mil.

Programas de troca representam 50% dos iPhones

Ainda durante a conferência, a Apple foi perguntada sobre o uso de programas de financiamento e de troca de modelos oferecidos por varejistas, lojas parceiras e operadoras, com a resposta surpeendendo: pelos cálculos da Maçã, mais de 50% dos iPhones vendidos recentemente foram obtidos através de uma dessas iniciativas, não apenas nos EUA, como também no restante do mundo. Diante dos resultados bastante positivos, a empresa se comprometeu a fortalecer os investimentos nesses programas.

"A maioria dos iPhones, nesse ponto, são vendidos usando algum tipo de programa, troca, prestações ou [...] financiamento. E essa porcentagem [de iPhones vendidos nessas iniciativas], que é de bem mais de 50%, é muito parecida entre mercados emergentes [como o Brasil] e os desenvolvidos [como os EUA]. Queremos fazer mais disso porque acreditamos que realmente ajuda a reduzir o obstáculo de acessibilidade dos nossos produtos", disse o diretor financeiro da Apple, Luca Maestri.

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O executivo também disse acreditar que os financiamentos e trocas tenham sido os responsáveis pelos números fortes registrados pela gigante nos últimos dois trimestres. Outro grande motivo para vermos mais investimentos nesse tipo de compra é o aumento no ciclo de atualização dos usuários — a Apple se esquivou de responder com clareza sobre quanto tempo um consumidor leva para trocar de iPhone.

Isso pode ser um sinal de que o tempo tem crescido aos poucos, o que não é exatamente positivo para a fabricante, quando observamos do ponto de vista de uma empresa que precisa lucrar. Através dos programas de troca, a marca consegue manter o dinheiro entrando, ao mesmo tempo em que aumenta sua participação de mercado com o crescimento do número de usuários.

Fonte: via 9to5Mac